A paz, se possível, mas a verdade, a qualquer preço!

Martinho Lutero

28/11/2011

O que significa Monergismo - importante





















FONTE: Duas Visões de Regeneração por John Hendryx. Tradução e modificado por: Felipe Sabino de Araújo Neto Cuiabá-MT.








"...se alguém faz a assistência da graça depender da humildade ou obediência do homem e não concorda que é um próprio dom da graça que sejamos obedientes e humildes, contradiz o Apóstolo que diz, “ E que tens tu que não tenhas recebido? ” (1 Coríntios 4:7), e, “ Pela graça de Deus sou o que sou ” (1 Coríntios 15:10). - Concílio de Orange, 529 D.C.






Monergismo (regeneração monergística) é uma bênção redentora adquirida por Cristo para aqueles que o Pai Lhe deu (1 Pedro 1:3; João 6:37,39). Ela comunica aquele poder na alma caída pela qual a pessoa que deve ser salva é eficazmente capacitada a responder ao chamado do evangelho (João 1:13, Atos 13:48). Ela é aquele poder sobrenatural de Deus somente pelo qual nos é concedido a capacidade espiritual para cumprir as condições do pacto da graça; isto é, para apreender o Redentor por uma fé viva, para se achegar aos termos da salvação, se arrepender dos ídolos e amar a Deus e o Mediador supremamente. O Espírito Santo, ao vivificar a alma, misericordiosamente capacita e inclina o eleito de Deus ao exercício espiritual da fé em Jesus Cristo (João 6:44, 1 João 5:1). Este processo é o meio pelo qual o Espírito nos traz à viva união com Ele.

A Confissão de Westminster, usando o mesmo tipo de linguagem, observa que a fé é tanto um requerimento do pacto como algo pelo qual Deus capacita o homem a cumprir, concedendo-lhe novas capacidades e afeições espirituais: Sob os termos do pacto da graça, Deus "livremente oferece aos pecadores a vida e a salvação por Jesus Cristo, exigindo deles a fé nEle para que sejam salvos; e prometendo dar a todos os que estão ordenados para a vida o seu Santo Espírito, para dispô-los e habilitá-los a crer". - Confissão de Fé de Westiminister, Capítulo VII - DO PACTO DE DEUS COM O HOMEM (ênfase minha).

Em outras palavras, o que Deus requere de nós (fé, arrependimento, amar a Ele supremamente), Ele nos concede em Cristo (2 Timóteo 2:25; Efésios 2:5,8). De fato, todos os benefícios de nossa salvação podem ser traçados até Cristo e Sua obra consumada sobre a cruz. A regeneração, um desses benefícios da redenção, é concedida àqueles sobre quem Deus colocou Sua afeição antes dos tempos eternos (Efésios 1:5), para que eles possam se apropriar dessas bênçãos. Portanto, é importante não confundir os conceitos de regeneração e justificação. Regeneração é o que produz a fé em Cristo, a qual se apropria da bênção da justificação. Todas essas são bênçãos que Cristo adquiriu para nós ao cumprir o nosso lado no pacto em perfeita obediência tanto passiva como ativa às demandas da lei de Deus. Ele viveu a vida que deveríamos ter vivido e morreu a morte que merecíamos.

 Ao pecador, que era deliberadamente cego para com a amabilidade de Deus e assim, impossibilitado de ter afeição por Deus ou compreender as coisas espirituais (1 Coríntios 2:14), é agora concedido o Espírito Santo, que circuncida o seu coração, cura a sua cegueira e lhe dá novas afeições por Deus para que ele possa apreender a beleza de Deus e Sua excelência sem igual.

Por que isto é tão vitalmente importante? Simplesmente porque exalta a glória de Jesus Cristo. A Escritura ensina que tudo relacionado ao evangelho é designado a glorificar Cristo e humilhar o homem. Assim, segue-se que tudo quanto diminua a glória de Cristo é inconsistente com o verdadeiro evangelho. Portanto, aqueles que ensinam que a fé dos homens naturais é que lhes faz diferentes dos outros, e não a graça que causa a fé neles, estão indevidamente exaltando o papel do homem na salvação.

Monergismo é a doutrina bíblica de que a regeneração (o novo nascimento) tanto precede como produz a fé em Cristo naqueles que o Espírito Santo determina soberanamente dispensar Sua graça (João 1:13; 6:63-65; Atos 16:14b; 1 João 5:1). Quando pregada no poder do Espírito Santo, o evangelho (Tiago 1:18, 1 Pedro 1:23, 25) tem o poder de abrir os olhos cegos e os ouvidos surdos.

 Aqueles mortos em pecado (Efésios 2:1,5,8), portanto, não têm nenhuma parte no seu novo nascimento (Romanos 3:11, 12; 8:7) e são tão passivos no ato regenerativo como um bebê recém-nascido fisicamente. Uma vez restaurada, contudo, a nova disposição da alma imediatamente passa a ter um papel ativo na conversão (arrependimento e fé). Portanto, o homem não coopera em sua regeneração mas, antes, infalivelmente responde em fé a medida que o Espírito Santo muda a disposição de seu coração (João 3:6-8; 19-21). A fé não é algo produzido por nossa natureza humana não regenerada.


O pecador caído não tem capacidade moral ou inclinação para crer antes do novo nascimento. Em vez disso, o Espírito Santo deve abrir os ouvidos da pessoa à pregação do evangelho para que ela possa atender à mensagem (veja o caso de Lídia em Atos 16:14). Embora não haja seqüência temporal, a regeneração causa todos os outros aspectos de nossa salvação. Todos eles ocorrem simultaneamente como o ligar de uma luz. Regeneração, portanto, é a causa direta da fé, justificação, santificação e das santas afeições. Em outras palavras, a fé e os outros benefícios que recebemos da redenção de Cristo, brota da nova capacidade nos dada por Deus.

Dicionário Secular

Monergismo : "Na teologia, A doutrina de que o Espírito Santo é o único agente eficaz na regeneração - que a vontade humana não possui inclinação para a santidade até ser regenerada e, portanto, não pode cooperar na regeneração".





Abaixo, alguns Cristãos na história da Igreja que defenderam a doutrina bíblica do monergismo:

Jonathan Edwards, Charles Spurgeon, Martinho Lutero (que considerava esta doutrina o coração da Reforma), João Calvino, John Knox, John Owen, os Puritanos do século XVII, John Bunyan, Agostinho, George Whitefield, John Gill, Arthur W. Pink e alguns pastores e teólogos contemporâneos tais como Martyn Lloyd-Jones, John Piper, Wayne Grudem, R.C. Sproul, Michael Horton, J.I. Packer, James Montgomery Boice, John MacArthur, etc.

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