A paz, se possível, mas a verdade, a qualquer preço!

Martinho Lutero

29/12/2012

Oremos para que as previsões para que 2013 não sejam realidades



 

















Por Pastor Antonio Mendes - PIBA - 


CORRIGI O ITEM 14, não consegui editar o anterior.

1. Os pastores serão ainda mais covardes no combate ao pecado.
2. Os pastores, cada vez mais, deixarão de pregar a Bíblia.
3. Mais lideres sem a devida qualificação bíblica assumirão liderança nas igrejas.
4.Crescerá o tempo do "louvorzão", o povo falando para Deus e diminuirá o tempo de pregação, Deus falando para o povo.
5.O relativismo ganhará ainda mais espaço no comportamento cristão.
6.O divorcio no nosso meio baterá o recorde do ano anterior.
7.As igrejas vão priorizar mais prédios em detrimento de missões.
8.Os filhos serão mais mal educados porque os pais adotarão a "bíblia" do governo promiscuo para educá-los.
9.As igrejas "cata níqueis" vão crescer ainda mais.
10. As aberrações teológicas e doutrinárias vão surgir cada vez mais fortes.
11. O número de crentes "Maria vai com as outras" crescerá.
12. As "nossas" festas baladas de casamento ou de quinze anos serão cada vez mais comuns.
13. A freqüência de "crentes" a lugares onde Jesus jamais estaria com eles será cada vez mais comum.
14. O número de crentes dispostos a pagar o preço da fidelidade absoluta a Deus será cada vez menor.
15.As igreja shows deverá ter um crescimento acentuado.
16. Por fim, se você for fiel e não ceder as pressões no mundo, não ceder as baladas evangélicas, lutar contra o divorcio, educar se filho com Deus manda, não ceder aos modismos eclesiológicos e doutrinários, você será ainda mais atacado e discriminado em 2013.
E, por isso, estou sofrendo estas coisas; todavia, não me envergonho, porque sei em quem tenho crido e estou certo de que ele é poderoso para guardar o meu depósito até aquele Dia. 13 Mantém o padrão das sãs palavras que de mim ouviste com fé e com o amor que está em Cristo Jesus. 14 Guarda o bom depósito, mediante o Espírito Santo que habita em nós. 2 Tm 01.12-14.

Tão- somente sê forte e mui corajoso para teres o cuidado de fazer segundo toda a lei que meu servo Moisés te ordenou; dela não te desvies, nem para a direita nem para a esquerda, para que sejas bem- sucedido por onde quer que andares. Js 1.7

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26/12/2012

ED RENÊ KIVITZ - UMA REFUTAÇÃO À HERESIA DESTE PASTOR ''BATISTA''

Fernando Galli


De vez em quando chegam aos meus olhos e/ou ouvidos textos, mensagens e comentários de pastores que professam o Cristianismo, mas adotaram um proceder de questionar as Escrituras Sagradas. De início digo:

Creio no relato de Gênesis todo, porque aceitei a Cristo, o qual, através da obra do Espírito Santo de Deus em meu viver,dá-me a fé necessária para aceitar o relato como verdadeiro e inspirado. O próprio Jesus confirmou o relato. (Mateus 19:4, 5; João 8:44) Paulo também. (Romanos 5:12) E João também. (Apocalipse 12:9) Todavia, um "pastor" batista, denominado ED RENÊ KIVITZ, escreveu o seguinte texto, procurando reinterpretar Gênesis 3. E eu, que nem chego aos pés das Graduações Acadêmicas de tal homem, propus refutar o texto dele.
ED RENÊ KIVITZ - "Você pode interpretar a história de Adão e Eva como uma descrição de como as coisas aconteceram. Mas pode também interpretar como descrição de como as coisas acontecem. Pode ser uma história que conta como as coisas foram, ou como as coisas são. Pessoalmente, opto pela segunda alternativa. Não me interesso tanto em saber se as coisas foram daquele jeito ou não, não estou preocupado com a literalidade da narrativa, que aliás, me traz mais embaraços que esclarecimentos: houve mesmo um bonequinho de barro? antes de enganar o casal a serpente andava ereta? que fruta era aquela da árvore do conhecimento do bem e do mal, será que está sendo vendida na feira sem que a gente saiba que é ela? quais as coordenadas do jardim do Éden? será que os anjos com espadas de fogo ainda estão por lá?"
Fernando Galli - O "Eu" (você) pode interpretar a Bíblia do modo como se pretender, mas a questão é: Quem crê na Bíblia como a inerrante palavra de Deus não zomba das palavras dela. Não as satiriza. Será que o senhor Ed Renê seria homem o suficiente para se expressar dessa forma perante a pessoa de Deus? Sr. Ed Rene, como sou cristão e o Espírito de Deus habita em mim, não ouso questionar a Palavra de Deus como o senhor fez. O relato bíblico da ressurreição de Cristo também fala de anjos. (Mateus 28:5) Aliás, será que estes anjos ainda estão no local da ressurreição de Jesus, senhor Ed Renê? E o que dizer da própria ressurreição de Jesus, senhor Ed Renê? Que embaraçoso, não é mesmo? E que dizer dos milagres, como as curas, a multiplicação dos pães e peixes, a ressurreição de Lázaro?  Entre crer na literalidade do relato da ressurreição de Cristo tais milagres e que sejam mitos para servir como história da salvação, qual será que o senhor optaria? Pela segunda também? Se Jesus não ressuscitou dentre os mortos, é vã a nossa esperança. (1 Coríntios 15:14) Quais são as cordenadas para a nossa fé cristã? Então, se o relato de Gênesis não ocorreu literalmente, Jesus veio aqui para morrer pelos pecados de quem? Do macaquinho que virou gente?
ED RENÊ KIVITZ - "A história de Adão e Eva visa a comunicar a ótica judaico-cristã da natureza humana, da relação entre Deus e o homem, da dinâmica da sociedade humana. O autor bíblico não está preocupado em descrever o processo mecânico natural da criação. Seu texto não tem pretensão das ciências duras, que tratam das engrenagens do universo natural através da física, por exemplo, mas das ciências do espírito, que têm por objeto a complexidade do humano e suas relações. Adão e Eva somos nós."
Fernando Galli- O relato bíblico, para o cristão verdadeiro, é literal enquanto não haja elementos para o considermos simbólico e provas suficientes de que a intenção divina era de escrever um texto simbólico. As palavras de Jesus, de Paulo e de João indicam a literalidade do texto de Gênesis, a menos que o senhor Ed Renê seja capaz de provar o contrário. Ademais, a literalidade do texto encaixa-se perfeitamente na história da salvação: O homem cai, e Jesus vem morrer por ele para resgatá-lo. Jesus é o último Adão (1 Coríntios 15:45), assim não sou Adão, e estou livre da condenação do pecado original sobre mim. Graças à morte e ressurreição de Jesus Cristo muitos foram libertos de tal condenação, portanto, sua comparação é de mau gosto, digna de quem está se desviando da doutrina cristã. E pior do que isso! Confia na ciência como meio de se provar o relato ou não. Será que a ressurreição de Cristo poderia ser provada pela ciência? Desculpe-me, querido, mas não estou um pingo interessado em crer em sua teoria.
ED RENÊ KIVITZ - "Os que pretendemos definir o bem e o mal, o certo e o errado, ambiciosos da autonomia auto-suficiente cuja finalidade não é outra senão a satisfação das nossas vontades e desejos sem fim. Todos os que optamos pela competição em detrimento da cooperação, a violência em lugar do diálogo, o olho por olho contra o perdão, o império do mais forte em vez da gratuidade, as relações de interesses egocêntricos, escusos e difusos em troca da generosidade e da partilha abnegada, a conquista pela força bruta às expensas da paz. Adão e Eva somos nós. Construtores de jardins de pedra e ferro, edificadores de comunidades muradas, empreendedores prepotentes, espoliadores da riqueza e da beleza dos bichos, do verde, das águas – extrativistas predadores. Todos quantos nos dedicamos à busca do prazer a qualquer preço, que nos contentamos com o máximo de felicidade pessoal em termos de conforto e satisfação individuais, presos nas garras da Sensualidade-sensorialidade, pés fincados na terra, carne agarrada à carne, a orgia pluri-glutônica viciante e viciada-anestesiada."
Fernando Galli  - Novamente, senhor Ed Renê, embora suas palavras possam, nesse trecho, fazer sentido em vários aspectos, elas competem com a veracidade e a literalidade do texto inspirado por Deus. Com certeza, o evolucionismo lhe agrada mais, por isso "espiritualiza" o texto bíblico com boa propriedade, através de paralelismos evidentes, com finesse intelectual, para desmentir uma verdade corroborada por nada mais nada menos do que Jesus, Paulo e João. Mas como todo crítico da Palavra de Deus, certamente o senhor poderá se sentir coçado a dizer: Quem garante que tais personagens realmente estavam certos e escreveram ou dissseram tais coisas realmente inspirados por Deus? Acho que eu arriscaria afirmar: Lamentável, pastor!
ED RENÊ KIVITZ - "Adão e Eva somos nós. Fugitivos da realidade, fantasiosos, vítimas do pensamento mágico, iludidos pela possibilidade da reedição do paraíso perdido sem o concurso do divino. Adão e Eva somos nós. Também damos ouvidos à serpente. Também matamos irmãos. Também nos abandonamos ao hedonismo desvairado. Também queremos apenas nosso nome pronunciado com reverência. Adão e Eva somos nós. E somos também Caim, somos o povo ao redor de Noé, os empreiteiros da torre de babel. Mas somos também a descendência do filho da mulher, que esmaga a cabeça da serpente. Somos também Abraão. Sobre nós repousa um chamado sagrado: fazer benditas todas as famílias da terra. Gênesis não é um veredito. Gênesis é uma profecia: aponta a injustiça e o juízo, convoca ao arrependimento, suscita a esperança e promete a vitória d’Aquele cuja vontade é boa, perfeita e agradável: novo céu e nova terra."
Fernando Galli - Bom o seu truque textual, senhor Ed Renê. Novamente, a ressurreição de Jesus ocorreu, seria uma fantasia ou magia de quem a criou? Confesso que esperava tais palavras de um poeta, de um crítico textual ateu ou agnóstico, não de um pastor. O senhor se esqueceu de dizer que se mata também a história bíblica, a verdade de Deus, e se as ressuscita como textos humanos, com teor social, alegorizados para atualidade. Por isso afirmo, valendo-me de um texto literal, verídico, mas que com uma boa dose de liberdade textual, poderia em sua mesma linha de criatividade, espiritualizá-lo da seguinte forma:
  • Alguns são Adão e Eva quando creem que não foi bem assim que Deus disse. - Gênesis 3:4, 5.
  • Alguns são Adão e Eva quando diante de Deus se cobrem de vergonha da realidade bíblica para atender às exigências acadêmicas e se prostituir para conseguir diplomas. - Gênesis 3:7.
  • Alguns são Adão e Eva por se querer ser como deus, determinando quando a Bíblia fala a verdade e quando não. - Gênesis 3:22.
  • Alguns são a descendência da serpente, que ferem o calcanhar das Escrituras, mas serão feridos por toda a eternidade. - Apocalipse 22:19.
  • Alguns são Caim, que levam seus irmãos ao campo para assassiná-los espiritualmente com sua conversa fiada. - Gênesis 4:8.
A Bíblia diz que muitos se desviariam da fé por prestarem atenção a doutrinas de demônios. (1 Timóteo 4:1) Muitos são demônios também, por negarem a Palavra de Deus em troca de apoio popular, tendas cheias, salários pastorais altíssimos, enquanto missionários têm deixado de receber ajuda. Não sou perfeito, não tenho a menor chance de me equiparar aos diplomas do senhor Ed Renê. Mas sou cristão! E creio na inerrância da Palavra de Deus. Se eu não fosse cristão, certamente eu zombaria de um relato que, diante dos olhos da crítica textual e da ciência dura, são meros mitos, escritos por mãos humanas, inspirados não por Deus, mas pela própria vontade de escrever. - fernando galli.

DE QUE ADIANTA PREGAR TÃO BEM, PRENDER A ATENÇÃO DE MULTIDÕES, COM UMA MENSAGEM CRISTÃ, SE O INDIVÍDUO SE ACHA NO DIREITO DE QUESTIONAR E ZOMBAR DAS ESCRITURAS?
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A teologia diabólica de Leandro Quadros que afirma: ‘Os autores INSPIRADOS erraram’!



Por Heuring Felix e Apologética cristã -

Não é surpresa para mim em ver as sutilezas do professor(que faz mestrado na Argentina,rs)Leandro Quadros,em distorcer e torcer com seus pensamentos a inerrânçia das escrituras.Houve por duas  oportunidades de debate com ele via o site de apologética Cristã e por duas vezes ele não soube explicar erros gravíssimos de suas posições.Lógico que na TV e com o monitor lhe dando informações, aparenta ser um ''gênio'' de conhecimento teológico,mas  não é essa a realidade.Sua teologia é pequena e deficiente,contém erros gravíssimos e ofende totalmente os princípios bíblicos da infalibilidade,a negação da ortodoxia bíblica tão bem defendida por: Jesus,Paulo,Agostinho,Lutero,Calvino,Spurgeon. Deus ilumine a mente dessa pobre alma!


Confira:
O apresentador Leandro Quadro do programa Na mira da ''verdade'' do canal adventista novo tempo afirma que a bíblia contem erros,veja:

Leandro Quadros afirma, como o fez Samuelle Bacchiocchi, que OS AUTORES INSPIRADOS, registraram erros. Em uma postagem em seu site , Leandro Quadros, perigosamente leva os adventistas apaixonados, ao esgoto diabólico do liberalismo teológico. Aquilo que o diabo vomitou contra Bíblia nos corredores da teologia liberal, agora é cardápio de Leandro Quadros e seus leitores.

Tentando resolver uma diferença numérica em dois relatos bíblicos, ele escreveu:

“Não fica difícil concluirmos que a informação do texto de 2 Crônicas 22:2, que afirma ter Acazias a idade de 42 anos no começo do seu reinado, foi um lapso de memória do autor do livro, ou um erro do copista enquanto copiava o texto original . http://novotempo.com/namiradaverdade/2012/10/10/como-harmonizar-2-reis-826-com-2-cronicas-222/


Ele tenta salvar o conceito de inerrância bíblica dizendo que esse ‘fato’ não desabona a Bíblia de ser a Palavra de Deus – verdade autêntica, apesar de erros.


“a Bíblia tem dupla autoria: divina e humana. Por isso, é mais que natural existir nas Escrituras erros ortográficos, divergências numéricas, entre outras coisas, que em nada afetam a mensagem...” escreve o Titã Adventista.

Aos 8 minutos e 4 segundos de um vídeo ele afirma: “Mesmo Deus guiando mente do profeta para não errar, no aspecto doutrinário e moral, em aspectos ortográficos e lapsos de memória, é claro que o profeta errou.”   Diz que a Palavra de Deus é perfeita em seu contexto moral, ético e doutrinário. E afirma que não descarta a possibilidade do próprio autor ter errado no caso em mira! (veja aos 11 minutos e 32 segundos do vídeo). http://novotempo.com/namiradaverdade/2012/09/11/a-biblia-e-inerrante-04-09-2012/

]



UMA DEFESA EM FAVOR DA BÍBLIA,CONTRA OS ATAQUES DO  TEOLÓGO  HEREGE.

Afirmar que existem erros na Bíblia, por parte do autor inspirado, não afetaria a mensagem? Primeiro que limitações ortográficas, jamais alterariam uma mensagem. Porém, dependendo dos erros ortográficos, a mensagem pode ser alterada. Nenhuma doutrina é afeta em aceitar esse absurdo? Claro que é! A doutrina da inspiração. Se Deus preservou apenas as mensagens doutrinárias, por qual motivo não preservaria as demais informações? Sendo que essas mesmas informações Deus inspirou e ordenou que se registrassem como Sua Palavra?


Os autores do NT não tinham esse conceito diabólico que tem os Adventistas do Sétimo Dia (pelo menos os que pensam assim), E QUEM QUER QUE SEJA. Lembrando que em boa parte do início da Igreja a voz de Deus era as letras das Escrituras do Velho Testamento. Veja:


  • Exodo 9.13-15: Disse o SENHOR a Moisés: “Levante-se logo cedo, apresente-se ao faraó e diga-lhe que assim diz o SENHOR, o Deus dos hebreus: Deixe o meu povo ir para que me preste culto. Caso contrário, mandarei desta vez todas as minhas pragas contra você, contra os seus conselheiros e contra o seu povo, para que você saiba que em toda a terra não há ninguém como eu. Porque eu já poderia ter estendido a mão, ferindo você e o seu povo com uma praga que teria eliminado você da terra. Mas eu o mantive em pé exatamente com este propósito: mostrar-lhe o meu poder e fazer que o meu nome seja proclamado em toda a terra.

  • Romanos 9.17: Pois a Escritura diz ao faraó: “Eu o levantei exatamente com este propósito: mostrar em você o meu poder, e para que o meu nome seja proclamado em toda a terra”

Só por aí, já vemos um descompasso entre o conceito Apostólico sobre o VT e o que Leandro Quadros e a sua turma tem. Teria os apóstolos pelo menos esse conceito deturpador? O NT testemunha ao contrário. Jesus Cristo (não o Miguel Adventista que entrou num santíssimo em 22 de outubro de 1844), demonstra que as letras possuem autoridade das palavras, são virtualmente mesma coisa (Mt 4.4; 5.18).


Sobre os erros ‘inocentes’ que Leandro Quadros diz que existem, ele deixa de refletir de maneira cristã o seguinte:

1. A genealogia era garantia da semente messiânica.

2. Os números fazem parte da constituição nacional de Israel, em suas diversas áreas, que Deus abençoava.

3. Referências históricas, são o campo onde Deus agia em Israel.


Embora Leandro Quadros leu O Salmo 19.7, parecendo indicar que a perfeição é na Lei e não necessariamente na palavra escrita em forma humana, podemos rejeitar tranquilamente tal absurdo por saber que "Para sempre ó SENHOR, está firmada a tua palavra no céu." Salmo 119.90. Visto que sendo a Palavra de Deus "A Escritura não pode falhar" disso a Palavra Encarnada (Jo 10.35).


E mais,vamos corrigir o erro bizarro dele ,veja:

Ele cometeu um erro gravíssimo,mas eu acredito que por ignorância ou preguiça de pesquisar. A septuaginta que é a versão mais antiga do antigo testamento por volta de 360 a.c, ela foi traduzida do hebraico para o grego, confirma que os dois versos estão em harmonia tanto em Reis como em Cronicas,22 anos.O problema foi o erro de transmissão do copista que acredito ser da vulgata latina,tradição católica,Já que lá está exatamente 42 anos.Só que nas bíblias em português por exemplo a versão almeida revista atualizada já corrigiu essa discrepância.Então o Leandro Quadros que se diz ''teólogo''(ta mais para professor de curso bíblico de tracinho)ignora toda a pesquisa e abre precedentes para a dizer que teria ainda outros possíveis erros,isso se chama teologia liberal,triste por que tem muita gente vendo e crendo no enganoso programa na mira das inverdades!videos do youtube
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24/12/2012

Eleição, Motivo para Santificação



Por John Owen
O eterno e imutável propósito de Deus é que todo aquele que Lhe pertence de forma especial, todo aquele a quem pretende trazer ao Seu bem-aventurado gozo eterno, tem, antes de tudo, que ser santificado.

Se em tudo o que formos — nossas inclinações, profissão de fé, honestidade moral, utilidade para os outros, reputação na igreja — não formos santos individualmente, espiritualmente e evangelicamente, não estamos entre aqueles que, pelo eterno propósito de Deus, foram escolhidos para a salvação e glória eternas.

Não fomos escolhidos em Cristo antes da fundação do mundo para sermos primeiramente santos e inculpáveis diante de Deus em amor (Ef.1:4)? Não, fomos, antes de mais nada, “ordenados para a vida eterna” (At.13:48 – ACF; 2Ts.2:13). A intenção de Deus no decreto da eleição é a nossa salvação eterna, para “o louvor da glória de Sua graça” (Ef.1:5, 6, 11).

Que significa, então, quando se diz que fomos “eleitos em Cristo para que sejamos santos”? Em que sentido é a nossa santidade o propósito para o qual Deus nos elegeu?

A santidade é o meio indispensável para se obter salvação e glória. “Escolhi aqueles pobres pecadores perdidos para serem meus de forma especial”, diz Deus. “Escolhi salvá-los trazendo-os através de meu Filho, por intermédio da Sua mediação, para a glória eterna. Mas  faço-o segundo meu propósito e decreto para que sejam santos e inculpáveis diante de mim em amor. Sem a santificação que procede da obediência em amor a mim, ninguém jamais entrará na minha glória eterna”.

Pensar que se pode chegar ao céu sem santificação é esperar que Deus mude Seus decretos e propósitos eternos; é esperar que Deus deixe de ser Deus e acate o desejo de pecadores de permanecem pecaminosos. Paulo, no entanto, nos mostra que fomos predestinados para sermos conformes à imagem do filho de Deus (Rm.8:29; 2Ts.2:13); fomos eleitos para a salvação por meio da livre e soberana graça de Deus. Mas como é que se pode possuir de fato essa salvação? Através da santificação do espírito, e de nenhum outro modo. Deus, desde o princípio, jamais elegeu aqueles a quem não santificou pelo Seu Espírito. O conselho e o decreto de Cristo a nosso favor não depende da nossa santidade, no entanto da nossa santidade depende a nossa felicidade futura no conselho e decreto de Deus.
A Santificação É Indispensável
Segundo o imutável decreto de Deus ninguém pode alcançar a glória e a felicidade eternas sem graça e santificação. Os que foram ordenados para a salvação, foram também ordenados para a santificação. A mais tenra criança trazida à luz nesse mundo, não alcançará o descanso eternal se não for santificada e portanto, de modo consistente e radical, tornada santa.
A santificação é prova de eleição
A única prova da nossa eleição para a vida e a glória é a santificação operada em cada fibra do nosso ser. Assim como a nossa vida, a nossa consolação depende também da santificação (2Tm.2:19). O decreto da eleição é o bastante para dar segurança contra a apostasia nas tentações e provações (Mt.24:24).

Como é que posso saber da minha eleição e que não cairei em apostasia? Diz Paulo, “Aparte-se da injustiça todo aquele que professa o nome do Senhor” (2Tm.2:19). Diz-nos Pedro, “procurai, com diligência cada vez maior, confirmar a vossa vocação e eleição” (2Pe.1:10). Mas, como é que fazemos isso? Pelo acréscimo de todas as virtudes arroladas por Pedro (2Pe.1:5~9). Assim, se pretendemos estar na glória eterna, temos que nos esforçar totalmente para “sermos santos e irrepreensíveis perante Ele”.
Problema. Se, desde a eternidade, Deus escolheu livremente um certo número de pessoas para a salvação, que necessidade têm elas de serem santas? Podem pecar o tanto que quiserem e jamais perderão o céu, pois os decretos de Deus não podem ser frustrados. A Sua vontade não pode ser negada. E se não forem eleitas, sejam santas como forem, ainda permanecerão perdidos, porque jamais podem ter a salvação.

Resposta. Tal modo de argumentar não é ensinado na Escritura, nem dela pode ser aprendido. A doutrina da livre eleição de Deus em amor e graça é plenamente ensinada na Escritura, onde é proclamada como a fonte de, e o grande motivo para a santificação. É mais seguro apegar-se aos claros testemunhos da Escritura, confirmado na maioria dos crentes, do que dar ouvidos a essas objeções perversas e vis que podem nos levar a odiar a Deus e aos Seus desígnios. É melhor que o nosso entendimento seja cativo da obediência da fé, do que do questionamento de homens néscios.
Especificamente, não somos apenas obrigados a acreditar em todas as revelações divinas, mas temos também que crer nelas conforme nos são apresentadas pela vontade de Deus. O evangelho requer que se creia na vida eterna, mas ninguém, que ainda vive em seus pecados, precisa acreditar na sua salvação eterna.

Os parágrafos a seguir destroem essas objeções:
(i) O decreto da eleição em si mesma, absoluta, sem a consideração de seus resultados, não faz parte da vontade revelada de Deus. Não está revelado se esta ou aquela pessoa é ou não eleita (Dt.29:29). Portanto, isso não pode ser utilizado como argumento ou objeção sobre nada que envolva a e a obediência.
(ii) Deus enviou o Seu evangelho aos homens para que o Seu decreto de eleição fosse cumprido e levado à sua concretização. Ao pregar o evangelho, Paulo diz que tudo suportou “por causa dos eleitos, para que também eles obtenham a salvação que está em Cristo Jesus, com eterna glória” (2Tm.2:10). Deus ordena que Paulo permaneça e pregue o evangelho em Corinto porque Ele tinha naquela cidade “muito povo” (At.18:10), isto é, aqueles a quem Ele havia graciosamente escolhido para a salvação. Veja também Atos 2:47; 13:48.
(iii) Em todo o lugar que chega, o evangelho proclama a vida e a salvação por Jesus Cristo a todo o que vai crer, se arrepender e se render em obediência a Ele. O evangelho faz com que os homens saibam plenamente qual é o dever e a recompensa deles. Nessas circunstâncias somente a arrogância e a incredulidade podem usar o desígnio secreto de Deus como desculpa para continuarem pecado.
Objeção. “Eu não me arrependerei, nem crerei, nem obedecerei, se primeiro não souber se sou ou não um eleito; afinal tudo depende disso”.
Resposta. Se é assim que pensa, o evangelho nada tem a lhe dizer nem a lhe oferecer, pois você está opondo sua vontade própria à vontade de Deus.
A forma que Deus estabeleceu para sabermos se somos ou não eleitos é pelos frutos da eleição em nossas próprias almas.

Eis uma ilustração. Cristo morreu por pecadores. Não se exige que certa pessoa creia que Cristo morreu por ela de modo particular, mas apenas que Cristo morreu para salvar pecadores. Assim sendo, o evangelho exige de nós fé e obediência, e somos obrigados a reagir favoravelmente. Contudo, até que obedeça ao evangelho, ninguém tem nenhuma obrigação de crer que Cristo morreu por si em particular.

A mesma coisa acontece com a eleição. Exige-se que se creia na doutrina porque ela está na Escritura e é claramente proclamada no evangelho; mas quanto à sua própria eleição, não se exige que ninguém creia nela até que, pelos seus próprios frutos, Deus lha revele. Assim, ninguém pode dizer que não é eleito até que sua condição prove que não o seja porque os frutos da eleição jamais podem operar nele. Esse frutos são a fé, a obediência e a santificação (Ef.1:4; 2Ts.2:13; Tt.1:1; At.13:48).

Aquele em quem se operam essas coisas tem a obrigação, segundo o método de Deus e o evangelho, de crer na sua própria eleição. Todo crente pode ter tanta certeza da sua eleição quanto o tem da sua chamada, justificação e santificação. Pelo exercício da graça, asseguramos a nossa vocação e eleição (1Pe.1:5~10).

Mas os incrédulos e os ímpios não podem concluir que não são eleitos, se não conseguirem provar que lhes seja impossível receber graça e santificação. Noutras palavras, eles têm que provar que cometeram o pecado imperdoável contra o Espírito Santo.

A doutrina da eleição de Deus é ensinada em toda parte da Escritura para o encorajamento e a consolação dos crentes e para motivá-los a serem mais obedientes e santificados (Ef.1:3~12; Rm.8:28~34).
Como É que a Eleição Motiva os Crentes à Santidade
A graça e o amor de Deus na eleição, soberanos e para sempre reverenciados, são fortes motivos para a santificação, e a única maneira de demonstramos gratidão a Deus é agradar-lhe com a santidade de vida. Será que um crente verdadeiro diria: “Deus me elegeu para a vida eterna, portanto vou pecar o tanto que quiser, pois jamais perecerei nem serei condenando”?

Deus usa a eleição como um motivador para o seu povo antigo (Dt.7:6~8, 11). Do mesmo modo o faz Paulo com os cristãos (Cl.3:12, 13). A eleição nos ensina humildade. Deus nos escolheu quando, por causa do pecado, éramos imprestáveis; não porque houvesse algum bem em nós. A eleição nos ensina submissão à soberana vontade, arbítrio e domínio de Deus sobre tudo o que nos concerne nesse mundo. Se Deus me escolheu desde a eternidade, e no devido tempo trouxe-me à fé, não iria Ele também cuidar de todas as coisas que me afetam?

A eleição também nos ensina o amor, a benevolência, a compaixão e a tolerância para com todos os crentes, que são os santos de Deus (Cl.3:12, 13). Como ousaremos alimentar pensamentos grosseiros e severos, e alimentar animosidade e inimizade contra qualquer um daqueles a quem Deus escolheu para a graça e glória? (Veja Rm.14:1, 3; Paulo tudo fez por causa dos eleitos).

A eleição nos ensina o desprezo pelo mundo e por tudo o que lhe pertence. Escolheu-nos Deus para constituir-nos reis e imperadores do mundo? Levantou Deus o Seu eleito para ser rico, nobre e honorável entre os homens para que seja proclamado: “Assim se fará ao homem a quem o rei [do Céu] deseja honrar”? Escolheu-nos Deus para nos guardar de dificuldades, perseguições, pobreza, vergonha e reprovações no mundo? Paulo nos ensina bem o contrário (1Co.1:26~29).

Tiago nos mostra como deve viver um eleito de Deus (Tg.1:9~11). O amor na eleição é motivo e encorajamento para a santidade por causa da graça que podemos e devemos esperar de Jesus Cristo (2Co.12:9). A eleição de Deus nos dá a certeza de que a despeito de todas as oposições e dificuldades que enfrentarmos, não seremos total e finalmente condenados (Rm.8:28~39; 2Tm.2:19; Hb.6:10~20).
Problema. Com certeza alguém que sabe que é eleito tem maior possibilidade de ser preguiçoso e negligente na sua vida espiritual.

Resposta. Alguém segue numa jornada, sabe que está no caminho certo e sabe que se se mantiver no caminho chegará certa e infalivelmente ao fim da sua jornada. Será que esse conhecimento o tornará relapso e negligente? Não seria isso mais provável a alguém perdido e sem saber para onde ir? Não seria isso mais provável a alguém sem a certeza de que alcançaria o seu destino?
Problema. A eleição é desanimadora para o incrédulo.

Resposta. Podem ocorrer duas coisas quando a eleição é proclamada aos incrédulos. Primeiro, eles poderão se esforçar ao máximo para provarem que são eleitos respondendo com fé, obediência e santidade, ou, segundo, podem não fazer nada e dizer que tudo isso depende de Deus.

Agora, qual dessas duas atitudes é mais racional e notável? Qual delas evidencia que amamos verdadeiramente a nós mesmos e estamos interessados por nossas almas imortais?
Nada é mais infalivelmente certo do que isso: “todo aquele que nEle crê não [perecerá], mas [tem] a vida eterna” (Jo.3:15 - ACF).
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Extraído e traduzido do livro “O Espírito Santo” do grande teólogo puritano inglês John Owen e que será publicado pela Editora Os Puritanos
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Documento raro e importante:Carta de Calvino à Lutero!

 
 
21 de Janeiro de 1545 - 
 
Ao mui excelente pastor da Igreja Cristã, Dr. M. Lutero, [1] meu tão respeitado pai. Quando disse que meus compatriotas franceses, [2] que muitos deles foram tirados da obscuridade do Papado para a autêntica fé, nada alteraram da sua pública profissão, [3] e que eles continuam a corromper-se com a sacrílega adoração dos Papistas, como se eles nunca tivessem experimentado o sabor da verdadeira doutrina, fui totalmente incapaz de conter-me de reprovar tão grande preguiça e negligência, no modo que pensei que ela merece. 

O que de fato está fazendo esta fé que mente sepultando no coração, senão romper com a confissão de fé? Que espécie de religião pode ser esta, que mente submergindo sob semelhante idolatria? Não me comprometo, todavia, de tratar o argumento aqui, pois já o tenho feito de modo mais extenso em dois pequenos tratados, em que, se não te for incomodo olha-los, perceberá o que penso com maior clareza que em ambos, e através da sua leitura encontrará as razões pelas quais tenho me forçado a formar tais opiniões; de fato, muitos de nosso povo, até aqui estavam em profundo sono numa falsa segurança, mas foram despertados, começando a considerar o que eles deveriam fazer. 

Mas, por isso que é difícil ignorar toda a consideração que eles têm por mim, para expor as suas vidas ao perigo, ou suscitar o desprazer da humanidade para encontrar a ira do mundo, ou abandonando as suas expectativas do lar em sua terra natal, ao entrar numa vida de exílio voluntário, eles são impedidos ou expulsos pelas dificuldades duma residência forçada. Eles têm outros motivos, entretanto, é algo razoável, pelo que se pode perceber que somente buscam encontrar algum tipo de justificativa. 

Nestas circunstâncias, eles se apegam na incerteza; por isso, eles estão desejosos em ouvir a sua opinião, a qual eles merecem defender com reverência, assim, ela servirá grandemente para confirmar-lhes. Eles têm me requisitado de enviar um mensageiro confiável até você, que pudesse registrar a sua resposta para nós sobre esta questão. Pois, penso que foi de grande conseqüência para eles ter o benefício de sua autoridade, para que não continuem vacilando; e eu mesmo estou convicto desta necessidade, estive relutante de recusar o que eles solicitaram. 

Agora, entretanto, mui respeitado pai, no Senhor, eu suplico a ti, por Cristo, que você não despreze receber a preocupação para sua causa e minha; primeiro, que você pudesse ler atentamente a epistola escrita em seu nome, e meus pequenos livros, calmamente e nas horas livres, ou que pudesse solicitar a alguém que se ocupasse em ler, e repassasse a substância deles a você. Por último, que você escrevesse e nos enviasse de volta a sua opinião em poucas palavras. 

De fato, estive indisposto em incomodar você em meio de tantos fardos e vários empreendimentos; mas tal é o seu senso de justiça, que você não poderia supor que eu faria isto a menos que compelido pela necessidade do caso; entretanto, confio que você me perdoará. 

Quão bom seria se eu pudesse voar até você, pudera eu em poucas horas desfrutar da alegria da sua companhia; pois, preferiria, e isto seria muito melhor, conversar pessoalmente com você não somente nesta questão, mas também sobre outras; mas, vejo que isto não é possível nesta terra, mas espero que em breve venha a ser no reino de Deus. 

Adeus, mui renomado senhor, mui distinto ministro de Cristo, e meu sempre honrado pai. O Senhor te governe até o fim, pelo seu próprio Espírito, que você possa perseverar continuamente até o fim, para o benefício e bem comum de sua própria Igreja.



Extraído de Letters of John Calvin: Select from the Bonnet Edition with an introductory biographical sketch (Edinburgh, The Banner of Truth Trust, 1980), pp. 71-73
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23/12/2012

A celebração do Natal é um ritual pagão?




   




















Por.R.C. Sproul -

Essa questão surge todo ano na época de Natal. Em primeiro lugar, não há mandamento bíblico direto para celebrar o nascimento de Jesus em 25 de dezembro. Não há nada na Bíblia que indicaria que Jesus nasceu em 25 de dezembro. Na verdade, há muito nas narrativas do Novo Testamento que indicaria que o nascimento de Jesus não ocorreu durante esse tempo do ano.

Acontece que no vigésimo quinto dia de dezembro no Império Romano havia um feriado pagão que estava ligado a religiões misteriosas; os pagãos celebravam o seu festival em 25 de dezembro. Os Cristãos não queriam participar disso, então eles dizem, “Enquanto todo mundo está celebrando essa coisa pagã, vamos ter nossa própria celebração. Vamos celebrar a coisa mais importante em nossas vidas, a encarnação de Deus, o nascimento de Jesus Cristo. Então esse será um tempo de festividades alegres, de celebração e adoração do nosso Deus e Rei.”

Eu não consigo pensar em algo mais agradável a Cristo do que a igreja celebrando seu nascimento todo ano. Tenha em mente que todo o princípio de festa e celebração anual está profundamente enraizado na antiga tradição Judaica. No Velho Testamento, por exemplo, houve vezes quando Deus enfaticamente ordenou as pessoas a lembrarem de certos eventos com celebrações anuais.
Eu não consigo pensar em algo mais agradável a Cristo do que a igreja celebrando seu nascimento todo ano.
Enquanto o Novo Testamento não requer que celebremos o Natal todo ano,  certamente não vejo nada de errado com a igreja entrar neste momento alegre de celebração à Encarnação, que é o ponto divisor de toda história humana. Originalmente, sua intenção foi honrar, não Mithras (N.T.:deus persa do sol)  ou qualquer um dos outros cultos religiosos misteriosos, mas o nascimento de nosso Rei.
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Onde Jesus esteve entre os 13 e 30 anos?

 
 
Por Augustus Nicodemus Lopes -

A revista Aventuras na História da Editora Abril publicou uma matéria onde requenta a velha teoria de que Jesus, dos 13 aos 30 anos, viveu em países estrangeiros aprendendo mágica, filosofia e alquimia, antes de se apresentar em Israel como o esperado Messias dos judeus. Vários evangelhos apócrifos são mencionados como fonte para esta especulação.

A matéria é entediante, além de revelar a mais completa ignorância dos estudos bíblicos e arqueológicos relacionados com a vida de Jesus Cristo. É igual às outras publicações sensacionalistas de fim de ano, que se aproveitam do Natal todo ano para interessar os curiosos e ignorantes tecendo teorias absurdas sobre a vida de Jesus.

A razão pela qual os Evangelhos não nos dizem nada sobre Jesus dos 13 aos 30 anos é por que os Evangelhos não são biografias no sentido moderno do termo, onde se conta toda a história da vida do biografado, desde seu nascimento até a sua morte, dando detalhes da sua infância, adolescência, mocidade, vida adulta e velhice. Os Evangelhos, como o nome já diz, foram escritos para evangelizar, isto é, para anunciar as boas novas da salvação mediante a morte e ressurreição de Jesus Cristo. Portanto, o que da vida de Jesus interessa aos Evangelhos é seu nascimento sobrenatural, para estabelecer de saída a sua divindade, seu ministério público a partir dos 30 anos, quando fez sinais e prodígios e ensinou às multidões, e sua morte e ressurreição que são a base da salvação que ele oferece. Não há qualquer interesse biográfico na adolescência e mocidade de Jesus, pois nesta época, viveu e cresceu como um rapaz normal.

Assim mesmo, algumas informações dos Evangelhos canônicos - Mateus, Marcos, Lucas e João - nos deixam reconstruir este tempo da vida de Jesus, que passa sem registro direto. Lemos que quando Jesus começou a fazer milagres e a ensinar em sua própria cidade, Nazaré, os moradores estranharam muito pelo fato de que eles conheciam Jesus desde a infância:
 "E, chegando à sua terra, ensinava-os na sinagoga, de tal sorte que se maravilhavam e diziam: Donde lhe vêm esta sabedoria e estes poderes miraculosos? Não é este o filho do carpinteiro? Não se chama sua mãe Maria, e seus irmãos, Tiago, José, Simão e Judas? Não vivem entre nós todas as suas irmãs? Donde lhe vem, pois, tudo isto? E escandalizavam-se nele. Jesus, porém, lhes disse: Não há profeta sem honra, senão na sua terra e na sua casa. E não fez ali muitos milagres, por causa da incredulidade deles". (Mat 13:54-58 ARA)
 Percebe-se pela passagem acima que os moradores da cidade conheciam Jesus e toda a sua família. Se Jesus tivesse passado estes 27 anos fora da cidade, certamente não haveria esta reação.

Além do mais, o ensino de Jesus acerca da Lei, dos mandamentos, do Reino de Deus , as suas parábolas e suas ilustrações são todas tiradas do Judaísmo, das Escrituras do Antigo Testamento e das terras da Palestina. Ele está familiarizado com a agricultura, o cuidado de ovelhas, o mercado, o sistema financeiro e legal da Palestina. Estas coisas teriam sido impossíveis se ele tivesse passado todos estes anos recebendo treinamento teológico e místico em outro país, outra cultura, outra religião. Não há absolutamente nada no ensino de Jesus que tenha se originado na religião egípcia, persa, mesopotâmica do da índia, todas elas politeístas, cheias de deuses e totalmente panteístas. O ensino de Jesus, ao contrário é monoteísta e criacionista.

Estas lendas bobas da sua infância são tiradas de "evangelhos" apócrifos e espúrios, cuja análise já fiz e ofereci aos meus leitores aqui. 

É impressionante, todavia, que ainda estão dando importância a este fragmento de um suposto "evangelho da esposa de Jesus" mesmo após autoridades em manuscritologia e papirólogos terem rejeitado sua importância e mesmo sua autenticidade. Escrevi aqui sobre o tal fragmento.

No fundo, a razão para todas estas especulações é a rejeição do quadro simples e claro que os Evangelhos nos pintam acerca de Jesus, como verdadeiro Deus e verdadeiro homem, que nasceu, viveu e morreu para que pudéssemos ter o perdão de pecados e a vida eterna.
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19/12/2012

O CATIVEIRO PELAGIANO DA IGREJA EVANGÉLICA

 

 

Por R.C. Sproul -

Em um texto intitulado: O cativeiro pelagiano da igreja. R.C. Sproul chama a atenção ao fato da igreja evangélica está revisitando a controvertida e herética doutrina ensinada por Pelágio, a qual foi combatida por Agostinho e concílios da igreja, hoje, entretanto, tem sido aceita em tom passivo por muitas comunidades cristãs.

Quem foi Pelágio.

Pelágio foi um monge britânico do quinto século. Ele afirmava que o pecado de Adão e Eva não passou a sua posteridade. O pecado de Adão afetou a ele somente, portanto,não existe o pecado original.
Não houve transmissão de culpa ou queda. Ou seja, nós nascemos inocentes e livres da culpa. E Pelágio prossegue: É possível a qualquer pessoa viver uma vida de obediência a Deus, uma vida de perfeição moral sem nenhuma ajuda de Jesus e da graça de Deus.
É claro que Agostinho contemporâneo de Pelágio não iria ficar emudecido frente à tamanha heresia. Agostinho chamou-o para batalha e provou que Pelagio não apenas estava errado, mas pregava uma heresia. Desta forma o quinto século condenou Pelágio como herege.

O pelagianismo. Foi condenado no concílio de Orange, no concílio de Florença, depois no concílio de Cartago e também no concílio de Trento. Mas hoje infelizmente tem sido descoberto e passivamente aceito em muitas igrejas de nosso tempo. Por essa razão, R.C.Sproul troveja:

Se Lutero vivesse hoje e tomasse sua pena para escrever, o livro que poderia escrever em nosso tempo seria intitulado “O CATIVEIRO PELAGIANO DA IGREJA EVANGÉLICA”.

E Sproul continua:
Na edição de Fleming Revell de “ESCRAVIDÃO DA VONTADE”, os tradutores  J.Packer e R.Johnston, incluíram uma introdução teológica e histórica extensa e confrontante para este livro. O seguinte parágrafo é parte do fim desta introdução:

Estas coisas precisam ser consideradas pelos protestantes de hoje. Com que direito podemos chamar a nós mesmos com filhos da reforma? Muito do protestantismo moderno nem podia chamar-se reformado...

A escravidão da vontade coloca diante de nós o que eles criam acerca da salvação da humanidade perdida. A luz disto, estamos obrigados a perguntar se a cristandade protestante não tem vendido seu legado entre os dias de Lutero e os nossos. Não tem o protestantismo de hoje mais de Erasmo do que de Lutero? Muitas vezes não temos tratado de minimizar e ofuscar as diferenças doutrinais em nome da paz entre grupos? Somos inocentes da indiferença doutrinal, a qual Lutero atribuiu a Erasmo? Permanecemos crendo que a doutrina importa?

Fonte: La Cautividad Pelagiana de la Iglesia( R.C.Sproul)
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15/12/2012

LIÇÕES FUNDAMENTAIS DOS PURITANOS!

 

 

 

Rev.Joel Beeke

 

 

Sete Lições Fundamentais dos Puritanos para nossa Vida Pessoal

Leitura Bíblia

Eles chamavam a Bíblia de o Livro Vivo, a Biblioteca do Espírito Santo. Eles acreditavam que Deus os transformava através da Bíblia. Eles ensinavam seus filhos a ler a fim de lerem a Bíblia e o alfabeto através de exemplos bíblicos. Eles guiavam tudo em suas vidas pelas Escrituras.
Você tem vivido a sua vida moldada pela Bíblia ou você decide o que você irá crer e obedecer das Escrituras? Você deixa de lado aquilo que você discorda na Palavra ou a coloca como regra para a vida?

Oração

Os Puritanos oravam em suas devocionais diárias, mas também buscavam orar sem cessar, tornando as ações corriqueiras da vida em oração. Por exemplo: quando se vestiam, oravam sobre serem cobertos pela justiça de Cristo.
Os puritanos entendiam que a oração era algo trinitariana. Expressaram isso através de uma corrente: a verdadeira oração nasce na eternidade no coração do Pai, recebe seu mérito através da morte de Cristo, é orada pelo cristão através do Espírito, que a leva até Cristo, o qual a retorna para o Pai.
Os puritanos não se contentavam com orações rasas. Que isso nos incentive a orar.

Meditação

Um sermão meditado é melhor que mil sermões engolidos sem meditação.

Provações

Os puritanos falaram muito sobre provações. A atitude que eles tinham era bem diferente das que temos atualmente. Eles não desejavam um feliz ano novo, no sentido de alguém não ter problemas, mas um ano novo abençoado, desejando que eles pudessem passar por toda e qualquer prova que Deus trouxesse de forma submissa.
Jonh Bunyan disse: “O povo de Deus é como sinos; quanto mais forte lhes baterem, melhor será o som”.

Repreender o Orgulho

Os puritanos tinham um ódio especial pelo orgulho, pois sabiam que Deus odiava de forma especial o orgulho. O orgulho é um ataque contra Deus que eleva nosso coração acima de Deus e busca se entronizar. Jonathan Edwards dizia que o orgulho é como uma cebola – quando pensamos que tiramos uma camada, encontramos outra.
John Bunyan disse a uma mulher que elogiou seu sermão: “você é a segunda pessoa que disse isso; o primeiro foi o diabo”.

Depender do Espírito Santo

Os Puritanos nos ensinam a como depender do Espírito Santo. Thomas Watson afirmou que o pregador pode bater na porta, mas é o Espírito que a abre, mostrando que o ministro sempre deve se lembrar que é o Espírito que converte pecadores através da pregação da Palavra. Eles diziam que em toda pregação havia dois ministros: o pregador é o ministro externo e o Espírito Santo o interno.

Como viver em dois mundos

Os puritanos diziam que nós temos dois olhos: um deve estar na eternidade e um no tempo.

Seis Lições Fundamentais dos Puritanos para nossa Vida Ministerial

Pregação

Os puritanos nos ensinam a acreditar na pregação. Eles acreditavam que Deus usava cada sermão.

Doutrina com Prática

Eles acreditavam na união da doutrina com a prática. Nos sermões eles buscavam alcançar as mentes com clareza (expondo as Escrituras de forma simples e metódica – Eles acreditavam que o cristianismo sem mente criaria um cristianismo sem coluna), a consciência com firmeza (muitos hoje pregam sem a intenção) e o coração com paixão (eles mostravam Cristo como desejável e atraiam o pecador a Cristo). Pela mente, através da consciência eles chegavam ao coração e levavam o pecado a Jesus Cristo, pela benção do espirito Santo.

Piedade Prática

Os puritanos enchiam suas pregações de aplicações para vários tipos de públicos: crente, não crente, desviados, novos crentes, etc. Eles faziam um aconselhamento espiritual do púlpito.

Pregar experiencialmente


Os puritanos nos ensinam a pregar de forma que as doutrinas fossem experimentadas na alma.
Era como se estivessem iluminando cada verso da Bíblia procurando Jesus para exaltá-lo. “Pregue um Cristo, por Cristo, para o louvor de Cristo”, assim termina um livro de homilética dos puritanos.

Equilíbrio Bíblico

Manter o equilíbrio entre o evangelho objetivo e a experiência subjetiva, a soberania de Deus e a responsabilidade do homem.

Catequese

Os puritanos nos ensinam a importância de catequisar a igreja e as crianças. Comumente eles iam às casas dos crentes para ensinar como se faz um culto doméstico e ensinar os pais a educarem os filhos.
O que aprendemos dos Puritanos acima de tudo é essa espiritualidade abrangente. Eles não foram perfeitos, mas, hoje, nos apontam para uma vida piedosa, tendo nossos olhos na eternidade. Temos muitos para aprender com eles e muito para segui-los no que eles seguiram a Cristo, aplicando seus ensinos à nossa geração, para a glória de Deus e pelo bem de cada alma, através de Cristo.
Por: Joel Beeke. Editora Fiel 2006 – 2012 © Todos os direitos reservados.


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12/12/2012

A Incapacidade de Vir a Cristo





por Robert Murray M'Cheyne 

Ninguém pode vir a mim se o Pai, que me enviou, não o trouxer; e eu o ressuscitarei no último dia (João 6.44) 

Quão surpreendente é a depravação do homem natural! 
As Escrituras nos ensinam isso abundantemente. Todo pastor fiel levanta a sua voz como uma trombeta, para mostrar isto às pessoas. E a primeira obra do Espírito Santo, no coração, é convencer do pecado. 

Na Palavra de Deus, não existe uma descoberta mais terrível sobre a depravação do homem natural do que estas palavras do evangelho de João. Davi afirmou: “Eu nasci na iniquidade, e em pecado me concebeu minha mãe” (Sl 51.5). Deus falou por meio do profeta Isaías (48.8): “Eu sabia que procederias mui perfidamente e eras chamado de transgressor desde o ventre materno”. E Paulo disse: “Éramos, por natureza, filhos da ira, como também os demais” (Ef 2.3). Mas nesta passagem de João somos informados de que a incapacidade do homem natural e sua aversão por Cristo são tão grandes, que não podem ser vencidas por qualquer outro poder, exceto o poder de Deus. “Ninguém pode vir a mim se o Pai, que me enviou, não o trouxer; e eu o ressuscitarei no último dia” (Jo 6.44). Nunca houve um mestre como Cristo. “Jamais alguém falou como este homem” (Jo 7.46). Ele falava com muita autoridade, não como os escribas, mas com dignidade e poder celestial. Ele falava com grande sabedoria. Falava a verdade sem qualquer imperfeição. Seus ensinos eram a própria luz proveniente da Fonte de Luz. Ele falava com bastante amor, com o amor dAquele que estava prestes a dar a sua vida em favor de seus seguidores. Falava com mansidão, suportando a ofensa contra Ele mesmo vinda dos pecadores, não ultrajando quando era ultrajado. Jesus falava com santidade, porque era Deus “manifestado na carne”. Mas tudo isso não atraía os seus ouvintes. Nunca houve um dom mais precioso oferecido aos homens. “O verdadeiro pão do céu é meu Pai quem vos dá... Eu sou o pão da vida; o que vem a mim jamais terá fome; e o que crê em mim jamais terá sede” (Jo 6.32, 35). O Salvador de que as pessoas condenadas necessitavam estava diante delas. Sua mão lhes foi estendida. Ele estava ao alcance delas. O Salvador ofereceu-lhes a Si mesmo. Oh! Que cegueira, dureza de coração, morte espiritual e impiedade desesperadora existem na pessoa não-convertida! Nada pode mudá-la, exceto a graça do Todo-Poderoso. Ó Homem destituído da graça de Deus, seus amigos o advertem, os pastores clamam em voz alta, a Bíblia toda o exorta. Cristo, com todos os seus benefícios é colocado diante de você. Todavia, a menos que o Espírito Santo seja derramado em seu coração, você permanecerá um inimigo da cruz de Cristo e destruidor de sua própria alma. “Ninguém pode vir a mim se o Pai, que me enviou, não o trouxer”. 

Quão invencível é a graça de Jeová! 
Nenhuma criatura tem o poder de atrair o homem a Cristo. Exibições, evidências miraculosas, ameaças, inovações são usadas em vão. Somente Jeová pode trazer a alma a Cristo. Ele derrama seu Espírito com a Palavra e a alma sente-se alegre e poderosamente inclinada a vir a Jesus. “Apresentar-se-á voluntariamente o teu povo, no dia do teu poder” (Sl 110.3). “Acaso, para o Senhor há coisa demasiadamente difícil?” (Gn 18.14.) “Como ribeiros de águas assim é o coração do rei na mão do Senhor; este, segundo o seu querer, o inclina” (Pv 21.1). 

Considere um exemplo: um judeu estava assentado na coletoria, próxima à porta de Cafarnaum. Sua testa estava enrugada com as marcas da cobiça, e seus olhos invejosos exibiam a astúcia de um publicano. Provavelmente ele ouvira falar de Jesus; talvez o tivesse ouvido pregando nas praias do mar da Galiléia. Mas seu coração mundano ainda permanecia inalterado, visto que ele continuava em seu negócio ímpio, assentado na coletoria. O Salvador passou por ali e, olhando para o atarefado Levi, disse-lhe: “Segue-me!” Jesus não disse mais nada. Não usou qualquer argumento, nenhuma ameaça, nenhuma promessa. Mas o Deus de toda graça soprou no coração do publicano, e este se tornou disposto. “Ele se levantou e o seguiu” (Mt 9.9). Agradou a Deus, que opera todas as coisas de acordo com o conselho da sua vontade, dar a Mateus um vislumbre salvador da excelência de Jesus; a graça caiu do céu no coração de Mateus e o transformou. Ele sentiu o aroma da Rosa de Sarom. O que significava o mundo agora para ele? Mateus não se importava mais com os lucros, os prazeres e os louvores do mundo. Em Cristo, ele viu aquilo que é mais agradável e melhor do que todas essas coisas do mundo. Mateus se levantou e seguiu a Jesus. 

Aprendamos que uma simples palavra pode ser abençoadora à salvação de almas preciosas. Frequentemente somos tentados a pensar que tem de haver algum argumento profundo e lógico para trazer as pessoas a Cristo. Na maioria das vezes colocamos nossa confiança em palavras altissonantes. No entanto, a simples exposição de Cristo aplicada ao coração pelo Espírito Santo vivifica, ilumina e salva. “Não por força nem por poder, mas pelo meu Espírito, diz o Senhor dos Exércitos” (Zc 4.6). Se o Espírito age nas pessoas, estas simples palavras: “Segue a Jesus”, faladas em amor, podem ser abençoadas e salvar todos os ouvintes. 

Aprendamos a tributar todo o louvor e glória de nossa salvação à graça soberana, eficaz e gratuita de Jeová. Um falecido teólogo disse: “Deus ficou tão irado por Herodes não lhe haver dado glória, que o anjo do Senhor feriu imediatamente a Herodes, que teve uma morte horrível. Ele foi comido por vermes e expirou. Ora, se é pecaminoso um homem tomar para si mesmo a glória de uma graça tal como a eloquência, quão mais pecaminoso é um homem tomar para si a glória da graça divina, a própria imagem de Deus, que é o dom mais glorioso, excelente e precioso de Deus?” Quantas vezes o apóstolo Paulo insiste, em Efésios 1, que somos salvos pela graça imerecida e gratuita? E como João atribui toda a glória da salvação à graça gratuita do Senhor Jesus — “Àquele que nos ama, e, pelo seu sangue, nos libertou dos nossos pecados... a ele a glória e o domínio pelos séculos dos séculos. Amém!” (Ap 1.5, 6). Quão solenes foram as palavras de Jonathan Edwards, em sua obra Personal Narrative (Narrativa Pessoal)! “A absoluta soberania e graça gratuita de Deus, em demonstrar misericórdia àquele para quem Ele quer expressar misericórdia, e a absoluta dependência do homem quanto às operações do Espírito Santo têm sido para mim, frequentemente, doutrinas gloriosas e agradáveis. Estas doutrinas têm sido o meu grande deleite. A soberania de Deus parece-me uma enorme parte de sua glória. Tenho sentido deleite constante em aproximar-me de Deus e adorá-Lo como um Deus soberano, rogando-Lhe misericórdia soberana”. 

Ao sentir-me à graça um grande devedor 
Sou constrangido sempre, a todo instante! 
Que esta graça, com algemas, meu Senhor, 
Prenda somente a Ti meu coração hesitante. 

Robert Murray M’Cheyne (1813-1843) foi ministro de St Peter’s Church Dundee, Escócia (1836-1843). Foi um piedoso pastor evangélico e evangelista com grande amor pelas almas.
por Robert Murray M'Cheyne 

Ninguém pode vir a mim se o Pai, que me enviou, não o trouxer; e eu o ressuscitarei no último dia (João 6.44) 

Quão surpreendente é a depravação do homem natural! 
As Escrituras nos ensinam isso abundantemente. Todo pastor fiel levanta a sua voz como uma trombeta, para mostrar isto às pessoas. E a primeira obra do Espírito Santo, no coração, é convencer do pecado. 

Na Palavra de Deus, não existe uma descoberta mais terrível sobre a depravação do homem natural do que estas palavras do evangelho de João. Davi afirmou: “Eu nasci na iniquidade, e em pecado me concebeu minha mãe” (Sl 51.5). Deus falou por meio do profeta Isaías (48.8): “Eu sabia que procederias mui perfidamente e eras chamado de transgressor desde o ventre materno”. E Paulo disse: “Éramos, por natureza, filhos da ira, como também os demais” (Ef 2.3). Mas nesta passagem de João somos informados de que a incapacidade do homem natural e sua aversão por Cristo são tão grandes, que não podem ser vencidas por qualquer outro poder, exceto o poder de Deus. “Ninguém pode vir a mim se o Pai, que me enviou, não o trouxer; e eu o ressuscitarei no último dia” (Jo 6.44). Nunca houve um mestre como Cristo. “Jamais alguém falou como este homem” (Jo 7.46). Ele falava com muita autoridade, não como os escribas, mas com dignidade e poder celestial. Ele falava com grande sabedoria. Falava a verdade sem qualquer imperfeição. Seus ensinos eram a própria luz proveniente da Fonte de Luz. Ele falava com bastante amor, com o amor dAquele que estava prestes a dar a sua vida em favor de seus seguidores. Falava com mansidão, suportando a ofensa contra Ele mesmo vinda dos pecadores, não ultrajando quando era ultrajado. Jesus falava com santidade, porque era Deus “manifestado na carne”. Mas tudo isso não atraía os seus ouvintes. Nunca houve um dom mais precioso oferecido aos homens. “O verdadeiro pão do céu é meu Pai quem vos dá... Eu sou o pão da vida; o que vem a mim jamais terá fome; e o que crê em mim jamais terá sede” (Jo 6.32, 35). O Salvador de que as pessoas condenadas necessitavam estava diante delas. Sua mão lhes foi estendida. Ele estava ao alcance delas. O Salvador ofereceu-lhes a Si mesmo. Oh! Que cegueira, dureza de coração, morte espiritual e impiedade desesperadora existem na pessoa não-convertida! Nada pode mudá-la, exceto a graça do Todo-Poderoso. Ó Homem destituído da graça de Deus, seus amigos o advertem, os pastores clamam em voz alta, a Bíblia toda o exorta. Cristo, com todos os seus benefícios é colocado diante de você. Todavia, a menos que o Espírito Santo seja derramado em seu coração, você permanecerá um inimigo da cruz de Cristo e destruidor de sua própria alma. “Ninguém pode vir a mim se o Pai, que me enviou, não o trouxer”. 

Quão invencível é a graça de Jeová! 
Nenhuma criatura tem o poder de atrair o homem a Cristo. Exibições, evidências miraculosas, ameaças, inovações são usadas em vão. Somente Jeová pode trazer a alma a Cristo. Ele derrama seu Espírito com a Palavra e a alma sente-se alegre e poderosamente inclinada a vir a Jesus. “Apresentar-se-á voluntariamente o teu povo, no dia do teu poder” (Sl 110.3). “Acaso, para o Senhor há coisa demasiadamente difícil?” (Gn 18.14.) “Como ribeiros de águas assim é o coração do rei na mão do Senhor; este, segundo o seu querer, o inclina” (Pv 21.1). 

Considere um exemplo: um judeu estava assentado na coletoria, próxima à porta de Cafarnaum. Sua testa estava enrugada com as marcas da cobiça, e seus olhos invejosos exibiam a astúcia de um publicano. Provavelmente ele ouvira falar de Jesus; talvez o tivesse ouvido pregando nas praias do mar da Galiléia. Mas seu coração mundano ainda permanecia inalterado, visto que ele continuava em seu negócio ímpio, assentado na coletoria. O Salvador passou por ali e, olhando para o atarefado Levi, disse-lhe: “Segue-me!” Jesus não disse mais nada. Não usou qualquer argumento, nenhuma ameaça, nenhuma promessa. Mas o Deus de toda graça soprou no coração do publicano, e este se tornou disposto. “Ele se levantou e o seguiu” (Mt 9.9). Agradou a Deus, que opera todas as coisas de acordo com o conselho da sua vontade, dar a Mateus um vislumbre salvador da excelência de Jesus; a graça caiu do céu no coração de Mateus e o transformou. Ele sentiu o aroma da Rosa de Sarom. O que significava o mundo agora para ele? Mateus não se importava mais com os lucros, os prazeres e os louvores do mundo. Em Cristo, ele viu aquilo que é mais agradável e melhor do que todas essas coisas do mundo. Mateus se levantou e seguiu a Jesus. 

Aprendamos que uma simples palavra pode ser abençoadora à salvação de almas preciosas. Frequentemente somos tentados a pensar que tem de haver algum argumento profundo e lógico para trazer as pessoas a Cristo. Na maioria das vezes colocamos nossa confiança em palavras altissonantes. No entanto, a simples exposição de Cristo aplicada ao coração pelo Espírito Santo vivifica, ilumina e salva. “Não por força nem por poder, mas pelo meu Espírito, diz o Senhor dos Exércitos” (Zc 4.6). Se o Espírito age nas pessoas, estas simples palavras: “Segue a Jesus”, faladas em amor, podem ser abençoadas e salvar todos os ouvintes. 

Aprendamos a tributar todo o louvor e glória de nossa salvação à graça soberana, eficaz e gratuita de Jeová. Um falecido teólogo disse: “Deus ficou tão irado por Herodes não lhe haver dado glória, que o anjo do Senhor feriu imediatamente a Herodes, que teve uma morte horrível. Ele foi comido por vermes e expirou. Ora, se é pecaminoso um homem tomar para si mesmo a glória de uma graça tal como a eloquência, quão mais pecaminoso é um homem tomar para si a glória da graça divina, a própria imagem de Deus, que é o dom mais glorioso, excelente e precioso de Deus?” Quantas vezes o apóstolo Paulo insiste, em Efésios 1, que somos salvos pela graça imerecida e gratuita? E como João atribui toda a glória da salvação à graça gratuita do Senhor Jesus — “Àquele que nos ama, e, pelo seu sangue, nos libertou dos nossos pecados... a ele a glória e o domínio pelos séculos dos séculos. Amém!” (Ap 1.5, 6). Quão solenes foram as palavras de Jonathan Edwards, em sua obra Personal Narrative (Narrativa Pessoal)! “A absoluta soberania e graça gratuita de Deus, em demonstrar misericórdia àquele para quem Ele quer expressar misericórdia, e a absoluta dependência do homem quanto às operações do Espírito Santo têm sido para mim, frequentemente, doutrinas gloriosas e agradáveis. Estas doutrinas têm sido o meu grande deleite. A soberania de Deus parece-me uma enorme parte de sua glória. Tenho sentido deleite constante em aproximar-me de Deus e adorá-Lo como um Deus soberano, rogando-Lhe misericórdia soberana”. 

Ao sentir-me à graça um grande devedor 
Sou constrangido sempre, a todo instante! 
Que esta graça, com algemas, meu Senhor, 
Prenda somente a Ti meu coração hesitante. 

Robert Murray M’Cheyne (1813-1843) foi ministro de St Peter’s Church Dundee, Escócia (1836-1843). Foi um piedoso pastor evangélico e evangelista com grande amor pelas almas.
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