A paz, se possível, mas a verdade, a qualquer preço!

Martinho Lutero

18/02/2009

O MUNDO PERTO DO DESERTO,VOCÊ TEM QUE ACORDAR!

INFORMAÇÃO,NÃO É ALARMISMO,É FATO!

Desmatamento, também chamado de desflorestamento, nas florestas brasileiras começou no instante da chegada dos portugueses ao nosso país, no ano de 1500. Interessados no lucro com a venda do pau-brasil na Europa, os portugueses iniciaram a exploração da Mata Atlântica. As caravelas portuguesas partiam do litoral brasileiro carregadas de toras de pau-brasil para serem vendidas no mercado europeu. Enquanto a madeira era utilizada para a confecção de móveis e instrumentos musicais, a seiva avermelhada do pau-brasil era usada para tingir tecidos.

Desde então, o desmatamento em nosso país foi uma constante. Depois da Mata Atlântica, foi a vez da Floresta Amazônica sofrer as conseqüências da derrubada ilegal de árvores. Em busca de madeiras de lei como o mogno, por exemplo, empresas madereiras instalaram-se na região amazônica para fazer a exploração ilegal. Um relatório divulgado pela WWF ( ONG dedicada ao meio ambiente ) no ano de 2000, apontou que o desmatamento na Amazônia já atinge 13% da cobertura original. O caso da Mata Atlântica é ainda mais trágico, pois apenas 9% da mata sobrevive a cobertura original de 1500.

Embora os casos da Floresta amazônica e da Mata Atlântica sejam os mais problemáticos, o desmatamento ocorre nos quatro cantos do país. Além da derrubada predatória para fins econômicos, outras formas de atuação do ser humano tem provocado o desmatamento. A derrubada de matas tem ocorrido também nas chamada frentes agrícolas. Para aumentar a quantidade de áreas para a agricultura, muitos fazendeiros derrubam quilômetros de árvores para o plantio.

O crescimento das cidades também tem provocado a diminuição das áreas verdes. O crescimento populacional e o desenvolvimento das indústrias demandam áreas amplas nas cidades e arredores. Áreas enormes de matas são derrubadas para a construção de condomínios residenciais e pólos industriais. Rodovias também seguem neste sentido. Cruzando os quatro cantos do país, estes projetos rodoviários provocam a derrubada de grandes faixas de florestas.

Outro problema sério, que provoca a destruição do verde, são as queimadas e incêndios florestais. Muitos deles ocorrem por motivos econômicos. Proibidos de queimar matas protegidas por lei, muitos fazendeiros provocam estes incêndios para ampliar as áreas para a criação de gado ou para o cultivo. Também ocorrem incêndios por pura irresponsabilidade de motoristas. Bombeiros afirmam que muitos incêndios tem como causa inicial as pontas de cigarros jogadas nas beiradas das rodovias.
Este problema não é exclusivo do nosso país. No mundo inteiro o desmatamento ocorreu e ainda está ocorrendo. Nos países em desenvolvimento, principalmente asiáticos como a China, quase toda a cobertura vegetal foi explorada. Estados Unidos e Rússia também destruíram suas florestas com o passar do tempo.







Embora todos estes problemas ambientais estejam ainda ocorrendo, verifica-se uma diminuição significativa em comparação ao passado. A consciência ambiental das pessoas está alertando para a necessidade de uma preservação ambiental. Governos de diversos países e ONGs de meio ambiente tem atuado no sentido de criar legislações mais rígidas e uma fiscalização mais atuante para combater o crime ecológico. As matas e florestas são de extrema importância para o equilíbrio ecológico do planeta Terra e para o bom funcionamento climático. Espera-se que, no início deste novo século, o homem tome consciência destes problemas e comece a perceber que antes do dinheiro está a vida de nosso planeta e o futuro das gerações futuras. Nossos filhos têm o direito de viverem num mundo melhor.


Vale lembrar:

- O desmatamento numa determinada região pode provocar o processo de desertificação (formação de desertos e regiões áridas). Este processo vem ocorrendo no sertão nordestino e no cerrado de Tocantins nas últimas décadas.

Pense você!



Por Eric Fromm

Valioso e bom é tudo aquilo que contribui para o maior desdobramento das faculadades específicas do homem e que favorece a vida.Negativo ou mau é tudo que estrangula a vida e paralisa a atividade do homem (...)Vencer sua propia cobiça,amar seu próximo,o conhecimento da verdade(diferente do conhecimento não crítico dos fatos)São as metas comuns a todos os sistemas humanistas filosóficos.

FRASE DO MÊS!




Por Martin Buber


''Toda esta tagarelice dos homens não constitui uma verdadeira palavra, suporto-a para poder gozar o silêncio que passa através dela''

E Deus sabe dançar?





Por Caio Fabio

''Eu só creria num Deus que soubesse dançar...” Friedrich Nietzsche “




...e dizem: Eis aí está um glutão, bebedor de vinho, amigo de publicanos e pecadores...” Jesus de Nazaré “...veio o Filho do Homem...que comia e bebia...e vós não cantastes...” Jesus de Nazaré De fato em Jesus Deus dança com os homens. Ninguém que leia o Evangelho deixará de ver Jesus em constante danças... Começa Seu ministério interrompendo a falência de uma festa...transforma água em vinho... Ele é recriminado porque atende a convites para festas em casas de pessoas pouco recomendáveis. Sua misericórdia para com o drama humano é musica da Graça aos ouvidos oprimidos.]


E quando Ele deseja expressar a alegria de Deus e de anjos pela chegada da consciência a algum coração, Ele prepara o cenário de uma festa. O pai do pródigo dançava e gostava de música. Nietzsche não viu nada.



Aliás, viu tanto “cristianismo” que não viu Deus dançando em Cristo. Ele mesmo não percebeu o quão pré-condicionado estava. Não conseguiu enxergar que tudo era um convite para a festa na casa do Pai. As parábolas de Jesus estão cheias de convites para que se venha dançar. Quando ninguém atende ao convite, ainda assim Ele não cancela a festa: enche a casa de mendigos, veste-os com trajes próprios, e ordena a liberdade. Até João Batista, que não dançava do lado de fora, sabia que o que estava acontecendo era uma festa. Jesus era o noivo. A festa era Dele. João se alegrava. De fato, se eu tivesse que dizer alguma coisa ao filósofo, lhe diria: Eu é que não acredito em filósofos que não sabem dançar...e nem ver quando a festa está proposta.

O que custava ao filósofo era crer que Deus não tinha nada a ver com o mal humor do Cristianismo. Acabou que o pensador foi incapaz de ouvir as músicas e entrar na festa. Quem tem ouvidos para ouvir as músicas da Graça, que entre na festa. Deus está chamando você pra dançar. É por isso é que o convite tem o nome de Boas Novas.

17/02/2009

COMO SÃO SEU ADÃO E SUA EVA NO PARAÍSO?




Por Caio Fabio

A visão moral fantasiosa sobre a vida de “Adão e Eva no Paraíso” — rsrsrs — é tão irreal que torna a narrativa mítico-histórica do Gênesis uma Estória, uma fabula, um conto infantil.

Os judeus aparentemente não tiveram muitas ilações sobre como era a vida sexual do casal primordial, mas os cristãos superabundaram em ilações e até conclusões.

Jesus apenas aludiu ao casal primordial a fim de dizer que a intenção de Deus na criação, ao fazer homem e mulher, não um homem e muitas mulheres, era que o homem fosse monogâmico — mas é aí que Jesus fica; apenas dizendo: “Não foi assim desde o principio!”

No entanto, em séculos posteriores, os “Pais da Igreja” começaram a se meter no sexo do casal primordial, na intenção de criarem uma existência assexuada para os então “fiéis” do nascente cristianismo.





Afinal, os crentes teriam que ser melhores do que Adão antes de comer o que não deveria...

Foi assim que Adão e Eva nunca transaram antes de comerem do fruto — pensavam.

Foi também assim que eles somente tiveram filhos depois de pecarem.

Foi pela mesma razão também que no inconsciente coletivo da cristandade, o fruto, que virou “maçã” — era, de fato, a pepequinha da Eva.

Ultimamente li alguém que me perguntava qual teria sido a perversão de Adão [“comendo” Eva], que fez com que Deus lançasse os dois para fora do Paraíso... Rsrsrs.

Já pensou?...

Agora Adão e Eva, que antes não transavam, foram expulsos por excessos na transa e nos fetiches!...
São os tempos!...

Cada um vê como vê!

E cada um vê conforme seu próprio coração!

A ilustração acima, de Adão e Eva na visão mulçumana, não somente é engraçada como também demonstra na forma de caricatura a visão islâmica do sexo.

Meu Adão e minha Eva eram muito ativos sexualmente, muito alegres, muito nus, muito simples, muito mamíferos, muito harmônicos com o todo, e, também, muito diferentes de nós.

Transar para eles não era como transar para nós!

Assim como eles não viam um leão e não diziam: Nossa! Um leão!

Para Adão a pepeca era como a pepeca. Somente isto. E dali, sabia ele, procediam as alegrias maiores da criação debaixo do sol.

Adão não tinha essas questões.

Além disso, ele também não era nem pós-moderno e nem metro-sexual.

Adão era um homem.

Eva uma mulher.

Ele era macho.

Ela era fêmea.

Era apenas assim.

O mais é caricatura de mulçumano em mente de cristão.

Rsrsrs.

A IGREJA




Por Brissos Lino


“No início, a igreja era um grupo de homens centrados no Cristo vivo. Então, a igreja chegou à Grécia e tornou-se uma filosofia. Depois, chegou a Roma e tornou-se uma instituição. Em seguida, à Europa e tornou-se uma cultura. E, finalmente, chegou à América e tornou-se um negócio.”
(Richard Halverson)

O percurso da Igreja, ao longo destes dois milénios de história, nunca foi linear. Ela procurou sempre, como sujeito da História, sobreviver, nuns casos, resistir noutros, dominar, nalgumas circunstâncias, ou ser minimamente relevante noutras.

Lutou contra inúmeras ameaças externas, provenientes da política, da filosofia e da religião, e teve que lidar com frequentes dissensões internas. Por fim dividiu-se uma primeira vez, durante o chamado Cisma do Oriente, separando o mundo latino do grego, dando assim origem às igrejas ortodoxas, e meio milénio mais tarde, através da Reforma religiosa na Europa, com o advento do protestantismo, pela mão de Lutero.

A partir do momento em que a Igreja deixou de se comportar como motor da História no mundo ocidental, limitou-se a reagir aos acontecimentos ou a imitar o sistema do mundo sem Deus.

Foi assim que surgiram os credos e os concílios. A Igreja reagiu desta forma de modo a clarificar e unificar os fundamentos da fé, perante a sua própria expansão, e combater as diversas heresias que a atacavam perigosamente.

Foi assim que se estruturou hierarquicamente, para imitar o funcionamento modelar do império romano, julgando que aquilo que era bom para o império seria igualmente bom para si própria.

Foi assim, ainda, que não resistiu à tentação de substituir a figura do imperador, em Roma, quando Constantino mudou a capital para a antiga Bizâncio. Perante a vacatura do poder, na cidade eterna, a Igreja tratou de o assumir, demonstrando assim que a atracção do poder exerce um fascínio tremendo sobre si.

Estas três vertentes: a atitude reactiva aos ataques e perigos, o mimetismo à imagem dos sistemas exteriores, e a tentação do poder, continuam, porventura, a constituir a sua maior fraqueza espiritual.

Mas a verdade é que a Igreja também se foi moldando conforme os tempos e o meio, afastando-se do propósito original.

A Igreja como filosofia
Jesus Cristo nunca se assumiu como filósofo. O seu pensamento era invariavelmente centrado nas pessoas e não em especulações metafísicas. Centrado na vivência prática das pessoas, na sua relação com Deus e com os outros, e no seu futuro eterno.
As discussões talmúdicas, tão ao gosto dos religiosos judeus do seu tempo, passavam-lhe completamente ao lado. A Bíblia não dá conta de qualquer momento em que o Mestre se tenha disposto voluntariamente a entregar a tais argumentações. Quando tinha doze anos discutiu por uma vez com os doutores da lei, no templo. Todos os outros relatos do Evangelho sobre troca de impressões entre Jesus e os religiosos do Judaísmo, ocorreu na sequência do normal desenrolar do seu ministério público, e não por escolha sua.

A Igreja como instituição
Assim como o Nazareno afirmara “o meu reino não é deste mundo” (1), da mesma forma deveria ser entendido que o lugar da Igreja não é neste mundo. Até porque, e desde logo em termos etimológicos, igreja (gr. “ekklesia”) significa “os chamados para fora”.
Na famosa oração sacerdotal, Jesus deixou bem explícito que os seus seguidores “não são do mundo assim como eu não sou do mundo” (2), acrescentando, porém, “não peço que os tires do mundo, mas que os livres do mal” (3).
A institucionalização da Igreja desvirtuou, por isso, o seu sentido mais profundo. Nem Israel entendeu este paradoxo cristão (uma espiritualidade sem poder temporal), nem a própria Igreja o aceitou plenamente na prática.

A Igreja como cultura
A Igreja faz Cultura. Por si mesma constitui-se como factor cultural relevante em qualquer sociedade em que se encontre inserida. Mas fá-lo (ou deve fazê-lo) de forma espontânea e não no sentido de forçar ou impor ao conjunto das sociedades as suas ideias, valores e opções de vida. A Igreja apresenta-se assim, naturalmente, como uma alternativa cultural.
Na realidade, a milenar influência cristã nesta Europa pós-moderna e cada vez mais multicultural já de pouco vale. A sensação que se tem é que a Igreja já não sabe falar à cidade dos homens, nem sabe viver como carta viva de Cristo no meio deles. Perdeu o seu fulgor profético. Por isso, ainda que fale, dificilmente consegue comunicar a mensagem evangélica.

A Igreja como negócio
Os anos oitenta foram a era por excelência dos evangelistas de televisão, estrelas mediáticas do universo americano, os quais se constituíram como paradigma da religião enquanto iniciativa privada. Mais recentemente, a chegada a Portugal de movimentos neopentecostais, arautos da teologia da prosperidade, trouxe para a realidade nacional um fenómeno anteriormente visto como distante.
Mas o meio católico também não foge à fama negocista, dada a proverbial riqueza do Vaticano e o movimento financeiro dos santuários, por exemplo.

Quando voltará a Igreja de Jesus Cristo a ser um grupo de homens e mulheres centrados no Cristo vivo, e apenas isso? Na sua fraqueza estaria então a sua verdadeira força. Quando é que os cristãos o compreenderão?

(1) João 18:36.
(2) João 17:14.
(3) João 17:15.

Sobre a morte e o morrer





Por Rubem Alves


O que é vida? Mais precisamente, o que é a vida de
um ser humano? O que e quem a define?


Já tive medo da morte. Hoje não tenho mais. O que sinto é uma enorme tristeza. Concordo com Mário Quintana: "Morrer, que me importa? (...) O diabo é deixar de viver." A vida é tão boa! Não quero ir embora...

Eram 6h. Minha filha me acordou. Ela tinha três anos. Fez-me então a pergunta que eu nunca imaginara: "Papai, quando você morrer, você vai sentir saudades?". Emudeci. Não sabia o que dizer. Ela entendeu e veio em meu socorro: "Não chore, que eu vou te abraçar..." Ela, menina de três anos, sabia que a morte é onde mora a saudade.

Cecília Meireles sentia algo parecido: "E eu fico a imaginar se depois de muito navegar a algum lugar enfim se chega... O que será, talvez, até mais triste. Nem barcas, nem gaivotas. Apenas sobre humanas companhias... Com que tristeza o horizonte avisto, aproximado e sem recurso. Que pena a vida ser só isto...”

Da. Clara era uma velhinha de 95 anos, lá em Minas. Vivia uma religiosidade mansa, sem culpas ou medos. Na cama, cega, a filha lhe lia a Bíblia. De repente, ela fez um gesto, interrompendo a leitura. O que ela tinha a dizer era infinitamente mais importante. "Minha filha, sei que minha hora está chegando... Mas, que pena! A vida é tão boa...”

Mas tenho muito medo do morrer. O morrer pode vir acompanhado de dores, humilhações, aparelhos e tubos enfiados no meu corpo, contra a minha vontade, sem que eu nada possa fazer, porque já não sou mais dono de mim mesmo; solidão, ninguém tem coragem ou palavras para, de mãos dadas comigo, falar sobre a minha morte, medo de que a passagem seja demorada. Bom seria se, depois de anunciada, ela acontecesse de forma mansa e sem dores, longe dos hospitais, em meio às pessoas que se ama, em meio a visões de beleza.

Mas a medicina não entende. Um amigo contou-me dos últimos dias do seu pai, já bem velho. As dores eram terríveis. Era-lhe insuportável a visão do sofrimento do pai. Dirigiu-se, então, ao médico: "O senhor não poderia aumentar a dose dos analgésicos, para que meu pai não sofra?". O médico olhou-o com olhar severo e disse: "O senhor está sugerindo que eu pratique a eutanásia?".

Há dores que fazem sentido, como as dores do parto: uma vida nova está nascendo. Mas há dores que não fazem sentido nenhum. Seu velho pai morreu sofrendo uma dor inútil. Qual foi o ganho humano? Que eu saiba, apenas a consciência apaziguada do médico, que dormiu em paz por haver feito aquilo que o costume mandava; costume a que freqüentemente se dá o nome de ética.

Um outro velhinho querido, 92 anos, cego, surdo, todos os esfíncteres sem controle, numa cama -de repente um acontecimento feliz! O coração parou. Ah, com certeza fora o seu anjo da guarda, que assim punha um fim à sua miséria! Mas o médico, movido pelos automatismos costumeiros, apressou-se a cumprir seu dever: debruçou-se sobre o velhinho e o fez respirar de novo. Sofreu inutilmente por mais dois dias antes de tocar de novo o acorde final.

Dir-me-ão que é dever dos médicos fazer todo o possível para que a vida continue. Eu também, da minha forma, luto pela vida. A literatura tem o poder de ressuscitar os mortos. Aprendi com Albert Schweitzer que a "reverência pela vida" é o supremo princípio ético do amor. Mas o que é vida? Mais precisamente, o que é a vida de um ser humano? O que e quem a define? O coração que continua a bater num corpo aparentemente morto? Ou serão os ziguezagues nos vídeos dos monitores, que indicam a presença de ondas cerebrais?

Confesso que, na minha experiência de ser humano, nunca me encontrei com a vida sob a forma de batidas de coração ou ondas cerebrais. A vida humana não se define biologicamente. Permanecemos humanos enquanto existe em nós a esperança da beleza e da alegria. Morta a possibilidade de sentir alegria ou gozar a beleza, o corpo se transforma numa casca de cigarra vazia.

Muitos dos chamados "recursos heróicos" para manter vivo um paciente são, do meu ponto de vista, uma violência ao princípio da "reverência pela vida". Porque, se os médicos dessem ouvidos ao pedido que a vida está fazendo, eles a ouviriam dizer: "Liberta-me".

Comovi-me com o drama do jovem francês Vincent Humbert, de 22 anos, há três anos cego, surdo, mudo, tetraplégico, vítima de um acidente automobilístico. Comunicava-se por meio do único dedo que podia movimentar. E foi assim que escreveu um livro em que dizia: "Morri em 24 de setembro de 2000. Desde aquele dia, eu não vivo. Fazem-me viver. Para quem, para que, eu não sei...". Implorava que lhe dessem o direito de morrer. Como as autoridades, movidas pelo costume e pelas leis, se recusassem, sua mãe realizou seu desejo. A morte o libertou do sofrimento.

Dizem as escrituras sagradas: "Para tudo há o seu tempo. Há tempo para nascer e tempo para morrer". A morte e a vida não são contrárias. São irmãs. A "reverência pela vida" exige que sejamos sábios para permitir que a morte chegue quando a vida deseja ir. Cheguei a sugerir uma nova especialidade médica, simétrica à obstetrícia: a "morienterapia", o cuidado com os que estão morrendo. A missão da morienterapia seria cuidar da vida que se prepara para partir. Cuidar para que ela seja mansa, sem dores e cercada de amigos, longe de UTIs. Já encontrei a padroeira para essa nova especialidade: a "Pietà" de Michelangelo, com o Cristo morto nos seus braços. Nos braços daquela mãe o morrer deixa de causar medo.

Espiritualidade, dimensão esquecida e necessária




Por Leonardo Boff

Espiritualidade vem de espírito. Para entendermos o que seja espírito precisamos desenvolver uma concepção de ser humano que seja mais fecunda do que aquela convencional, transmitida pela cultura dominante. Esta afirma que o ser humano é composto de corpo e alma ou de matéria e espírito. Ao invés de entender essa afirmação de uma forma integrada e globalizante, entendeu-a de forma dualista, fragmentada e justaposta. Assim surgiram os muitos saberes ligados ao corpo e à matéria (ciências da natureza) e os vinculados ao espírito e à alma (ciências do humano). Perdeu-se a unidade sagrada do ser humano vivo que é a convivência dinâmica de materia e de espírito entrelaçados e inter-retro-conectados.

1. Espiritualidade concerne ao todo ou à parte?
Espiritualidade, nesta segmentarização, significa cultivar um lado do ser humano: seu espírito, pela meditação, pela interiorização, pelo encontro consigo mesmo e com Deus. Esta diligência implica certo distanciamento da dimensão da matéria ou do corpo.

Mesmo assim espiritualidade constitui uma tarefa, seguramente importante, mas ao lado de outras mais. Temos a ver com uma parte e não com o todo.

Como vivemos numa sociedade altamente acelerada em seus processos históricos-sociais, o cultivo da espiritualidade, nesse sentido, nos obriga a buscar lugares onde encontramos condições de silêncio, calma e paz, adequados para a interiorização.

Esta compreensão não é errônea. Ela contem muita verdade. Mas é reducionista. Não explora as riquezas presentes no ser humano quando entendido de forma mais globalizante. Então aparece a espiritualidade como modo- de-ser da pessoa e não apenas como momento de sua vida.

Antes de mais nada importa enfatizar fato de que, tomado concretamente, o ser humano constitui uma totalidade complexa. Quando dizemos “totalidade” significa que nele não existem partes justapostas. Tudo nele se encontra articulado e harmonizado. Quando dizemos “complexa” significa que o ser humano não é simples, mas a sinfonia de múltipas dimensões. Entre outras, discernimos três dimensões fundamentais do único ser humano: a exterioridade, a interioridade e a profundidade.

2. A exterioridade humana: a corporeidade
A exterioridade é tudo o que diz respeito ao conjunto de relações que o ser humano entretém com o universo, com a natureza, com a sociedade, com os outros e com sua própria realidade concreta em termos de cuidado com o ar que respira, com os alimentos que consome/comunga,com a água que bebe,com a roupas que veste e com as energias que vitalizam sua corporeidade. Normalmente se entende essa dimensão como corpo. Mas corpo não é um cadáver. É o próprio ser humano todo inteiro mergulhado no tempo e na matéria, corpo vivo, dotado de inteligência, de sentimento,de compaixão, de amor e de êxtase. Esse corpo total vive numa trama de relações para fora e para além de si mesmo. Tomado nessa acepção fala-se hoje de corporeidade ao invés de simplesmente corpo.

3. A interioridade: a psiqué humana
A interioridade é constituída pelo universo da psiqué, tão complexo quanto o mundo exterior, habitado por instintos, pelo desejo, por paixões, por imagens poderosas e por arquétipos ancestrais. O desejo constitui, possivelmente, a estrutura básica da psiqué humana. Sua dinâmica é ilimitada. Como seres desejantes, não desejamos apenas isso e aquilo. Desejamos tudo e o todo. O obscuro e permanente objeto do desejo é o Ser em sua totalidade. A tentação é identificar o Ser com alguma de suas manifestações, como a beleza, a posse, o dinheiro, a saúde, a carreira profissional e a namorada, o namorado, os filhos, assim por diante. Quando isso ocorre, surge a fetichização do objeto desejado. Significa a ilusória identificação do absoluto com algo relativo, do Ser ilimitado com o ente limitado. O efeito é a frustração porque a dinâmica do desejo de querer o todo e não a parte se vê contrariada. Daí, no termo, predominar o sentimento de irrealização e, consequentemente, o vazio existencial.

O ser humano precisa sempre cuidar e orientar seu desejo para que ao passar pelos vários objetos de sua realização – é irrenunciável que passe - não perca a memória bemaventurada do único grande objeto que o faz descansar, o Ser, o Absoluto, a Realidade fontal, o que se convencionou chamar de Deus. O Deus que aqui emerge não é simplesmente o Deus das religiões, mas o Deus da caminhada pessoal, aquela instância de valor supremo, aquela dimensão sagrada em nós, inegociável e intransferível. Essas qualificações configuram aquilo que, existencialmente, chamamos de Deus.

A interioridade é denominada também de mente humana, entendida como a totalidade do ser humano voltada para dentro, captando todas as ressonâncias que o mundo da exterioridade provoca dentro dele.

4. A profundidade: o espírito
Por fim o ser humano possui profundidade. Tem a capacidade de captar o que está além das aparências, daquilo que se vê, se escuta, se pensa e se ama. Apreende o outro lado das coisas, sua profundidade. As coisas todas não são apenas coisas. Todas elas possuem uma terceia margem. São símbolos e metáforas de outra realidade que as ultrapassa e que elas recordam, trazem presente e a ela sempre remtem.

Assim a montanha não é apenas montanha. Em sendo montanha, traduz o que significa majestade. O mar evoca grandiosidade; o céu estrelado, infinitude; os olhos profundos de uma criança, o mistério da vida humana e do universo.

O ser humano capta valores e significados e não apenas fatos e acontecimentos. O que definitivamente conta não são as coisas que nos acontecem, mas o que elas significam para a nossa vida e que experiências elas nos propiciam. As coisas, então, passam a ter caráter simbólico e sacramental: nos recordam o vivido e alimentam nossa interioridade. Não é sem razão que enchemos nossa casa ou o nosso quarto de fotos, de objetos queridos dos pais, dos avós, dos amigos, daqueles que entraram em nossa vida e significaram muito. Pode ser o último toco de cigarro do pai que morreu de enfarte ou o pente de madeira da tia que morreu ou a carta emocionada do namorado que revelou seu amor. Aqueles objetos não são mais objetos. São sacramentos, pois falam, recordam, tornam presente significados, caros ao coração.

Captar, desta forma, a profundidade do mundo, de si mesmo e de cada coisa constitui o que se chamou de espírito. Espírito não é uma parte do ser humano. É aquele momento da conscicência mediante o qual captamos o significado e o valor das coiss. Mais ainda, é aquele estado de consciência pelo qual apreendemos o todo e a nós mesmos como parte e parcela deste todo.

O espírito nos permite fazer uma experiência de não-dualidade. “Tu és isso tudo” dizem os Upanishads da India, apontando para o universo. Ou “tu és o todo” dizem os yogis. “O Reino de Deus está dentro de vós” proclama Jesus. Estas afirmações remetem a uma experiência vivida e não a uma doutrina. A experiência é que estamos ligados e re-ligados uns aos outros e todos à Fonte Originante. Uma fio de energia, de vida e de sentido perpassa a todos os seres, constituindo-os em cosmos e não em caos, em sinfonia e não disfonia.

A planta não está apenas diante de mim. Ela está como ressonância, símbolo e valor dentro de mim. Há em mim uma dimensão montanha, vegetal, animal, humana e divina. Espiritualidade não consiste em saber disso, mas em vivenciar e fazer disso tudo conteúdo de experiência. Bem dizia Blaise Pascal: “ crer em Deus não é pensar em Deus mas sentir Deus”. A partir da experiência tudo se transfigura. Tudo vem carregado de veneração e de sacralidade.

A singularidade do ser humano consiste em experimentar a sua própria profundidade. Auscultando a si mesmo percebe que emergem de seu profundo apelos de compaixão, de amorização e de identificação com os outros e com o grande Outro, Deus. Dá-se conta de uma Presença que sempre o acampanha, de um Centro ao redor do qual se organiza a vida interior e a partir do qual se elaboram os grandes sonhos e as significações últimas da vida. Trata-se de uma energia originária, com o mesmo direito de cidadania que outras energias como a sexual, a emocional e a intelectual.

Pertence ao processo de individuação acolher esta energia, criar espaço para esse Centro e auscultar estes apelos, integrando-os no projeto de vida. É a espiritualidade no seu sentido antropológico de base. Para ter e alimentar espiritualidade a pessoa não precisa professar um credo ou aderir a uma instituição religiosa. A espiritualidade não é monopólio de ninguém, mas se encontra em cada pessoa e em todas as fases da vida. Essa profundidade em nós representa a condição humana espiritual, aquilo que designmos espiritualidade.

Obviamente para as pessoas religiosas, esse Centro é Deus e os apelos que dele derivam é sua Palavra. As religiões vivem desta experiência. Articulam-na em doutrinas, em ritos, celebrações e em caminhos éticos e espirituais. Sua função primordial reside em criar e oferecer condições para que cada pessoa humana e as comunidades possam fazer um mergulho na realidade divina e fazer a sua experiência pessoal de Deus.

Essa experiência porque é experiência e não doutrina tem como efeito a irradiação de serenidade, de profunda paz e de ausência do medo. A pessoa sente-se amada, acolhida e aconchegada num Utero divino, O que lhe acontecer, acontece no amor desta Realidade amorosa. Até a morte é exorcizada em seu caráter de espantalho da vida. É vivida como parte da vida, como o momento alquímico da grande transformação para poder estar, de fato, no Todo e no coração de Deus.

Esta espiritualidade é um modo de ser, uma atitude de base a ser vivida em cada momento e em todas as circunstâncias. Mesmo dentro das tarefas diárias da casa, trabalhando na fábrica, andando de carro, conversando com os amigos, vivendo a intimidade com a pessoa amada, a pessoa que criou espaço para a profundidade e para o espiritual está centrado, sereno e pervadido de paz. Irradia vitalidade e entusiasmo, porque carrega Deus dentro de si. Esse Deus é amor que no dizer do poeta Dante move o céu, todas as estrelas e o nosso próprio coração.

Esta espiritualidade tão esquecida e tão necessária é condição para uma vida integrada e singelamente feliz. Ela exorciza o complexo mais dificil de ser integrado: o envelhecimento e a morte.

Para a pessoa espiritual o envelhecer e o morrer pertencem à vida, não matam a vida, mas transfiguram a vida, permitindo um patamar novo para a vida. Assim como ao nascer, nós mesmos não tivemos que nos preocupar, pois, a natureza agiu sabiamente e o cuidado humano zelou para que esse curso natural acontecesse, assim analogamente com a morte: passamos para outro estado de consciência sem nos darmos conta dessa passagem. Quando acordamos nos encontraremos nos braços aconchegantes do Pai e Mãe de infinita bondade, que desde sempre nos esperavam. Cairemos em seus braços. E então nos perdemos para dentro do amor e da fonte de vida.

Leonardo Boff

E Deus viu que era bom?




Texdo de John Stott

Depois disse Deus: “Haja [...]”. E disse Deus: [...].
E Deus viu que ficou bom.
GÊNESIS 1.6, 9-10

Muitos alegam que há paralelos surpreendentes entre os mitos da criação do antigo Oriente Próximo (especialmente o épico babilônico conhecido como “Enuma Elish”) e o relato bíblico da criação citado em Gênesis 1. Porém, o que é mais notável em relação aos babilônios e às histórias bíblicas não são suas semelhanças, mas suas diferenças. Longe de copiar a narrativa babilônica, Gênesis 1 critica e faz objeção a sua teologia básica. Na mitologia babilônica, os deuses, amorais e caprichosos, disputam e brigam uns com os outros. Marduk, o mais soberbo dos deuses, ataca e mata Tiamat, a deusa-mãe. Em seguida, ele divide o corpo dela em duas metades, sendo que uma delas se transforma no céu e a outra, na terra. A julgar por este cruel politeísmo, é um alívio retornar à ética monoteísta de Gênesis 1, segundo a qual toda a criação é atribuída ao comando do único e verdadeiro Deus. De acordo com o livro do Apocalipse, a adoração eterna no céu concentrase no Criador:

Tu, Senhor e Deus nosso, és digno de receber a glória,
a honra e o poder, porque criaste todas as coisas,
e por tua vontade elas existem e foram criadas.
(APOCALIPSE 4.11)

Os cientistas continuarão a investigar a origem, a natureza e o desenvolvimento do universo. Porém, teologicamente falando, para nós basta saber que Deus criou todas as coisas por sua própria vontade, como expressão de sua simples e majestosa Palavra. Por isso é que se repete o refrão de Gênesis 1: “E Deus disse...”. Além disso, quando Deus contemplou sua criação, ele “viu que ficou bom”.


Devemos, portanto, nos alegrar por tudo que Deus criou — tanto pela comida e bebida como pelo casamento e pela família, ou pela arte e pela música, pelos pássaros, pelos animais, pelas borboletas e por muitas outras coisas. Pois tudo o que Deus criou é bom, e nada deve ser rejeitado, se for recebido com ação de graças.
1 TIMÓTEO 4.4
Para saber mais: Jeremias 10.12-16

É bom saber que não somos escravos dos deuses, criados com o propósito de prestar sacrifícios e adoração somente, ou que o mundo em que vivemos é fruto da luta entre dois deuses, mas que somos criados a imagem e semelhança do Criador para com ele nos relacionar e que o mundo em que vivemos é fruto da ordem do caos, criado para ser nosso lar.

14/02/2009

POR QUE EU SEI!



Texto Heuring Felix Motta


‘’Por que eu sei que em mim, isto é, na minha carne,não habita bem nenhum, pois querer o bem está em mim;não , porém, o efetuá-lo...Romanos 7:18’’


Esse verso em Romanos me lembra de uma figura histórica do passado que tem uma relação com o inicio do meu deslumbramento com o protestantismo Batista.Sidarta Gautma(Buda),nasceu no ano de 560 a.C e era filho de um rei do povo Sakhya que habitava a região da fronteira entre a Índia e o Nepal. No palácio, a vida de Gautama era cercada de conforto e paz. Casou e teve um filho, mas vivia totalmente protegido de contato com o exterior, por ordem de seu pai. Uma tarde, fugindo dos portões do palácio, o jovem Gautama viu 3 coisas que iriam mudar sua vida: um ancião que, encurvado, não conseguia andar e se apoiava num bastão, um homem que agonizava em terríveis dores devido a uma doença interna, um cadáver envolvido num sudário de linho branco. Essas 3 visões o puseram em contato com a velhice, a doença e a morte, conhecidas como “as três marcas da impermanência", e o deixaram profundamente abalado.

Ora o comportamento do pai de Sidarta é semelhante a postura religiosa cristã,lembro-me muito bem o inicio do trabalho Batista na pequena cidade de Antas-ba,onde duas missionárias da capital Salvador veio com o intuito nobre e sincero de nos ensinar as ‘’verdades’’ que sempre nos negligenciaram pela forte presença católica nestes lugares, tão enraizados pelas crendices populares e idolatria.Eu e meus primos éramos obrigados por ‘’livre’’ espontânea pressão,rs, de assistir todos aqueles cultos para crianças,quando na realidade queríamos era brincar de bola e com os coleguinhas da mesma idade.Nossos pais queria-nos proteger do ‘’mundo perverso’’e danado a perdição; tudo era pecado e somente seguindo o evangelho poderíamos ir para o céu.

Os anos se passaram e viramos adolescentes, engajados no trabalho batista com aquele idealismo de que tudo era perfeito dentro da denominação, que viveríamos uma união na terra que levaríamos para o céu,foi meu maior engano e sofri em descobrir as verdades que sempre me negaram,a primeira verdade veio sozinha,descobri que modelos de perfeição,fedem e alastram seu odor a atmosfera que nos cerca!

Ora Sidarta teve que sair da sua “perfeição” para saber os significados verdadeiros e reais ,percebeu que o egoísmo do seu pai em tentar esconder a ele que o mundo não era perfeito,que é sofrimento e morte; isto fez Sidarta descobrir que tanto lá fora habita o mal, como dentro da proteção do pai que o enganou para abastecer seu ego e seu delírio pela perfeição!

Amigo leitor, saiba que os enganadores são ‘’pais’’,que prometem proteção a sua alma dentro de quatro paredes; Paulo afirma que a carne não habita bem nenhum, na sua essência sim,no seu espírito sim,por ter sido criado por Deus;essa colisão de carne e espírito só vai ter fim no dia que nos tornarmos aquilo que foi perdido, na real situação somente a mão de Deus para nos regenerar da condição que foi,é e não será !

Minha alma quer o bem, e quer efetuar, mas a carne não; perceba a aceitação de Paulo em saber que somente Deus pode nos salvar de nós ,ao mesmo tempo que ele admite, a alma quer, mas não consigo fazer por que é inerente à natureza pós queda; o engaçado é que no meio da babel evangélica se promete vida perfeita e casta no senhor, longe do mundo e da humanidade e do estado de ‘’ser humano’’.Imperfeito,ridículo,limitado e que usa 10% da sua cabeça,mesmo assim buscando ser e tomar o lugar de Deus!

Buscando mais informações, uma cristã me respondeu por esses dias que, melhor é viver uma vida correta dentro do evangelho ,do que fingir ser quem não é,mas, de fato é verdadeiro isso;e a humanidade onde fica?e os defeitos naturais ? e as desconstruções que ameaçam os alicerces dentro da imóvel pedra fundamental dos princípios morais que pré-julgam o comportamento humano,onde poderá findar?Jamais!

A verdade que toda mudança, ameaça o estilo de vida já estabelecido por pessoas que são herdeiras do medo daqueles que pregaram em púlpitos , o horror e a insegurança de uma graça que não é graça,mas o monopólio,o controle,a vaidade, a postura burocrática,a imbecilidade religiosa,pertencentes e hereditárias ,enraizadas na insegurança daqueles que estão distante da verdadeira mudança em Jesus.Novo rumo e aceitação,perdão por completo!

09/02/2009

CAFÉ COM BOSSA!

UM POUCO DE TOM JOBIM!





Antônio Carlos Brasileiro de Almeida Jobim (Rio de Janeiro, 25 de janeiro de 1927 — Nova Iorque, 8 de dezembro de 1994), mais conhecido como Tom Jobim, foi um compositor, maestro, pianista, cantor, arranjador e violonista brasileiro.

É considerado um dos maiores expoentes da música brasileira e um dos criadores do movimento da Bossa Nova. Tom Jobim é um dos nomes que melhor representa a música brasileira na segunda metade do século XX e é praticamente uma unanimidade entre críticos e público em termos de qualidade e sofisticação musical.

É difícil escolher os mais significativos entre os mais de 50 discos de que participou, como intérprete ou arranjador. Todos eles têm algo de inovador, de diferente e especial. Seu último CD, Antônio Brasileiro, foi lançado em 1994, pouco antes da sua morte de parada cardíaca quando estava se recuperando de um câncer na bexiga, em dezembro, nos EUA.

Biografias foram lançadas, entre elas Antônio Carlos Jobim, um Homem Iluminado, de sua irmã Helena Jobim, Antônio Carlos Jobim - Uma Biografia, de Sérgio Cabral, e Tons sobre Tom, de Márcia Cezimbra, Tárik de Souza e Tessy Callado.

# Chega de Saudade" (1957), o marco inicial da bossa nova
# "Água de Beber"
# "Desafinado" (1959), vencedora de três prêmios Grammy
# "Samba de Uma Nota Só" (1959)
# "A Felicidade" e "O Nosso Amor", do filme Orfeu Negro (1959)
# "Insensatez" (com Vinícius de Moraes) (1960)
# "Garota de Ipanema" (com Vinícius de Moraes) (1963)
# "Fotografia" (1965)
# "Triste" (1967)
# "Wave" (1967)
# "Águas de Março" (1970)
# "Luiza"
# "Corcovado"
# "Dindi"
# "Retrato em Branco e Preto" (com Chico Buarque)
# "Samba do Avião"
# "Anos Dourados"
# "Eu te Amo"
# "Meditação"
# "Só Tinha de Ser com Você" (1974)
# "Sabiá"
# "Eu sei que vou te amar"
# "Falando de amor"
# "Ela é carioca"
# "Bebel"

REFLEXÃO:Cristianismo Puro e Simples



Texto de C.S Lewis


O problema real da vida crista aparece onde as pessoas normalmente nao o procuram. Ele aparece no instante em que voce acorda cada manha. Todos os desejos e esperancas para o dia correm para voce como animais selvagens. E a primeira tarefa de cada manha consiste simplesmente em empurra-los todos para tras; em dar ouvidos a outra voz, tomando aquele outro ponto de vista, deixando aquela outra vida mais ampla, mais forte e mais calma entrar como uma brisa. E assim por diante, todos os dias. Mantendo distancia de todo as inquietacoes e de todos os aborrecimentos naturais, protegendo-se do vento.

No comeco, nós somos capazes de faze-lo somente poralguns momentos. Mas entao o novo tipo de vida estara se propagando por todo o nosso ser, porque entao estamos deixando Cristo trabalhar em nos no lugar certo. Trata-se da diferenca entre a tinta, que esta simplesmente deitada sobre a superficie, e uma mancha que penetra.

Quando Cristo disse "sede perfeitos", quis dizer isso mesmo. Ele quis dizer que temos que entrar no tratamento completo. Pode ser duro para um ovo se transformae em um passaro; seria uma visao deveras divertida, e muito mais dificil, tentar voar enquanto ainda se é um ovo. Hoje nós somos como ovos.

Mas voce nao pode se contentar em ser um ovo comum, ainda que decente. Ou sua casca se rompe ou voce apodrecera."

C.S Lewis

ESTE EU RECOMENDO AO LEITOR!

O INIMIGO NO MEU QUARTO!









Livro fascinante que aborda sobre os labirintos do sistema nervoso humano,vai em uma jornada para desvendar a alma humana,leva ao leitor a entender os processos da psiquiatria moderna,além de uma boa história contada na simplicidade!

06/02/2009

JESUS AMA OS MEDIOCRES E ABOMINA A MEDIOCRIDADE!






Texto de Caio Fabio


Há um sentido no qual mediocridade é aquilo que é pertinente à média.

Nesse caso, trata-se da existência que se deixa governar pela média, e que teme qualquer expressão de seu próprio ser que não carregue a chancela da maioria.

Ora, neste sentido, pode-se dizer que Jesus ama os medíocres, pois Ele amou ao mundo, e, sem dúvida, a Terra é a habitação da mediocridade travestida de bons costumes, de moral, de etiqueta e da covardia que se deixa domesticar pela vontade da maioria, não importando as amputações existenciais que o individuo tenha que sofrer, desde que se conforme às massas.

Todavia, mesmo amando a todo homem, e fazendo-o de modo igual, Jesus, o homem, detestava a mediocridade.

Quando Jesus anunciou que iria para Jerusalém, e disse que lá morreria, Pedro lhe disse: “De modo nenhum Senhor”. A resposta de Jesus foi forte: “Arreda Satanás”.

E o que isto tem a ver com o fato de Jesus detestar a mediocridade?

“Tu é para mim pedra de tropeço”—acrescentou Jesus a Pedro.

Mediocridade é a boa intenção que tenta impedir a plenitude da vida e da missão no existir.

Era isto que Pedro estava fazendo. E isso era também parte do repúdio de Jesus.

Pedro queria um Cristo medíocre. Um Jesus sobrevivente!

É a mediocridade, por mais cheia de boas intenções que seja, que diz “de modo nenhum” a tudo aquilo que possa parecer risco de vida, ou melhor: chance de morte; ou mesmo de uma existência diferente.

A mediocridade é o que nos incita a crer que apenas os seres “abomináveis” da terra é que podem ser associados à Satanás.

A mediocridade é o que determina qual é o publico do diabo, e quais as ofensas que mais ofendem a Deus.

Isto porque é o medíocre que enxerga no diferente o ser abominável, e nos demais, iguais a ele mesmo em conduta exterior, aqueles que jamais seriam objeto de um veemente “Arreda Satanás, pois tu me és motivo de tropeço”.

Mas para Jesus a mediocridade é uma ofensa terrível, é a pior forma de possessão demoníaca que pode assolar um homem, visto que o possuiu em-si-mesmo, e não como uma invasão alienígena.

Satanás habita a mediocridade dos que pensam que podem dizer “De modo nenhum” até para Jesus.

O problema é que a Religião tem essa pretensão!

E é assim que age quase o tempo todo!

Ora, houve outra ocasião, tempos depois, quando Pedro, outra vez disse: “De modo nenhum, Senhor”.

Isto aconteceu antes dele ser informado por um anjo do Senhor que deveria sair de Jope e ir até a Cesárea marítima a fim de anunciar o Evangelho na casa do pagão Cornélio (At 10).

Descia do céu um lençol com toda sorte de animais abomináveis, e Pedro recebia a ordem de que deveria comê-los.

Era uma visão. Mas o apóstolo dizia: “De modo algum, Senhor, visto que em minha boca nunca entrou nada comum ou imundo”.

A Palavra de Jesus a Pedro naquela visão foi a de sempre: “Não consideres comum ou imundo aquilo a que Deus santificou”.

O medíocre não se afasta do cardápio da média; e nem consegue enxergar santidade naquilo que não parece com ele mesmo, nem com sua cultura, nem com seu meio social ou religioso.

Em minha opinião, na maioria das vezes essa foi a diferença entre Paulo e os “outros”. Paulo não sofria de mediocridade, daí o Evangelho que pregava ter sido tão superior em consciência e qualidade.

Assim, se alguém tem devoção às instituições de valor determinadas pela religião, sem dúvida tal pessoa só será salva da mediocridade se Deus a forçar a comer aquilo que ela abomina.

Somente o genuíno Evangelho da Graça pode nos salvar da mediocridade, posto que somente na transcendência ao que é terreno e pertencente ao mundo das falsas aparências, é que o coração será liberto do satanás que se faz adversário de toda diferença.

Onde quer que haja “uniformidade” e onde quer que haja senso de sobrevivência que se ponha acima do chamado para a individualidade, aí, tenha certeza, há o espírito de Satanás.

E isto pode vir disfarçado do que for, mas se disser: “De modo algum Senhor”—, então, é a vontade do diabo que se está praticando, pois Satanás é o pai de todas as formas de clonagem.

Assim, eu repito:

Mediocridade é a intenção que tenta impedir a plenitude da vida e da missão no existir.

E isto gera repúdio em Jesus...

Ora, Ele não aceitou isto para Ele mesmo, como poderia consentir com isto para os outros, aos quais Ele veio salvar, por mais diferentes que pareçam da média?



Pense nisto!