A paz, se possível, mas a verdade, a qualquer preço!

Martinho Lutero

28/04/2009

A Caixa de Skinner




Por Richard Dawkins, texto composto de fragmentos extraídos do livro Desvendando o Arco-Iris,original em Sociedade dos Cientistas Mortos!



A nossa inclinação a descobrir significado e padrão na coincidência, quer haja um verdadeiro significado, quer não, faz parte de uma tendência mais geral de procurar padrões. Essa tendência é louvável e útil. Muitos eventos e características no mundo são realmente padronizados de uma forma não aleatória, sendo proveitoso para nós, e para os animais em geral, detectar esses padrões. A dificuldade é navegar entre detectar um padrão aparente onde não existe nenhum, e não detectar o padrão onde ele existe. Em grande parte, a ciência da estatística diz respeito a saber orientar-se nessa difícil rota. Todavia, muito antes que os modernos métodos estatísticos fossem formalizados, os humanos e até outros animais eram estatísticos intuitivos bastante bons. Entretanto, é fácil cometer erros em ambas as direções.

Não somos os únicos animais a procurar padrões estatísticos de não-aleatoriedade na natureza, e não somos os únicos animais a cometer erros do tipo que poderia ser chamado de supersticioso. Esses dois fatos são claramente demonstrados no aparelho chamado caixa de Skinner, em referência ao famoso psicólogo americano B. F. Skinner. Uma caixa de Skinner é um equipamento simples, mas versátil, para estudar geralmente a psicologia de um rato ou de uma pomba. É uma caixa com uma chave ou chaves introduzidas numa das paredes, as quais a pomba (por exemplo) pode operar dando bicadas. Há também um aparelho de alimentação (ou de recompensas) que é eletricamente operado. Os dois estão conectados de tal modo que a bicada da pomba tem alguma influência sobre o aparelho de alimentação. No caso mais simples, toda vez que a pomba dá uma bicada na chave, ela ganha comida. As pombas aprendem rapidamente a tarefa. O mesmo acontece com ratos e, em caixas de Skinner reforçadas e adequadamente aumentadas, com os porcos.

Sabemos que a ligação causal entre a bicada na chave e a alimentação é gerada por um aparelho elétrico, mas a pomba não sabe. No que diz respeito à pomba, dar uma bicada na chave bem que poderia ser uma dança da chuva. Além disso, a ligação pode ser um elo estatístico bem fraco. O aparelho pode ser preparado para que, em vez de cada bicada ser recompensada, apenas uma em dez bicadas receba recompensas. Isso pode significar literalmente a cada dez bicadas. Ou, com um arranjo diferente do aparelho, pode significar que em média uma em dez bicadas recebe recompensas, mas em qualquer dada ocasião o número exato de bicadas exigido é determinado aleatoriamente. Ou talvez haja um relógio que determina o décimo de tempo, em média, em que uma bicada vai conseguir recompensas, contudo é impossível dizer qual será esse décimo de tempo. As pombas e os ratos aprendem a pressionar chaves mesmo que, em nossa opinião, fosse preciso ser um bom estatístico para detectar a relação entre causa e efeito. Podem ser treinados para um programa em que apenas uma proporção muito pequena de bicadas seja recompensada. É interessante observar que os hábitos aprendidos quando as bicadas são apenas ocasionalmente recompensadas apresentam maior duração que os hábitos aprendidos quando todas as bicadas são recompensadas: a pomba é desencorajada menos rapidamente quando o mecanismo de recompensas é totalmente desligado. Isso faz sentido intuitivamente, se pensarmos a respeito.

As pombas e os ratos são, portanto, estatísticos muito bons, capazes de captar tênues leis estatísticas de padrões no seu mundo. É presumível que essa capacidade lhes traga vantagens na natureza, assim como na caixa de Skinner. As ações de um animal selvagem não raro são seguidas por recompensas, punições ou outros acontecimentos importantes. A relação entre causa e efeito freqüentemente não é absoluta, e sim estatística. Se um maçarico-de-bico-torto sonda a lama com seu bico longo e curvo, há uma certa probabilidade de que vá pegar uma minhoca. A relação entre os eventos de sondagem e os de encontrar minhocas é estatística, mas real. Toda uma escola de pesquisa sobre animais tem se desenvolvido em torno da assim chamada Teoria da Forragem Ótima (Optimal Foraging Theory). Os pássaros selvagens demonstram ter capacidades bastante sofisticadas de avaliar, estatisticamente, a relativa riqueza em alimentos de diferentes áreas e de dividir o seu tempo entre as áreas de acordo com essa avaliação.

De volta ao laboratório, Skinner fundou uma grande escola de pesquisa usando caixas de Skinner para todos os tipos de finalidades detalhadas. Depois, em 1948, ele tentou uma genial variante da técnica padrão. Cortou completamente o elo causal entre o comportamento e a recompensa. Preparou o aparelho para recompensar a pomba de tempos em tempos, não importava o que o pássaro fizesse. Agora, o que os pássaros precisavam realmente fazer era só pousar e esperar a recompensa. Mas na realidade, não foi isso o que fizeram. Pelo contrário, em seis dentre oito casos, eles desenvolveram - exatamente como se estivessem aprendendo um hábito recompensado - o que Skinner chamou de comportamento supersticioso. Em que isso precisamente consistia, variava de pomba para pomba. Um dos pássaros girava como um pião, dando duas ou três voltas no sentido anti-horário, no intervalo entre as recompensas. Outro pássaro repetidamente lançava a cabeça na direção de um determinado canto no alto da caixa. Um terceiro exibia um comportamento de atirar-se para o alto, como se estivesse levantando uma cortina invisível com a cabeça. Dois deles desenvolveram independentemente o hábito rítmico do "balanço do pêndulo", oscilando a cabeça e o corpo de um lado para o outro. Eventualmente, este último hábito deve ter se assemelhado bastante à dança de namoro de algumas aves-do-paraíso. Skinner usou a palavra superstição porque os pássaros se comportavam como se achassem que o seu movimento habitual tivesse uma influência causal sobre o mecanismo de recompensa, quando na verdade isso não ocorria. Era o equivalente da dança da chuva para as pombas.

Um hábito supersticioso, uma vez estabelecido, podia persistir por horas, muito tempo depois de o mecanismo de recompensa ter sido desligado. Entretanto, os hábitos não persistiam inalterados na forma. Num caso típico, o hábito supersticioso da pomba começou como um movimento brusco da cabeça da posição do meio para a esquerda. Com o passar do tempo, o movimento se tornou mais enérgico. Por fim, todo o corpo se movia na mesma direção, e as patas davam um ou dois passos para o lado. Depois de muitas horas de "variação topográfica", esses passos para a esquerda se tornaram a característica predominante do hábito. Os próprios hábitos supersticiosos podem ter se derivado do repertório natural da espécie, mas ainda é justo afirmar que executá-los nesse contexto, e executá-los repetidas vezes, não é natural para as pombas.

As pombas supersticiosas de Skinner estavam se comportando como estatísticos, mas estatísticos que tinham chegado à conclusões errôneas. Estavam alertas à possibilidade de ligações entre os acontecimentos no seu mundo, especialmente entre as recompensas que desejavam e as ações que tinham capacidade de empreender. Um hábito, como impelir a cabeça para o alto num canto da gaiola, começou por acaso. O pássaro realizava esse movimento minutos antes de o mecanismo de recompensa entrar em ação. É bastante compreensível que o pássaro tenha desenvolvido a hipótese expeculativa de que havia uma ligação entre os dois acontecimentos. Por isso, impeliu a cabeça para o canto mais uma vez. Sem dúvida, pela sorte do mecanismo de sincronização de Skinner, a recompensa apareceu de novo. Se o pássaro tivesse tentado o experimento de não impelir a cabeça para o canto, teria descoberto que receberia recompensa de qualquer modo. Mas teria sido necessário um estatístico melhor e mais cético do que muitos de nós, humanos, para tentar esse experimento.

Skinner compara as pombas com apostadores humanos que desenvolvem pequenos "tiques" da sorte ao jogar cartas. Esse tipo de comportamento é também um espetáculo familiar em uma pista de bocha. Depois que a bola grande de madeira deixou a mão do jogador, não há nada mais que ele possa fazer para estimulá-la a se mover em direção ao bolim, a bola-alvo. Ainda assim, jogadores experientes quase sempre correm atrás da bola de madeira, freqüentemente ainda na posição inclinada, torcendo e virando o corpo como se para dar instruções desesperadas à bola, agora indiferente, e muitas vezes repetindo palavras vãs de encorajamento. Uma máquina caça-níqueis em Las Vegas é nada mais que, nada menos, que uma caixa de Skinner. "Dar uma bicada na chave" não é representado apenas pelo ato de puxar a alavanca, mas também é claro, pelo de colocar dinheiro na fenda. É realmente um jogo de tolos, pois sabe-se que as probabilidades estão arrumadas a favor do cassino -- de que outro modo o cassino conseguiria pagar suas imensas contas de eletricidade? É determinado aleatoriamente se um dado puxão na alavanca vai produzir a sorte grande ou não. Uma receita perfeita para hábitos supersticiosos. Sem dúvida, observando jogadores aficionados de Las Vegas, vêem-se movimentos que lembram muito as pombas supersticiosas de Skinner. Alguns falam com a máquina. Outros lhe fazem sinais engraçados com os dedos, acariciam-na ou lhe dão palmadinhas com as mãos. Certa vez lhe deram palmadinhas, e ganharam a sorte grande, e disso jamais se esqueceram. Tenho observado aficionados de computador, impacientes à espera da resposta do servidor, comportando-se de modo semelhante, por exemplo, batendo no terminal com os nós dos dedos.

Como podemos saber quais são os padrões aparentes genuínos, e quais os aleatórios e sem significado? Existem métodos, e eles pertencem à ciência e ao projeto experimental.

Um erro chamado de "falso negativo", consiste em deixar de detectar um efeito quando ele realmente existe. Um erro "falso positivo", ao contrário, consiste em concluir que algo está realmente acontecendo, quando na verdade não existe nada senão aleatoriedade.

As pombas supersticiosas de Skinner cometiam erros falsos positivos. Não havia nenhum padrão em seu mundo que ligasse verdadeiramente as suas ações aos resultados do mecanismo de recompensa. Mas elas se comportavam como se tivessem detectado esse padrão. Uma pomba "achava" (ou se comportava como se achasse) que dar passos para a esquerda faria funcionar o mecanismo de recompensa. Outra "achava" que atirar a cabeça para um canto tinha o mesmo efeito benéfico. As duas estavam cometendo erros falso positivos. Um erro falso negativo é cometido por uma pomba que nunca percebe que dar uma bicada na chave produz alimentos se a luz vermelha estiver acesa, mas que uma bicada com a luz azul acesa causa uma punição, desligando o mecanismo por dez minutos. Há um padrão esperando por ser detectado no pequeno mundo da caixa de Skinner, porém nossa pomba não o detecta.

Um erro falso negativo é cometido por um agricultor que deixa de perceber que há no mundo um padrão relativo a adubar um campo para a subseqüente colheita daquele campo. Um erro falso positivo é cometido por um agricultor que pensa provocar chuva, oferecendo sacrifícios aos deuses. Na verdade, não há nenhum padrão no seu mundo, mas ele não descobre esse dado da realidade e persiste nos seus sacrifícios inúteis e devastadores. De vez em quando, por acaso chuvas se seguem a rituais, e esses raros lances de sorte ficam gravados na memória. Quando o ritual não é seguido por chuva, assume-se que algum detalhe deu errado na cerimônia, ou que os deuses estão zangados por alguma outra razão: é sempre fácil encontrar uma desculpa bastante plausível.

O TRONO, O HOMEM, O CORDEIRO E O SENTIDO DA VIDA!






Por Caio Fabio


Sobe para aqui, e te mostrarei o que deve acontecer depois destas coisas.

Imediatamente, eu me achei em espírito em outro ambiente ou dimensão, e eis que vi, armado no céu, um Trono, e, no Trono, Alguém sentado; e esse Alguém que se acha assentado no Trono, era semelhante, no Seu aspecto, à pedra de jaspe e de sardônio.

[Era como uma aparência mineral indefinida!]

Ao redor do Trono, há um arco-íris que é semelhante a uma pedra de esmeralda.

[Como se o feixe do arco fosse de esmeralda densa, mas que carrega o arco-íris].

À volta do Trono há também vinte e quatro outros tronos, e, assentados neles, Vinte e Quatro Anciãos vestidos de branco, em cujas cabeças estão coroas de ouro.

Do Trono saem permanentemente relâmpagos, vozes e trovões; e, diante do Trono, ardem Sete Tochas de Fogo, que são os Sete Espíritos de Deus.

Há diante do Trono algo como um Mar de Vidro, semelhante ao cristal, e também, no meio do Trono e à volta do Trono, estão Quatro Seres Viventes, cheios de olhos na frente e nas costas.

O Primeiro Ser Vivente é semelhante a Leão, o Segundo, semelhante a Novilho, o Terceiro tem o rosto como de Homem, e o Quarto Ser Vivente é semelhante à Águia quando está voando.

[Assim era a aparência dos seres viventes!]

E os Quatro Seres Viventes, tendo cada um deles, respectivamente, seis asas, estão cheios de olhos, ao redor e por dentro; não têm descanso, nem de dia nem de noite, proclamando:

Santo, Santo, Santo é o Senhor Deus, o Todo-Poderoso, aquele que era, que é e que há de vir.

Quando esses Seres Viventes derem glória, honra e ações de graças ao que se encontra sentado no Trono, ao que vive pelos séculos dos séculos, os Vinte e Quatro Anciãos prostrar-se-ão diante Daquele que se encontra sentado no Trono, adorarão o que vive pelos séculos dos séculos e depositarão as suas coroas diante do trono, proclamando:

Tu és digno, Senhor e Deus nosso, de receber a glória, a honra e o poder, porque todas as coisas Tu criaste, sim, por causa da Tua vontade vieram a existir e foram criadas.

Vi, na mão direita Daquele que estava sentado no Trono, um Livro escrito por dentro e por fora, completamente lacrado com sete selos.

Vi, também, um Anjo Forte, que proclamava em grande voz:

Quem é digno de abrir o livro e de lhe desatar os selos?

Ora, nem no céu, nem sobre a terra, nem debaixo da terra, ninguém era digno de abrir o Livro da Redenção da Terra, nem mesmo olhar para ele.

Diante disso eu chorava muito, porque ninguém foi achado digno de abrir o Livro da Redenção da Terra, nem mesmo de olhar para ele.

Todavia, um dos Vinte e Quatro Anciãos me disse:

Pare de chorar; pois o Leão da tribo de Judá, a Raiz de Davi, venceu para abrir o livro e os seus sete selos.

Então, vi, no meio do Trono e dos Quatro Seres Viventes e entre os Vinte e Quatro Anciãos, de pé, um Cordeiro como tendo sido morto. Ele tinha Sete Chifres, bem como Sete Olhos, que são os Sete Espíritos de Deus enviados por toda a Terra.

Veio, pois, o Cordeiro e tomou o Livro da Redenção da Terra da mão direita Daquele que estava sentado no Trono!

Ora, quando Ele tomou o Livro da Redenção da Terra, os Quatro Seres Viventes e os Vinte e Quatro Anciãos prostraram-se diante do Cordeiro, tendo cada um deles uma harpa e taças de ouro cheias de incenso, que são as orações dos santos.

Eles, os Quatro Seres Viventes e os Vinte e Quatro Anciãos, entoavam novo cântico, dizendo:

Digno és Tu, ó Cordeiro, de tomares o Livro da Redenção da Terra e de abrir-lhes os selos, porque somente Tu foste morto e com o Teu sangue compraste para Deus os que procedem de toda tribo, língua, povo e nação e para o nosso Deus os constituíste reino e sacerdotes; e, por isto, reinarão sobre a terra.

Vi e ouvi uma voz de muitos anjos ao redor do Trono, dos Seres Viventes, [que estão no meio do Trono e à volta dele], e dos Vinte e Quatro Anciãos, [que ficam assentados em tronos ao redor do Trono] — e a voz de anjos que eu ouvia, era de um número que passava milhões de milhões e milhares de milhares.

Ora, essas vozes de muitos anjos proclamavam em grande voz:

Digno é o Cordeiro que foi morto de receber o poder, e riqueza, e sabedoria, e força, e honra, e glória, e louvor.

Então, ouvi que toda criatura que há no céu e sobre a terra, debaixo da terra e sobre o mar, e tudo o que neles há — Sim! Vi que tudo o que existe dizia:

Àquele que está sentado no Trono e ao Cordeiro, seja o louvor, e a honra, e a glória, e o domínio pelos séculos dos séculos.

E os Quatro Seres Viventes respondiam:

Amém!

Também os Vinte e Quatro Anciãos prostraram-se e adoraram.

Vi quando o Cordeiro abriu um dos Sete Selos que selavam o Livro da Redenção da Terra, o qual estava selado por dentro e por fora.





Poucas cenas me são tão comoventes quanto Apocalipse 5, quando o homem é levado ao ambiente de toda Plenitude, e entra diante Daquele que é, e vê a Sua glória, e assiste a representação dos Poderes Universais mais conscientes em amor para com Deus; e, depois, vê o Livro, o documento do Sentido da Vida e dos Humanos; e ouve a pergunta:

“Quem pode abrir o Livro e realizar o seu Sentido?” — e, então, o homem passa a chorar muito; pois, em nenhuma dimensão de existência e entre todas as criaturas, não havia uma única que tivesse a dignidade para levar tudo ao seu Sentido.

Assim, sem esperança, o homem chora em total desolação.

A criação estava aprisionada a si mesma.

Não havia ninguém que pudesse dar dignidade ao todo e a cada um.

Ouve-se o choro de um João diante do Trono de Todos os Universos!

Um sábio da Assembléia Celestial se põe em pé, e repreende o homem.

“Pare de chorar! O Leão, a Raiz da Esperança, o Filho da Promessa, o Filho do Homem venceu e pode abrir o livro!”

Então o homem se volta à procura de Algo e vê um Cordeiro, um Sacrifício, uma Cruz, um Madeiro, uma Estaca Universal, e, sobretudo, vê que o Sentido de tudo estava no sentido da vida manifesta por Jesus, o Cordeiro de Deus.

Vê que é daquela Fraqueza que vem o poder para virar as entranhas do Universo ao contrário, e, assim, pára de chorar.

Vê que o Cordeiro, o Eterno Sacrifício, a Dádiva da Vida, o Encarnado em Jesus, toma o Livro da Mão Daquele que é o Pai de Todas as Coisas.

Vê que todas as criaturas de todos os mundos e dimensões, trilhões e trilhões de seres, todos, à uma, se curvam diante do Cordeiro da Vida, do Autor e do Altar da Vida, e o adoram com todas as adorações.

Vê que o Sentido Final de Todas as Coisas é dar glória, honra e louvor ao Criador.

Vê, também, que depois de se saber o Sentido Final, o Livro é aberto, e que com o seu tirar de selos, o sentido da vida na Terra vai se tecendo com catástrofes e catástrofes, todas provocadas pelo homem, até mesmo as que parecem naturais.

Vê que entregue a si mesmo o homem é suicida, homicida e genocida.

Vê que a cura da Terra vem do céu.

Vê o Céu descer a Terra.

Vê todas as coisas absorvidas pelo amor de Deus.

Vê que o Sentido da Vida e do Homem é constituir uma comunidade de amor eterno sob a Luz do Cordeiro da Vida, Daquele que é amor, e que por isto criou por amor, e, em amor, antes de criar, fez do poder da Vida a força do Sacrifício.

A salvação da criação, de qualquer criatura, está no fato de que o Motor da Criação foi/é o Sacrifício do Cordeiro como entrega da Vida para gerar vida como fruto do amor.





Nele, que é o Autor e o Altar da Vida,



Caio

Copacabana

RJ

27/04/2009

Gripe Suina,o mundo em ALERTA!







A gripe suína ou gripe porcina é uma doença causada por uma variante do vírus H1N1. O vírus pode ser transmitido através de contato com animais e objetos contaminados. Uma nova variante do vírus pode ser transmitida entre humanos e é considerada epidêmica no México. O governo mexicano anunciou 149 mortes confirmadas causadas pelo H1N1 e 1600 casos suspeitos, o que levou a Organização Mundial da Saúde a declarar que a doença é uma "emergência na saúde pública internacional", e tem grandes chances de se tornar uma pandemia.


Forma de Contágio

* A contaminação se dá da mesma forma que a gripe comum, por via aérea, contato direto com o infectado, ou indireto (através das mãos) com objetos contaminados.

* Não há contaminação pelo consumo de carne ou produtos suínos. Cozinhar a carne de porco a 70 graus Celsius destrói o vírus da gripe suína.



Sintomas

Assim como a gripe humana comum, a suína apresenta os sintomas: febre, cansaço, fadiga,dores pelo corpo e tosse. Existe vacina para os porcos, porém ainda não se descobriu uma que possa ser utilizadas pelos humanos.


Tratamento

De acordo com a OMS, o medicamento antiviral oseltamivir, em testes iniciais mostrou-se efetivo contra o vírus H1N1.

23/04/2009

PRÊMIO RECEBIDO,SELO CRISTO É LUZ!



Cristo é Luz", indicado pelo blog The Best of the Internet e "O milagre que Jesus fez", indicado pelo blog O Mundo Gospel.

O ANDANDO NA GRAÇA EM JEQUIÉ AGRADEÇE AO SEU LEITOR(A), QUE É O VERDADEIRO MOTIVO E CAUSA,DO SEGUNDO PRÊMIO QUE ESSE BLOG RECEBE!

AGRADECIMENTOS AO AMENIDADES DA CRISTANDADE,PARCERIA DE 1 ANO,COM FÉ E MUITA DEDICAÇÃO AO MUNDO CRISTÃO!

http://amenidadesdacristandade.blogspot.com/2009/03/amenidades-da-cristandade-recebe-novas.html


INDICAÇÕES PARA NOVOS BLOGS:

http://minutoprofetico.blogspot.com/

http://ivofernandes.blogspot.com/

http://www.blogdocaminho.com.br/

http://www.gracaecia.blogspot.com/

http://estacaosalvador.blogspot.com/

http://www.redefale.blogspot.com/

Conhecendo o Universo !




Por Renato Marques

Certamente, a ciência humana ainda está muito longe de alcançar os feitos mostrados em Star Wars, em que cavaleiros Jedi ou lordes Sith viajam rapidamente entre planetas e exploram galáxias. Mas, acredite, a Astronomia tem avançado a uma velocidade nunca vista em toda a história da humanidade. Recentemente um grupo de astrônomos conseguiu fotografar um planeta fora do sistema solar - fato inédito na história da ciência. O gigante, que tem massa mais de cinco vezes superior à de Júpiter (que, por sua vez, é 318 vezes maior que a Terra), denominado 2M1207B, é o ápice de uma revolução em curso atualmente na Astronomia.

Há algumas décadas, o homem mal conhecia o próprio sistema solar. Basta lembrar que Plutão foi o último planeta a ser descoberto, o que ocorreu apenas em 1930 - centenas de anos após os primeiros estudos da Astronomia. Nos últimos 40 anos, especialmente, o avanço foi velocíssimo. Chegamos à Lua, mandamos sondas a Marte e percebemos, definitivamente, que, quando se fala em Universo, é impossível afirmar categoricamente que estamos sozinhos.

"Neste momento, é possível que sejamos a única civilização inteligente ou até que tenhamos mais uma ou duas companheiras. Mas isso é apenas uma estimativa. A ciência ainda não tem respostas para essa questão", explica o professor da Unisinos (Universidade do Vale do Rio dos Sinos), Luis Augusto da Silva. Atualmente, o estudo da Astronomia se divide em duas grandes frentes de pesquisa. Uma que aprofunda os estudos em nosso sistema solar e outra, mais ampla, que analisa a cosmologia, com grandes distâncias.

O avanço citado anteriormente diz respeito às duas frentes, indistintamente. Hoje, já conhecemos bem nossos "vizinhos", graças a estudos avançados, como o envio das sondas ao solo de Marte. Ao mesmo tempo, pesquisadores têm conseguido ampliar os limites do Universo conhecido. Atualmente, já foram detectados mais de 160 planetas fora do sistema solar. Extraindo o caso de 2M1207B, a existência de cada um deles foi comprovada de maneira indireta, através de análise infra-vermelha, detectando uma determinada região do espectro eletromagnético do corpo celeste.

O grande avanço na descoberta de 2M1207B para os estudos cosmológicos é que, começa a surgir um movimento que deve levar a observação e estudo de planetas considerados "pequenos" - mais ou menos no tamanho da Terra. "O aperfeiçoamento das técnicas de observação vai permitir que, nos próximos 10 ou 15 anos, a gente ache planetas com massas menores. Há julgar pelo que observamos no sistema solar, que é uma ocorrência típica, aonde há planetas gigantes provavelmente existem também planetas menores, rochosos como a Terra, Vênus, Marte", relata Silva.

Assim, cada vez mais os pesquisadores têm conseguido mapear o Universo, além de detectar a velocidade de sua expansão. "Em 1998 descobriu-se, de maneira surpreendente, que a velocidade de expansão do Universo está crescendo, ao invés de diminuir ou estabilizar, como se presumia. Isso provocou uma revolução de conceitos", detalha Silva. "Atualmente se fala de algo que preencheria cerca de 70% do Universo, a chamada "energia escura". Os pesquisadores não sabem exatamente o que é, mas trata-se de uma espécie de força repulsiva que tende a afastar os objetos, uma espécie de antigravidade. E isso estaria provocando a aceleração da expansão do Universo."

Vida em outros planetas

A grande questão, em meio a todos esses avanços é: há vida em outros planetas? Como dito anteriormente, esta ainda é uma pergunta sem resposta. E as pesquisas neste sentido, passam longe do que apresentam filmes como Star Wars. A procura, neste momento, é por formas microscópicas de vida, como bactérias unicelulares. "Entre pesquisadores, há um consenso cada vez maior q se existir um planeta com as mesmas condições favoráveis que a Terra, a vida vai aparecer. Muitos estudiosos acreditam em evidências de vida extraterrena, em nível microscópico", diz Silva.

Essa possibilidade, ainda que remota, é, em muitos casos, o que move as pesquisas para alguns astrônomos. Atualmente, inclusive, existem duas correntes diametralmente opostas na Astronomia sobre o tema. Uma é a chamada Singularista, que acredita que estamos sozinhos no Universo. "A outra linha acredita que nossa galáxia deve estar povoada por centenas, ou até milhares, de civilizações diferentes nesse exato momento. Seria um cenário semelhantes ao que observamos na série Star Wars", conta Silva.

No entanto, o argumento que mais ganha força é o intermediário. Aqueles que acreditam que dificilmente existe algo parecido com Star Wars (principalmente com relações diplomáticas entre planetas. Imagine, se já é tão difícil combinar países), mas para quem é praticamente certa a existência de vida extraterrena. "Pessoalmente, acredito que, analisando a quantidade de planetas que existem no Universo, a possibilidade de existir alguma forma de vida é muito grande. É impossível que em um Universo imenso como este só exista vida na Terra, ainda que seja mais atrasada ou mais avançada do que a nossa ", finaliza o astrônomo Ronaldo Mourão.

Entenda um pouco sobre Paranóia!



Por Juliana Moreira de S. Mendes

No senso comum, a paranóia caracteriza-se como uma dificuldade de relacionamento, a pessoa começa a achar que os outros estão sempre contra ela, é muito desconfiada, e esta caracterização do senso comum pode apontar, apenas, para pessoas inseguras. A paranóia é um quadro psicótico onde a pessoa descreve tramas contra si própria, onde há um sentimento de perseguição, a pessoa sente-se como se o mundo estivesse contra ela e tudo que acontece parece ser uma conspiração. Para o paciente paranóico, até mesmo familiares, amigos e vizinhos podem estar envolvidos na conspiração.

A pessoa diz que as pessoas da rua, da televisão e do rádio falam mal dela, que fazem “macumba” contra ela e geralmente refere-se a gravadores, câmeras escondidas e outros aparelhos que a ficam vigiando tempo integral. Mostrar a um paciente que tudo isto que ele relata é irreal, é uma atitude inútil, porque este tipo de avaliação errônea da realidade é um delírio.

O paciente ainda apresenta outras complicações como alucinações auditivas, onde ouve vozes que o ofendem ou comentam seus atos e que, em alguns casos, podem ser vozes que ordenam coisas que o paciente sente-se incapaz de desobedecer. Alguns paranóicos podem negar que estão ouvindo vozes, mas se o profissional observá-lo cuidadosamente, pode surpreendê-los falando sozinhos ou rindo sem motivo, como se estivessem ouvindo algo.

O paciente pode se referir a uma perda do controle de seus atos e pode, também, interromper seu discurso ou começar a falar coisas sem sentido, sem conexão com o assunto anterior. Muitas vezes o paranóico pensa que os outros podem saber o que ele está pensando e tem a sensação de que seus pensamentos saem de sua cabeça como um alto-falante. Em alguns casos o paranóico pode se tornar agressivo.

A Ciência como auxiliar da Fé



Por Tiago Chiavegatti


O conhecimento produzido pela ciência, como vimos no artigo "Misturando fé e ciência", é uma tentativa de se aproximar ao máximo da verdade através de um sistema que testa continuamente a validade de hipóteses à luz das evidências experimentais. No entanto, hoje convivemos com uma forma de ciência dogmática: o que os cientistas dizem é verdade inquestionável, que deve ser aceita pelos pobres mortais. Os cientistas são o clero, responsáveis por revelar a verdade dos tubos de ensaio e escrita no DNA.

Essa ciência distorcida não se fundamenta mais na noção de que a verdade é sempre transitória, construída paulatinamente e em constante processo de aperfeiçoamento, transformando-se em concorrente da fé. Ainda assim, a ciência pode ser útil para nos livrar de ciladas que a fé às vezes deixa pelo caminho.

Pela fé, a verdade é imutável e revelada, nunca construída. A fé não precisa de provas, demonstrações ou argumentos: cremos que Jesus é o filho de Deus sem precisarmos de um exame de DNA. No entanto, justamente por prescindir de provas materiais, a fé não aceita opiniões contrárias e torna-se perigosa quando utilizada de forma leviana. Às vezes, nossa fé nos leva a acreditar em coisas estapafúrdias, mesmo que baseada em premissas válidas. A catástrofe provocada pelo furacão Katrina em Nova Orleans é um bom exemplo disso.

A ciência diz que furacões são formados no oceano, em áreas com águas quentes e com ventos fracos. Ali, a água evaporada sobe até a atmosfera, formando os furacões, que são tempestades tropicais com ventos fortes. Todos os anos há furacões, que causam danos de maior ou menor intensidade, dependendo da sua força. Faz parte do clima do nosso planeta. No entanto, grupos cristãos estão considerando a destruição de Nova Orleans como castigo de Deus pelos pecados dos seus habitantes, condenados pelos seus atos da mesma forma que os moradores de Sodoma e Gomorra. Michael Marcavage, diretor da organização evangélica Repent America (Arrependa-se, América), dedicada a fazer protestos de repúdio em clínicas de aborto, em passeatas de homossexuais, em "estabelecimentos sexualmente perversos" e em outros tipos de "celebrações pecaminosas", sugere em uma nota à imprensa que o furacão foi um "ato de Deus" para destruir uma "cidade perversa". Segundo Marcavage, Nova Orleans era "uma cidade cujas portas estavam escancaradas para a celebração pública do pecado".

Sim, Nova Orleans é uma cidade sensual, com festas famosas como o Mardi Gras, uma versão de Carnaval sem escolas de samba. Nova Orleans também é uma das cidades mais importantes da parte mais pobre dos Estados Unidos, habitada principalmente por negros, muitos descendentes dos escravos que trabalhavam nas plantações de algodão ou descendentes dos crioulos vindos do Caribe, especialmente do Haiti, que ainda praticam o vodu. É a terra do jazz, cuja história está ligada à Storyville, o antigo distrito onde a prostituição foi legalizada até 1917 e o jogo funcionou por muito mais tempo, regados por muita bebida. Em resumo, Nova Orleans é o pior horror possível para o puritanismo. Ora, sabemos que o pecado gera conseqüências. Podemos citar Paulo: "o salário do pecado é a morte". A conclusão lógica, então, é que os pecadores de Nova Orleans devem ser punidos com a morte!

Embora a fé no juízo de Deus isolada do contexto bíblico "autorize" tal desfecho, a sugestão de que Nova Orleans foi destruída como castigo divino é obviamente grotesca. À morte, estamos condenados todos, porque todos nós somos pecadores. Talvez nosso pecado incomode menos os guardiões da santidade e da pureza de plantão, mas, certamente, somos tão maus como qualquer outro humano que andou pela terra, pelo simples fato de sermos todos humanos.

Quando nos valemos apenas dessa fé cega, que dispensa o conhecimento e sustenta-se somente naquilo se que crê sem nenhuma base racional ou lógica, damo-nos o poder de dizer por quais caminhos Deus anda e de definir os lugares em que Deus pode estar. Essa fé burra não se lembra da aliança do arco-íris, quando Deus prometeu nunca mais destruir a terra por causa da maldade dos homens. Essa fé burra transforma o Deus que é maior do que imaginamos no deus que é nossa marionete, pronto para se irar com os nossos inimigos e nos recompensar pela nossa santidade.

No entanto, quando a fé deixa de ignorar o que o homem aprendeu sobre as coisas desse mundo (no caso, que furacões não se formam para castigar os homens, mas sim porque são parte da meteorologia do planeta), ela pode finalmente apontar as causas da tragédia: negligência, arrogância de achar que somos maiores que as forças da natureza e falta de compaixão com os mais fracos e os mais pobres que foram abandonados para morrerem enquanto os ricos fugiam para lugares seguros.

Amazônia: moeda de troca do PAC





Por Greenpeace/Rodrigo Baleia


Em um ato de inaceitável oportunismo político, o plenário da Câmara aprovou ontem emenda proposta pelo deputado petista José Guimarães (CE) que dispensa de licença ambiental prévia as obras em rodovias brasileiras. A medida, que serve para acelerar as obras do PAC, foi incluída na Medida Provisória (MP) 425/2008, que tinha como propósito autorizar o governo federal a usar títulos da dívida pública para injetar recursos no Fundo Soberano do Brasil (FSB). O deputado José Guimarães é também o relator da matéria.

A medida fixa um prazo máximo de 60 dias para que a autoridade ambiental, como o Ibama, emita o licenciamento ambiental. Ao final desse prazo, a licença será automática. A emenda altera a Política Nacional do Meio Ambiente (Lei No 6.938, 81), reduzindo as medidas que garantem a devida análise dos impactos ambientais e a definição de medidas mitigadoras e compensatórias em obras de infra-estrutura como essas.

“O deputado José Guimarães é o mesmo que teve um assessor flagrado com dólares escondidos na cueca. Agora, ele usa o mesmo artifício para enfiar, em uma MP de caráter econômico, um corpo estranho que acaba com a exigência de licenciamento ambiental prévio nas obras de infra-estrutura. Hoje é uma estrada. Amanhã será uma hidroelétrica?”, questiona Paulo Adário, diretor da campanha da Amazônia do Greenpeace. “Pior: ao conceder automaticamente a licença depois do prazo máximo, o governo resgata um artifício usado durante a ditadura militar para legitimar seus interesses escusos – com o agravante de que a medida passa a valer pra todo mundo”.

Diversos estudos apontam que 75% do desmatamento ocorrem ao longo de estradas pavimentadas da região. Em muitos casos, como na rodovia BR-163, que liga Cuiabá (MT) a Santarém (PA), somente o anúncio do asfaltamento no restante da estrada estimulou enorme migração de fazendeiros e madeireiros, o que resultou em altas taxas de desmatamento e modificação drástica da paisagem.

Até o fim de 2010, o PAC prevê a modernização, a pavimentação e a duplicação de quase duas dezenas de estradas, ao custo de mais de R$ 8 bilhões em investimentos públicos e privados. Entre as rodovias beneficiadas está a BR-319, que liga Manaus (AM) a Porto Velho (RO), cujo asfaltamento é defendido com unhas e dentes pelo ministro dos Transportes, Alfredo Nascimento, com o objetivo de pavimentar sua candidatura ao governo do estado do Amazonas em 2010.

Durante a votação, poucos deputados preocupados com os impactos ambientais dessa medida tentaram excluir da MP 425/2008 a dispensa do licenciamento, mas sem sucesso. Governistas derrubaram os dois destaques sobre o licenciamento. Ficou para esta quarta a votação de um último destaque sem relação com esses itens. Após concluída a votação, a MP 452 vai para o Senado.

Se aprovada pelo Senado, a emenda do deputado José Guimarães pode causar danos sem precedentes ao meio ambiente, em particular à Amazônia e o clima global. O Brasil é o quarto maior emissor mundial de gases do efeito estufa por causa da destruição da Amazônia. Zerar o desmatamento é a principal contribuição do país na luta contra as mudanças climáticas.

No entanto, iniciativas como a emenda do deputado José Guimarães, somada a outras em tramitação no Congresso – como o Floresta Zero, a MP da Grilagem e o lobby pelas alterações do Código Florestal – colocam em cheque as metas de redução de desmatamento assumidas internacionalmente pelo governo brasileiro no Plano Nacional de Mudanças Climáticas.

“A campanha eleitoral, antecipada pelo presidente Lula para eleger a chefe da Casa Civil como sua sucessora, virou um trator que derruba tudo pela frente. A política ambiental está sendo sacrificada deliberadamente no altar da sucessão presidencial. E que a ministra Dilma não tenha dúvidas: o PAC, que poderia perfeitamente ser rebatizado de Plano de Aceleração da Catástrofe, vai abrir uma cicatriz irreparável na política ambiental brasileira e na imagem do país no exterior. E, desta vez, não haverá plástica que dê jeito”, disse Adário.

Ecologia social



Por Leonardo Boff

A segunda _a ecologia social_ não quer apenas o meio ambiente. Quer o ambiente inteiro. Insere o ser humano e a sociedade dentro da natureza. Preocupa-se não apenas com o embelezamento da cidade, com melhores avenidas, com praças ou praias mais atrativas. Mas prioriza o saneamento básico, uma boa rede escolar e um serviço de saúde decente. A injustiça social significa uma violência contra o ser mais complexo e singular da criação que é o ser humano, homem e mulher. Ele é parte e parcela da natureza.

A ecologia social propugna por um desenvolvimento sustentável. É aquele em que se atende às carências básicas dos seres humanos hoje sem sacrificar o capital natural da Terra e se considera também as necessidades das gerações futuras que têm direito à sua satisfação e de herdarem uma Terra habitável com relações humanas minimamente justas.

Mas o tipo de sociedade construída nos últimos 400 anos impede que se realize um desenvolvimento sustentável. É energívora, montou um modelo de desenvolvimento que pratica sistematicamente a pilhagem dos recursos da Terra e explora a força de trabalho.

No imaginário dos pais fundadores da sociedade moderna, o desenvolvimento se movia dentro de dois infinitos: o infinito dos recursos naturais e o infinito do desenvolvimento rumo ao futuro. Esta pressuposição se revelou ilusória. Os recursos não são infinitos. A maioria está se acabando, principalmente a água potável e os combustíveis fósseis. E o tipo de desenvolvimento linear e crescente para o futuro não é universalizável. Não é, portanto, infinito. Se as famílias chinesas quisessem ter os automóveis que as famílias americanas têm, a China viraria um imenso estacionamento. Não haveria combustível suficiente e ninguém se moveria.

Carecemos de uma sociedade sustentável que encontra para si o desenvolvimento viável para as necessidades de todos. O bem-estar não pode ser apenas social, mas tem de ser também sociocósmico. Ele tem que atender aos demais seres da natureza, como as águas, as plantas, os animais, os microorganismo, pois todos juntos constituem a comunidade planetária, na qual estamos inseridos, e sem os quais nós mesmos não viveríamos.

JARDIM



Por Ruben Alves


Um amigo me disse que o poeta Mallarmé tinha o sonho de escrever um poema de uma palavra só. Ele buscava uma única palavra que contivesse o mundo. T.S. Eliot no seu poema O Rochedo tem um verso que diz que temos "conhecimento de palavras e ignorância da Palavra". A poesia é uma busca da Palavra essencial, a mais profunda, aquela da qual nasce o universo. Eu acho que Deus, ao criar o universo, pensava numa única palavra: Jardim! Jardim é a imagem de beleza, harmonia, amor, felicidade. Se me fosse dado dizer uma última palavra, uma única palavra, Jardim seria a palavra que eu diria."(Clique aqui para você ler um texto sobre jardins)

Depois de uma longa espera consegui, finalmente, plantar o meu jardim. Tive de esperar muito tempo porque jardins precisam de terra para existir. Mas a terra eu não tinha. De meu, eu só tinha o sonho. Sei que é nos sonhos que os jardins existem, antes de existirem do lado de fora. Um jardim é um sonho que virou realidade, revelação de nossa verdade interior escondida, a alma nua se oferecendo ao deleite dos outros, sem vergonha alguma... Mas os sonhos, sendo coisas belas, são coisas fracas. Sozinhos, eles nada podem fazer: pássaros sem asas... São como as canções, que nada são até que alguém as cante; como as sementes, dentro dos pacotinhos, à espera de alguém que as liberte e as plante na terra. Os sonhos viviam dentro de mim. Eram posse minha. Mas a terra não me pertencia.



O terreno ficava ao lado da minha casa, apertada, sem espaço, entre muros. Era baldio, cheio de lixo, mato, espinhos, garrafas quebradas, latas enferrujadas, lugar onde moravam assustadoras ratazanas que, vez por outra, nos visitavam. Quando o sonho apertava eu encostava a escada no muro e ficava espiando.

Eu não acreditava que meu sonho pudesse ser realizado. E até andei procurando uma outra casa para onde me mudar, pois constava que outros tinham planos diferentes para aquele terreno onde viviam os meus sonhos. E se o sonho dos outros se realizasse, eu ficaria como pássaro engaiolado, espremido entre dois muros, condenado à infelicidade.

Mas um dia o inesperado aconteceu. O terreno ficou meu. O meu sonho fez amor com a terra e o jardim nasceu.

Não chamei paisagista. Paisagistas são especialistas em jardins bonitos. Mas não era isto que eu queria. Queria um jardim que falasse. Pois você não sabe que os jardins falam? Quem diz isto é o Guimarães Rosa: "São muitos e milhões de jardins, e todos os jardins se falam. Os pássaros dos ventos do céu - constantes trazem recados. Você ainda não sabe. Sempre à beira do mais belo. Este é o Jardim da Evanira. Pode haver, no mesmo agora, outro, um grande jardim com meninas. Onde uma Meninazinha, banguelinha, brinca de se fazer Fada... Um dia você terá saudades... Vocês, então, saberão..." É preciso ter saudades para saber. Somente quem tem saudades entende os recados dos jardins. Não chamei um paisagista porque, por competente que fosse, ele não podia ouvir os recados que eu ouvia. As saudades dele não eram as saudades minhas. Até que ele poderia fazer um jardim mais bonito que o meu. Paisagistas são especialistas em estética: tomam as cores e as formas e constróem cenários com as plantas no espaço exterior. A natureza revela então a sua exuberância num desperdício que transborda em variações que não se esgotam nunca, em perfumes que penetram o corpo por canais invisíveis, em ruídos de fontes ou folhas... O jardim é um agrado no corpo. Nele a natureza se revela amante... E como é bom!

Mas não era bem isto que eu queria. Queria o jardim dos meus sonhos, aquele que existia dentro de mim como saudade. O que eu buscava não era a estética dos espaços de fora; era a poética dos espaços de dentro. Eu queria fazer ressuscitar o encanto de jardins passados, de felicidades perdidas, de alegrias já idas. Em busca do tempo perdido... Uma pessoa, comentando este meu jeito de ser, escreveu: "Coitado do Rubem! Ficou melancólico. Dele não mais se pode esperar coisa alguma..." Não entendeu. Pois melancolia é justamente o oposto: ficar chorando as alegrias perdidas, num luto permanente, sem a esperança de que elas possam ser de novo criadas. Aceitar como palavra final o veredicto da realidade, do terreno baldio, do deserto. Saudade é a dor que se sente quando se percebe a distância que existe entre o sonho e a realidade. Mais do que isto: é compreender que a felicidade só voltará quando a realidade for transformada pelo sonho, quando o sonho se transformar em realidade. Entendem agora por que um paisagista seria inútil? Para fazer o meu jardim ele teria que ser capaz de sonhar os meus sonhos...

Sonho com um jardim. Todos sonham com um jardim. Em cada corpo, um Paraíso que espera... Nada me horroriza mais que os filmes de ficção científica onde a vida acontece em meio aos metais, à eletrônica, nas naves espaciais que navegam pelos espaços siderais vazios... E fico a me perguntar sobre a perturbação que levou aqueles homens a abandonar as florestas, as fontes, os campos, as praias, as montanhas... Com certeza um demônio qualquer fez com que se esquecessem dos sonhos fundamentais da humanidade. Com certeza seu mundo interior ficou também metálico, eletrônico, sideral e vazio... E com isto, a esperança do Paraíso se perdeu. Pois, como o disse o místico medieval Angelus Silésius:


Se, no teu centro
um Paraíso não puderes encontrar,
não existe chance alguma de, algum dia,
nele entrar.

Este pequeno poema de Cecília Meireles me encanta, é o resumo de uma cosmologia, uma teologia condensada, a revelação do nosso lugar e do nosso destino:

"No mistério do Sem-Fim,
equilibra-se um planeta.
E, no planeta, um jardim,
e, no jardim, um canteiro:
no canteiro, urna violeta,
e, sobre ela, o dia inteiro,
entre o planeta e o Sem-Fim,
a asa de urna borboleta."

Metáfora: somos a borboleta. Nosso mundo, destino, um jardim. Resumo de uma utopia. Programa para uma política. Pois política é isto: a arte da jardinagem aplicada ao mundo inteiro. Todo político deveria ser jardineiro. Ou, quem sabe, o contrário: todo jardineiro deveria ser político. Pois existe apenas um programa político digno de consideração. E ele pode ser resumido nas palavras de Bachelard: "O universo tem, para além de todas as misérias, um destino de felicidade. O homem deve reencontrar o Paraíso." (O retorno eterno, p 65).

Erupções solares põem em risco astronautas e a Terra!






Por Noticias.Terra


http://noticias.terra.com.br/ciencia/interna/0,,OI3710500-EI238,00-Erupcoes+solares+poem+em+risco+astronautas+e+a+Terra.html

Os tsunamis solares, fortes erupções de massa coronal (CME, na sigla em inglês) emanadas pelo Sol, podem representar um perigo fatal aos astronautas, naves e telescópios em missões no espaço sideral, além de interferir em sistemas de telecomunicação e de posicionamento via satélite na Terra, afirmou o coordenador do Centro de Rádio Astronomia e Astrofísica (CRAMM) da Universidade Presbiteriana Mackenzie, em São Paulo. A massa coronal - enorme quantidade de massa composta por partículas de elétrons - está sendo estudada pelas sondas espaciais gêmeas Stereo, da Nasa, agência espacial americana.

O físico Pierre Kaufmann é especialista no assunto e foi contratado pelo escritório de ciência da Força Aérea dos Estados Unidos para estudar a previsibilidade das ejeções de CME após o projeto da universidade ser aprovado em uma seleção internacional. As erupções se manifestam por meio da grande aceleração das partículas de elétrons que são lançadas ao espaço.

Para Kaufmann, o risco dos astronautas e equipamentos espaciais serem atingidos é "extremamente sério". "Algumas missões são até mesmo abortadas e os astronautas têm que retornar imediatamente à Terra", explicou. Este risco, conforme o coordenador, causa polêmica quando a comunidade científica internacional fala em uma viagem tripulada de longo prazo até Marte. "Ainda não temos como prever se as erupções ocorrerão antes ou depois da chegada dos astronautas", avaliou.

Os tsunamis solares também causam um forte impacto na Terra e podem perturbar o planeta de diversas maneiras, danificando permanentemente a eletrônica de satélites artificiais, atingindo a ionosfera (camada da alta atmosfera) e, por consequência, afetando as telecomunicações e a coleta de dados dos satélites, incapacitando GPSs de geolocalização, desligando parte das vias de transmissão de energia elétrica, prejudicando a produção de cargas eletroestáticas nos dutos de gás e óleo e avariando até mesmo os nossos pequenos aparelhos celulares.

No entanto, os efeitos não são sentidos apenas pela tecnologia. De acordo com Pierre Kaufmann, a energia liberada pelo Sol pode ainda provocar um impacto de longo prazo no regime climático da superfície terrestre. "Em períodos de alta atividade solar, notamos que existem menos nuvens no céu e um processo contrário nas fases de menor atividade", constatou.

As explosões solares - detonações relativamente rápidas geradas nas manchas presentes no disco solar - que, segundo destacou Kaufmann, é um processo físico diferente das erupções, são mais potentes do que mais de 10 milhões de bombas atômicas juntas.

Para se ter uma idéia do poder do tsunami solar, sua produção é muito mais freqüente e possui conteúdo de potência muito maior que o das explosões. Embora haja a diferença enorme de força, os dois tipos de ejeções de massa são relativamente lentos, levando entre 2 a 3 dias para alcançar a Terra.

Sem saída
As expectativas não são nada positivas para os seres humanos em relação ao que pode ser feito para evitar os prejuízos na Terra. "Nada pode ser feito em curto prazo. Estamos condenados a esta exposição às energias liberadas pelo Sol" afirmou Pierre Kaufmann. Para ele, "ainda estamos longe de prever com exatidão a ocorrência dos tsunamis". A saída, conforme o professor, é tentar prevenir os efeitos de alguma maneira que ainda não foi encontrada.

Nasa confiante na prevenção
Cientistas da Nasa anunciaram esta semana que os novos dados fornecidos pelas sondas espaciais gêmeas Stereo - lançadas em outubro de 2006 - podem ajudá-los futuramente a prever a ocorrência do fenômeno solar. Uma missão já em andamento também está analisando as erupções de massa coronal. A iniciativa tem o objetivo de avaliar o comportamento do Sol e criar mecanismos para prevenir os efeitos.

Os pesquisadores conseguiram mapear em 3D a movimentação dos maremotos de energia, a partir de imagens captadas pelos telescópios, para analisar suas estruturas, velocidades, direções e massas. De acordo com o físico solar Angelos Vourlidas, do Laboratório de Pesquisa Naval de Washington, as novas informações captadas pelos telescópios gêmeos vão revolucionar a pesquisa sobre o padrão climático cósmico.

"Antes desta missão, as medições e dados de CME só eram observados quando as emanações chegavam à Terra entre três e sete dias mais tarde", disse o especialista. Segundo o físico, "agora podemos ver os potentes raios no momento em que deixam a superfície do Sol até a chegada à Terra".

06/04/2009

EU NÃO TENHO NOME EM PLACAS DE RUAS!




Ora se a esperança é uma coisa que vem de Deus, é justamente colocada no peito para que o homem sonhe com um amanha melhor,a realidade vai na contra-mão de tudo isso.Sendo assim no que se vê constantemente dentro dos chamados fenômenos sociais que no século XXI vem acontecendo quase que frequentemente numa escala anual. A violência por exemplo já tem células que geram mais células em uma velocidade assombrosa,já não conseguimos mais identificar o perfil de toda a coisa, está se tornando insustentável viver nesse mundo,mas,e o bem?

O que se pode entender diante de tudo isso? Seria a globalização (‘’bem’’) e o mercado exigente escravista, uma regra para aceitação social do ser? Seria um dispositivo que está no ser e que é acionado em tempos e tempos nos chamados fenômenos sociais? Seria a religião a causa disso tudo,por ter iludido durante séculos e séculos com teologias do medo e da manipulação? Ora, elementar que tudo isso tem haver, mas não é o principio, na realidade a mente humana ainda é um complexo,um labirinto que alguns ousam adentrar , resgatam poucas informações e frágeis lógicas,geralmente teorias, e teorias podem sim ajudar a realidade ,mas existe realidade? Não é uma garantia,olhe na janela do seu carro quando ele estiver a mais de 100 km que você certamente verá tudo se distorcendo, estamos indo em uma velocidade que implica em coisas que estão além da realidade , o que antes era fábula,se materializou e vive e respira,no imaginário dos tolos e na energia dos paranóicos. Também fazem parte desse cosmo que engloba toda uma expectativa e o ser humano nesta ampla visão da finita vida e sua inseparável dor,sendo a alegria segundos de suspiro.

Alô terra tão pequena, por que na cabeça humana você é tão grande? Ou seria grandeza do ser? Por não ter chão onde pisar, só resta imaginar!

Caro Leitor (a), não há outra perspectiva se não o encontro da centelha com o fogo que ela se separou,não há segmento se não houver uma inteligência maior(força impulsionadora,Deus que dança) capaz de explicar tudo isso que esta diante de nossos olhos sendo e não sendo constantemente, em uma cosmo visão super ampliada de tudo que está ao alcance e fora , não há possibilidades para entender o surgimento de tudo com uma simples explosão fenomenal de idéias, que nos ajudam a entender todo o processo ‘’relevante’’ do que está ai diante de nossos olhos.

Quanto mais entendo a humanidade(PRODUTO DO MEIO), mais distante fico dela, exercendo o verdadeiro humanismo que vem de dentro para fora e não o contrario, justamente por não entender os valores morais que nos é impostos, nem mesmo a sociedade consegue carregar tão terrível fardo; mas ela é maliciosa e se vale dela,por que isso garante seus próprios interesses e gera uma energia que alimenta toda sua funcionalidade, para que não venha uma precariedade da sua aparente beleza,o belo sempre belo; faz bem o reconhecimento social ao ego e traz confiança e admiração entre os indivíduos que se alimentam como vampiros ,mas que também não conseguem se ver diante do espelho!

Jesus disse - estou com convosco, mas não sou desse mundo (social,produto do meio),estou indo preparar morada( reino de Deus e não dos homens).Compreender Jesus implica em inquietação,busca e amor pela verdade e transcendência; não é dizer que ele é Grande para uma platéia robotizada confirmar com amém,mas vivê-lo e entender sem paradigmas aquilo que ele queria para sua comunidade,igreja que não questiona seu papel e sua liderança, que não repensa seus valores,é uma igreja fadada ao tédio e o fardo,certamente Jesus abominaria esse modelo que está por ai!
Veio para os seus, mas os seus não o receberam, se com ele foi assim, o que seria conosco?

Certamente não há como evitar, é a natureza (queda) impedindo o encontro da centelha (alma) ao seu criador (Onisciente),que nos fez com uma certeza,a dúvida. Assim ele nos aceita e nos reconhece.Viva,entenda,perceba o tudo,ame, saia da mediocridade imposta que vem da pobre sociedade e seus troféus e medalhas!


Mas ainda não vi ,o que eu sempre quis ver...

COSMOLOGIA DA DOMINAÇÃO EM CRISE!





Há imenso sofrimento produzido pela atual crise econômico-financeira, em todos os estratos sociais, seja ricos seja pobres. Mais que a admiração é o sofrimento que nos faz pensar. É o momento de irmos para além do aspecto econômico-financeiro da crise e descermos aos fundamentos que a provocaram. Caso contrario, as causas da crise continuarão a produzir crises cada vez mais dramáticas até se transformarem em tragédias de dimensões planetárias.

O que subjaz a atual crise é a ruptura da clássica cosmologia que perdurou por séculos mas que não dá mais conta das transformações ocorridas na humanidade e no planeta Terra. Ela surgiu há pelo menos 5 milênios quando começaram a se constituir os grandes impérios, ganhou força com o Iluminismo e culminou com o projeto da tecnociência contemporâneo. Ela partia de uma visão mecanicista e antropocêntrica do universo. As coisas estão ai uma ao lado da outra, sem conexão entre si, regidas por leis mecânicas. Elas não possuem valor intrínseco, apenas valem na medida em que se ordenam ao uso humano. O ser humano se entende fora e acima da natureza, como seu dono e senhor que pode dispor dela ao seu bel prazer. Partia de uma falsa pressuposição de que poderia produzir e consumir de forma ilimitada dentro de um planeta limitado, que esta abstração fictícia chamada dinheiro representa o valor maior, que a competição e a busca do interesse individual resultarão em bem estar geral. É a cosmologia da dominação.

Pois esta cosmologia levou a crise ao âmbito da ecologia, da politica,da ética e agora da economia. As ecofeministas nos chamaram atenção para a estreita conexão existente entre antropocentrismo e patriarcalismo que desde o neolítico faz violência às mulheres e à natureza.

Felizmente a partir dos meados do século passado, vindo de várias ciências da Terra especialmente da teoria da evolução ampliada está se impondo uma nova cosmologia, mais promissora e com virtualidades capazes contribuir na travessia da crise de forma criativa. Ao invés de um cosmos fragmentado, composto pela soma de seres mortos e desconectados, a nova cosmologia vê o universo como o conjunto de sujeitos relacionais, todos inter-retro-conectados. Espaço, tempo, energia, informação e matéria são dimensões de um único grande Todo. Mesmo os átomos, mais que partículas, são entendidos como ondas e cordas em permanente vibração. Antes que uma máquina, o cosmos, incluindo a Terra, comparece como um organismo vivo que se auto-regula, se adapta, evolui e eventualmente, em situações de crise, dá saltos buscando um novo equilíbrio.

A Terra, segundo renomados cosmólogos e biólogos, é um planeta vivo – Gaia - que articula o físico, o químico, o biológico de tal forma que se torna sempre benfazeja para vida. Todos seus elementos são dosados de uma forma tão subtil que somente um organismo vivo poderia faze-lo. Somente a partir dos últimos decênios e agora de maneira inequívoca dá sinais de estresse e de perda de sustentabilidade. Tanto o universo quanto a Terra se mostram direcionados por um propósito que se revela pela emergência de ordens cada vez mais complexas e conscientes. Nós mesmos somos a parte consciente e inteligente do universo e da Terra. Pelo fato sermos portadores destas capacidades, podemos enfrentar as crises, detectar o esgotamento de certos hábitos culturais (paradigmas) e inventar novas formas de sermos humanos, de produzirmos, consumirmos e convivermos. É a cosmologia da transformação, expressão da nova era, a era ecozóica.

Precisamos abrirmo-nos a esta nova cosmologia e crer que aquelas energias (expressão da suprema Energia) que estão produzindo o universo já há mais de treze bilhões de anos estão também atuando na presente crise econômico-financeira. Elas certamente nos forçarão a um salto de qualidade rumo a um outro padrão de produção e de consumo, que efetivamente nos salvaria, pois seria mais conforme à lógica da vida, aos ciclos de Gaia e às necessidades humanas.

MUITO CEDO PARA DECIDIR!





Gandhi se casou menino. Foi casado menino. O contrato, foram os grandes que assinaram. Os dois nem sabiam direito o que estava acontecendo, ainda não haviam completado 10 anos de idade, estavam interessados em brincar. Ninguém era culpado: todo mundo estava sendo levado de roldão pelas engrenagens dessa máquina chamada sociedade, que tudo ignora sobre a felicidade e vai moendo as pessoas nos seus dentes. Os dois passaram o resto da vida se arrastando, pesos enormes, cada um fazendo a infelicidade do outro.

Vocês dirão que felizmente esse costume nunca existiu entre nós: obrigar crianças que nada sabem a entrar por caminhos nos quais terão de andar pelo resto da vida é coisa muito cruel e... burra! Além disso já existe entre nós remédio para casamento que não dá certo.

Antigamente, quando se queria dizer que uma decisão não era grave e podia ser desfeita, dizia-se: "isso não é casamento!". Naquele tempo, sim, casamento era decisão irremediável, para sempre, até que a morte os separasse, eterna comunhão de bens e comunhão de males. Mas agora os casamentos fazem-se e desfazem-se até mesmo contra a vontade do Papa, e os dois ficam livres para começar tudo de novo...

Pois dentro de poucos dias vai acontecer com nossos adolescentes coisa igual ou pior do que aconteceu com o Gandhi e a mulher dele, e ninguém se horroriza, ninguém grita, os pais até ajudam, concordam, empurram, fazem pressão, o filho não quer tomar a decisão, refuga, está com medo. "Tomar uma decisão para o resto da minha vida, meu pai! Não posso agora!" e o pai e a mãe perdem o sono, pensando que há algo errado com o menino ou a menina, e invocam o auxílio de psicólogos para ajudar...

Está chegando para muitos o momento terrível do vestibular, quando vão ser obrigados por uma máquina, do mesmo jeito como o foram Gandhi e Casturbai (era esse o nome da menina), a escrever num espaço em branco o nome da profissão que vão ter.

Do mesmo jeito não: a situação é muito mais grave. Porque casar e descasar são coisas que se resolvem rápido. Às vezes, antes de se descasar de uma ou de um, a pessoa já está com uma outra ou um outro. Mas, com a profissão não tem jeito de fazer assim. Pra casar, basta amar.

Mas na profissão, além de amar tem de saber. E o saber leva tempo pra crescer.

A dor que os adolescentes enfrentam agora é que, na verdade, eles não têm condições de saber o que é que eles amam. Mas a máquina os obriga a tomar uma decisão para o resto da vida, mesmo sem saber.

Saber que a gente gosta disso e gosta daquilo é fácil. O difícil é saber qual, dentre todas, é aquela de que a gente gosta supremamente. Pois, por causa dela, todas as outras terão de ser abandonadas. A isso que se dá o nome de "vocação"; que vem do latim, vocare, que quer dizer "chamar". É um chamado, que vem de dentro da gente, o sentimento de que existe alguma coisa bela, bonita e verdadeira à qual a gente deseja entregar a vida.

Entregar-se a uma profissão é igual a entrar para uma ordem religiosa. Os religiosos, por amor a Deus, fazem votos de castidade, pobreza e obediência. Pois, no momento em que você escrever a palavra fatídica no espaço em branco, você estará fazendo também os seus votos de dedicação total á sua ordem. Cada profissão é uma ordem religiosa, com seus papas, bispos, catecismos, pecados e inquisições.

Se você disser que a decisão não é tão séria assim , que o que está em jogo é só o aprendizado de um ofício para se ganhar a vida e, possivelmente, ficar rico, eu posso até dizer: "Tudo bem! Só que fico com dó de você! Pois não existe coisa mais chata que trabalhar só para ganhar dinheiro."

É o mesmo que dizer que, no casamento, amar não importa. Que o que importa é se o marido — ou a mulher — é rico. Imagine-se agora, nessa situação: você é casado ou casada, não gosta do marido ou da mulher, mas é obrigado a, diariamente, fazer carinho, agradar e fazer amor. Pode existir coisa mais terrível que isso? Pois é a isso que está obrigada uma pessoa, casada com uma profissão sem gostar dela. A situação é mais terrível que no casamento, pois no casamento sempre existe o recurso de umas infidelidades marginais. Mas o profissional, pobrezinho, gozará do seu direito de infidelidade com que outra profissão?

Não fique muito feliz se o seu filho já tem idéias claras sobre o assunto. Isso não é sinal de superioridade. Significa, apenas, que na mesa dele há um prato só. Se ele só tem nabos cozidos para comer, é claro que a decisão já está feita: comerá nabos cozidos e engordará com eles. A dor e a indecisão vêm quando há muitos pratos sobre a mesa e só se pode escolher um.

Um conselho aos pais e aos adolescentes: não levem muito a sério esse ato de colocar a profissão naquele lugar terrível. Aceitem que é muito cedo para uma decisão tão grave. Considerem que é possível que vocês, daqui a um ou dois anos, mudem de idéia. Eu mudei de idéia várias vezes, o que me fez muito bem. Se for necessário, comecem de novo. Não há pressa. Que diferença faz receber o diploma um ano antes ou um ano depois?

Em tudo isso o que causa a maior ansiedade não é nada sério: é aquela sensação boba que domina pais e filhos de que a vida é uma corrida e que é preciso sair correndo na frente para ganhar. Dá uma aflição danada ver os outros começando a corrida, enquanto a gente fica para trás.

Mas a vida não é uma corrida em linha reta. Quando se começa a correr na direção errada, quanto mais rápido for o corredor, mais longe ele ficará do ponto de chegada. Lembrem-se daquele maravilhoso aforismo de T. S. Eliot: "Num país de fugitivos os que andam na direção contrária parecem estar fugindo."

Assim, Raquel, não se aflija. A vida é uma ciranda com muitos começos.

Coloque lá a profissão que você julgar a mais de acordo com o seu coração, sabendo que nada é definitivo. Nem o casamento. Nem a profissão. E nem a própria vida...

O escritor responde a uma estudante angustiada e dá aos pais motivos para meditarem sobre a escolha da profissão.

EXISTE UM DEUS QUE NÃO É DEUS!





Existe um deus que não é Deus. O único com força para enfrentar a Deus. Essse deus não vive em alguma dimensão cósmica ou ponto do universo. Seu oratório é a mente humana. Ele é um deus familiar, pois vive nos espelhos da alma. Mesquinho, cobra desempenhos impossíveis. Inclemente, castiga as inadequações dos fracos com fúria. Ofendido por uma pessoa, dizima gerações inteiras. Imprevisível, age com um humor indetectável.

Existe um deus que não é Deus. Capaz de ofuscar o próprio Deus, misturou-se em todas as religiões. Sanguinário, exige sacrifício para estender a sua compaixão. Impassivo, privilegia os eleitos e condena o resto. Indiferente, descarta a prece da criança quando não se encaixa em seus propósitos. Distante, volta as costas para os miseráveis em nome da coerência.

Existe um deus que não é Deus. É possível encontrá-lo nos paços sacerdotais, nas leis canônicas, nas teologias que o sistematizaram. Ele vingou na religião e a cúrias já mapearam as suas ações. Sem bondade, ele defende a virtude. Sem graça, faz apologia da verdade. Os cristão sabem que ele existe; já provaram o fel de sua justiça na Inquisição. O homem-bomba de hoje testemunha o seu furor para os muçulmanos. Ele aparece em cada campanha de oração pentecostal para mostrar como é difícil ganhar o seu favor.

Existe um deus que não é Deus. Ele é uma divindade que não suporta ver Jesus almoçando com pecadores, bebendo vinho perto de mulheres suspeitas, elogiando pagãos ou prometendo o Paraíso para gatunos. Esse deus precisa desaparecer, pois é um ídolo malvado. E só com a sua morte nascerá o Salvador.

Soli Deo Gloria.

EU TAMBÉM NÃO TE CONDENO!






Pode procurar que você não vai achar. Não importa aonde vá, estou absolutamente convencido de que há duas coisas que você nunca vai achar. Você pode correr o mundo e o tempo, e tenho certeza que jamais conseguirá achar alguém que não se envergonhe de algo em seu passado. Para qualquer lugar que você vá, lá estarão elas, as pessoas que gostariam de apagar um momento, uma fase, um ato, uma palavra, um mínimo pensamento. Todo mundo tenta disfarçar, e certamente há aqueles que conseguem viver longos períodos sem o tormento da lembrança. Mas mesmo estes, quando menos esperam são assombrados pela memória de um ato de covardia, um gesto de pura maldade, um desejo mórbido, um abuso calculado, enfim, algo que jamais deveriam ter feito, e que na verdade, gostariam de banir de suas histórias ou, pelo menos, de suas recordações.

Isso é uma péssima notícia para a humanidade, mas uma ótima notícia para você: você não está sozinho, você não está sozinha. Inclusive as pessoas que olham em sua direção com aquela empáfia moral e sugerem cinicamente que você é um ser humano de segunda ou terceira categoria, carregam uma página borrada em sua biografia, grampeada pela sua arrogância e selada pelo medo do escândalo, da rejeição e da condenação no tribunal onde a justiça jamais é vencida. Você não está sozinho. Você não está sozinha. Não importa o que tenha feito ou deixado de fazer, e do que se arrependa no seu passado, saiba que isso faz de você uma pessoa igual a todas as outras: a condição humana implica a necessidade da vergonha.

A segunda coisa que você nunca vai encontrar é um pecado original. Não tenha dúvidas, o mal que você fez ou deixou de fazer está presente em milhares e milhares de sagas pessoais. Não existe algo que você tenha feito ou deixado de fazer que faça de você uma pessoa singular no banco dos réus – ao seu lado estão incontáveis réus respondendo pelo mesmíssimo crime. Talvez você diga, “é verdade, todos têm do que se envergonhar, mas o que eu fiz não se compara ao que qualquer outra pessoa possa ter feito”. Engano seu. O que você fez ou deixou de fazer não apenas se compara, como também é replicado com absoluta exatidão na experiência de milhares e milhares de outras pessoas. Isso significa que você jamais está sozinho, jamais está sozinha, na fila da confissão.

Talvez por estas razões, a Bíblia Sagrada diz que devemos confessar nossas culpas uns aos outros: os humanos não nos irmanamos nas virtudes, mas na vergonha. Este é o caminho de saída do labirinto da culpa e da condenação: quando todos sussurrarmos uns aos outros “eu não te condeno”, ouviremos a sentença do Justo Juiz: “ninguém te condenou? Eu também não te condeno”.

É isso, ou o jogo bruto de sermos julgados com a medida com que julgamos. A justiça do único justo reveste os que têm do que se envergonhar quando os que têm do que se envergonhar desistem de ser justos.

A ORAÇÃO COMO MACUMBA CRISTÃ!






“Pedi e recebereis, para que a vossa alegria seja completa”.



Quem disse isto ou é o maior cara de pau do mundo, ou, então, diz o que diz por que pode bancar o que afirma.

Entretanto, para quem lê desavisadamente, parece que Jesus está prometendo o Baú dos Desejos feitos prece.

Todavia, não é assim.

Ele não manda que se peça o que se quer; mas sim que se deseje o que a Deus e de Deus se possa pedir.

Por isto Tiago diz:

“Pedis e nada tendes; pois, pedis mal, para esbanjardes nos vossos prazeres”.

João completamente afirmando:

“Pois sabemos que obtemos o que lhe pedimos, pois, é segundo a sua vontade que pedirmos”.






Isto nos é dito por que quase sempre as orações são preces do egoísmo, do hedonismo ou da dor irrefletida.

Pouca gente ora por prazer e amor; e com a alma cheia de gratidão em todas as coisas.

Isto porque o espírito da religião quase sempre faz a pessoa crer que haja uma contravenção prometida na oração.

Daí se ouvir pessoas, afirmando suas causas, dizerem: “A oração tem poder” — visto que lhes pareça que “orar” seja a macumba permitida pelo “Deus” que não é o diabo.

A crença é que “Jesus” seja uma espécie Grau 33 da Maçonaria Universal, e que os crentes sejam os fies cúmplices Dele na Grande Loja Cristã.

Na realidade se crê que a “Igreja” seja a Loja. Seja o lugar dos confrades de Deus. Seja o lugar/vínculo entre o Grande Mestre [Jesus] e os demais maçons de “igreja”; especialmente os pastores e sacerdotes oficiais.

No alto de tudo está o Grande Arquiteto do Universo dos Crentes: “Deus”.

Para outros menos sofisticados, quando pensam em orações respondidas segundo as suas vontades e desejos, e não segundo a vontade de Deus, a melhor imagem de oração como contravenção solidária é a Máfia.

Nesse caso “Jesus” é o Chefão, a “igreja” é a Família, e os crentes simples são os filhos dos “gangsters-sacerdotes”; que são os representantes dos interesses do Chefão e da Família.

Nesse caso Deus é “Deus” conforme “Deus” seja para a Máfia.

E creia: não existe máfia sem “Deus”.

Quase todo contraventor é profundamente religioso e supersticioso, assim como quase todo traficante é cheio de “crença” em “Deus”.

Sei o que falo. Passei três anos conversando com os principais traficantes do Brasil em Bangu I.

Uma vez “Celsinho da Vila Vintém”, que eu havia conseguido transferir de Bangu I para o presídio Milton Dias Moreira, desobedeceu ao acordo que tinha comigo — eu havia conseguido transferi-los com a condição de que não fugissem, ele e mais outros 11, entre eles “Gregório, o Gordo”, bem como o “Japonês”.

Pois bem, o “Celsinho” fugiu e voltou para a pobre Vila Vintém, no Rio.

Um mês depois ele havia matado dezenas...

Tocou terror geral...

As senhoras, as “tias” da favela, pediam a ele que não fizesse mais aquela vingança contra os que ele julgava que o haviam traído.

Ele disse que somente ouviria a mim...

Era o meio da Operação Rio, com o exercito nas ruas e nas favelas, e as Policias em estado de guerra — 1994.

Foi uma mirabolancia chegar até ele... De madrugada... Largado no escuro no meio de um terreno baldio no coração do nada, na Vila Vintém.

Ele pulou do alto de uma laje até onde eu estava!...

“Revendo, não me amaldiçoe. Me abençoe!” — foi logo pedindo, como se eu fosse um bruxo com poderes de matá-lo com uma palavra.

“Tô matando, mas é só malandro e traidor. Ponho o corpo no pneu e toco fogo mermo... Mas, pastor, a causa é justa... Ponha a mão na minha cabeça!...” — gritava ele, em pânico, temendo que eu dissesse que ele estava amaldiçoado.

No entanto, o que ele cria era que, como eu estivera com ele e outros 47, durante três anos, duas vezes na semana, e ajudara as famílias deles, e fizera com que direitos adquiridos fossem por eles ganhos — que isto me fazia cúmplice dele; e mais: que, por meu intermédio, Deus se faria sócio dele em orações e interesses.

Em geral é o mesmo espírito que encontro entre os crentes!

Como aceitaram a Jesus, se batizaram, dão o dízimo, cantam no coral ou nos grupos de louvor; aceitam as ordens pastorais; e vivem dentro do ambiente físico do templo — pensam que, por tal razão, sejam da Família, ou da Loja, ou da Confraria, ou do Bando de Jesus.

De fato “crente” acaba se convencendo que Jesus seja o líder do bando dos fieis aos cultos e no dízimo.

Ora, tais “pactos” feitos entre eles e “Deus” pela via da Loja, da Família ou da Gang, dão ao crente esse sentimento que, pela oração, Deus esteja disponível para a contravenção contra a vida; e até contra o que Ele mesmo chame Verdade.

Quando o espírito é esse, creia: toda oração respondida é respondida pelo diabo como deus dos espíritos existentes em ódio, amargura e vingança.

Ou seja:

Quem responde as orações da morte e do ódio é sempre aquele que vem para roubar, matar e destruir.

Assim, dependendo da oração que se faça se estará orando a Deus ou ao diabo.

O que determina uma oração não é seu ato, e nem tampouco se o nome “Jesus” é utilizado, e nem se o termo “Deus” aparece o tempo todo na prece, mas sim exclusivamente seu espírito e seu conteúdo.

Dependendo do conteúdo existencial de quem ora e dependendo do que se pede, a oração vai para Deus ou vai para o diabo — falando do modo mais infantil possível, pra ver se sou entendido.

O endereço da oração é determinado pelo que o homem tenha no coração, e não na boca.

A oração é sempre o desejo...

Se o desejo for bom e do bem, a oração será boa e para Deus.

Se desejo for mal e do mal, a oração é uma macumba feita com despacho.

Por isto, digo:

Não peça a Deus aquilo que é o diabo que gosta de atender!

Oração a Deus mesmo, saiba: somente acontece segundo a Sua Vontade.

O mais é macumba...



Nele,



Caio

6 de abril de 2009

Lago Norte

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