A paz, se possível, mas a verdade, a qualquer preço!

Martinho Lutero

10/03/2009

O culto a Deusa ilusão!





Por RevHeuring Felix e Ricardo Chioro




‘’O prazer pode apoiar-se sobre a ilusão, mas a felicidade repousa sobre a realidade...Sébastien-Roch Chamfort’’

Deusa,Deusa do encanto me envolve no meu próprio espanto,a instantânea e prazerosa sensação de realização tão temporária como um pequeno cubo de gelo que se derrete exposto ao calor!

A ilusão é sem dúvida o grande mal da humanidade,ela está em toda parte ,em todos os cantos,nas sutilezas imperceptíveis do dia a dia.Não há como evitar o abraço das possibilidades e das satisfações a curto prazo.A Deusa sabe agradar aos que se banqueteiam na fartura do seu império globalizado!

Ela conhece seu objeto, seu alvo, seu fantoche,seu escravo,seu amante por que todos a desejam,e é justamente o desejo que causa a fraqueza aos que pensam continuarem fortes diante do seu feitiço.Ora como fugir das ilusões se a própria sociedade é enraizada nela desde os primórdios? como se livrar de uma teia em que você tenta escapar e fica mais grudado ainda a ela? Poucos conseguiram, e esses poucos mostraram o caminho com a luz na imensa escuridão,enxergaram a verdade além do abraço vicioso do circulo vazio que apriziona o ser,onde só há a mesmice disfarçada de inúmeras possibilidades para o frágil ego humano!

Amigo leitor (a), diria que estamos no mundo dela,no seu palco,a própria terra é um cenário que nos eleva a uma percepção onde se encontra o extremo,a mediocridade, o fracasso,a improbabilidade,a realidade,a ilusão,a natureza,a coincidência,o destino e a intervenção.Tudo isso são elementos que servem de energia para fazer funcionar o sensorial humano,que no seu limite traduz o finito e previsto julgamento,que é incapaz de ver o todo universal e mutável para infinitas probabilidades,somente o eco da displicente e inevitável vontade!



A Sofia e a lança!





Nós temos nossa visão de mundo, mas por interesse ou por alguma dificuldade emocional ou mental ou psicológica essa nossa visão não é correta, por isso não é sabedoria. Por exemplo: uma pessoa materialista, que tem dinheiro e que adora o dinheiro, acredita que o dinheiro é o motivo da pessoa estar bem, ou pior, ser bem, por isso ela acredita que quem não tem muito dinheiro está mal, e muitas vezes que é inferior a ela e coisa e tal.

Esse é um exemplo de uma pessoa que por interesse no dinheiro, ela o tendo e o adorando, é conveniente pensar isso. São muitas as pessoas no mundo de hoje que possuem essa visão, mas ela é uma ilusão, pois o dinheiro não é motivo para uma pessoa ser ou estar bem, pois o próprio Jesus não tinha dinheiro e gozava de grande felicidade, pois tinha atingido sua felicidade plena em Deus. E não só Jesus, como grandes mestres da humanidade como Sidarta Gautama e Gandhi; o que trás felicidade para as pessoas é a realização que vem do coração; e como vêm do coração implica em auxiliar os outros e crescer espiritualmente.

Agora como você imagina que uma pessoa com interesse no dinheiro como citado em nosso exemplo, pode sair da sua ilusão de sua visão do dinheiro?

Ela tem que conhecer a si mesma, tem que reconhecer que é seus interesses e que é a sua visão defeituosa de mundo que a faz pensar assim. Só que pessoas materialistas assim geralmente demoram muito para se conhecer, pois não tem interesse em fazer uma coisa profunda como o auto-conhecimento.


Uma ilusão é o contrário da sabedoria, uma vez que a ilusão é uma informação errada da realidade. O exemplo da pessoa que enxerga a importância com o dinheiro, se trata de uma ilusão.

Uma ilusão que a pessoa tenha por causa do ego, é uma ilusão que a pessoa tenta se engrandecer, se vendo muito grande.

Os exemplos dados são poucos perto das ilusões que existem, pois todos nós temos diversas ilusões por causa do emocional, e ou do mental, e ou do ego e ou de interesses.

Para você ter uma idéia de que também tem ilusões, o caso do amigo falso, pense se você não cairia nas mentiras dele?

As ilusões vão sendo quebradas quando a pessoa ilumina a si mesma da fonte que vem de Deus. Na escuridão, não se pode ter informações corretas da realidade, só com a luz podemos enxergar as coisas.

O caminho da sabedoria é portanto o caminho da iluminação em Cristo e na abertura de infinitos caminhos para se chegar ao uno,Deus.

09/03/2009

‘’ Abaixo da linha da Moral’’



Por Heuring Felix

‘’A moral não passa de uma interpretação ou mais exatamente de uma falsa interpretação de certos fenômenos ... Friedrich Nietzsche’’

Pode se dizer que Jesus Cristo foi chamado praticamente de tudo pelos puritanos do judaísmo em sua época,podemos afirmar também que ele foi marginalizado e rotulado por essa mesma sociedade, que viviam em suas colméias de preceitos e tradições que para o Cristo era em vão.Assim como existe itens de bondade que são inerentes a natureza humana,também existe o mal inerente,também existe muito além do bem do mal o sentido sobrenatural que habita no homem e o impulsiona a ele fazer o que é certo nos momentos de grandes dificuldades ou o revela como um fracasso total,frouxo e receoso diante da verdade pura e simples.

As convicções morais herdadas ao longo do tempo de geração em geração pode levar o ser a mediocridade,ao patamar mais perigoso da alma,por que de fato não é o extremo tão perigoso,já que é fácil de identificar,mas a mediocridade é como um câncer,por que ta ali e vai sugando para sobreviver,para manter um determinado padrão,estilo de vida ou para sustento do seu ego,por que realmente precisa daquilo para sobreviver.

Ora Jesus Cristo sabia que essa forma de vampirismo poderia durar ate o fim dos dias,e talvez ninguém nunca notasse,simplesmente por que já fazia parte do dia a dia,mas, as mentes inquietantes e revolucionarias enxergam e cutucam a colméia - ‘’Hipócritas, bem profetizou Isaías a vosso respeito, dizendo: Este povo se aproxima de mim com a sua boca e me honra com os seus lábios, mas o seu coração está longe de mim.’’( Mateus 15;7,8).Com isso Jesus estava batendo em uma estrutura que certamente tinha mais de 500 anos sugando as almas das pessoas e escravizando-as simplesmente para seu próprio interesse e acomodação!





Caro leitor (a), já percebeu que os modelos atuais de ‘’igrejas ‘’ não estão sendo, sempre foram iguais aos da época que Jesus Cristo condenou? fato, e cada dia mais surgem vampiros para escravizar pessoas prometendo liberdade falsa,liberdade sobre a tutela de um mediador entre Deus e os homens,de um porta-voz do reino; ora isso simplesmente vai na contra-mão do reino que Jesus quis para seu povo,e o mais agravante é de que esses modelos são pertencente ao mal de fato,vem da maldade inerente do ser.

Jesus Cristo mostrou para o mundo que quando se ama,quando se é amigo,vai abaixo da linha da moral e defende,resgata,acolhe,entende,abraça e segue.O oposto disso é: frouxidão,mediocridade,falta de caráter,omissão,vaidade,hipocrisia,diabo.Por isso ele não hesitou em amar,em andar com prostitutas,cobradores de
impostos,samaritanos,pescadores,ricos,pobres,leprosos,idosos,
Romanos,mulheres e toda sorte e espécie de vida,isto sim pode ser chamado de reino de Deus!

Por que estamos tão distante disso? Por que o sistema faz tanto mal assim? Por que preferimos perder nossa alma ao sofrer pela a verdade de fato? as respostas são simples ,mas lamentáveis; estamos distantes por que nos acomodamos e aceitamos os preceitos e tradições da sociedade humana que insiste em dizer que isso lhe trará felicidade e instabilidade social,sendo que isso é importante para o ‘’reconhecimento e para o seu ego’’;o sistema é ruim porém tem seu lugar, assim dizem eles;sendo que toda forma que suga e sufoca a liberdade em Deus , não são sementes plantadas por Deus e sim por homens e por isso: ‘’Ele, porém, respondendo, disse: Toda a planta, que meu Pai celestial não plantou, será arrancada’’ ( Mat 15;13);preferimos o reconhecimento,a opinião dos outros, o salário bem pago,os anseios de uma vida moderna preenchida por desejos de consumo imediato, do que lutar por situações ‘’rotuladas e perdidas’’.Caro leitor(a) já imaginou se Jesus Cristo pensasse assim? já imaginou se ele resolvesse escolher não sofrer? Se ele determinasse um estilo de vida que não o levasse a morte ou a falta de credibilidade? Já imaginou se ele resolvesse rotular ou simplesmente fingir que não é, simplesmente para ter o consenso de todos? já imaginou se ele não assumisse a verdade simplesmente por que determinadas pessoas são fracas ou simplesmente para agradar o poder já estabelecido? Já imaginou se ele fosse omisso por dinheiro e carros? Já imaginou ele com receio dos seus discípulos em ser maiores do que ele? Já imaginou se ele não apostasse em você pelo fato de você ter o decepcionado várias vezes?

Como é difícil dizer,como é difícil e tão pesado aceitar a simplicidade do que de fato Jesus Cristo queria para sua comunidade na sua época e no presente. O fato é que esse modelo presente não aspira os princípios do Cristo, passa muito longe,está mais para um clube social onde se desfilam lindos trajes a espera do show de louvores, para aquecer a oratória de um bobo que se motiva com chavões, para impulsionar uma torcida,que recebe doses de uma falsa esperança para suportarem mais uma semana de crise existencial,depressiva ou o abismo do vazio!

Mas como diz uma frase Tibetana : ‘’A flor de Lótus fica mais linda na lama do que no terreno limpo e fértil’’; mesmo nessa lama,Deus ainda tem misericórdia e amor aos humildes e sinceros,que buscam a verdade apesar do engano,da irresponsabilidade,da frouxidão,da omissão,do ego,da meninice,com vaidade e na pura consciência dos mediadores de Deus!

‘’Porquanto veio João, não comendo nem bebendo, e dizem: Tem demônio. Veio o Filho do homem, comendo e bebendo, e dizem: Eis aí um homem comilão e beberrão, amigo dos publicanos e pecadores. Mas a sabedoria é justificada por seus filhos’’.Mateus 11;18,19

Por que será que ele era tão rotulado em?

Por que ele escandalizava tanto as pessoas em?

Deus abençoe a todos, na graça livre e responsável!

ABORTO




Por Caio Fabio


O que digo, não sobre o Aborto, mas sobre o modo como se o trata, é o seguinte:

1. Que embora eu mesmo sendo contra o aborto, assim como sou contra o homicídio, o suicídio, o infanticídio, a pedofilia, etc. — creio que a decisão de abortar ou não é de cada pessoa; e creio que não cabe a ninguém fora do âmbito familiar, meter-se na questão, a menos que seja chamado.

2. Que embora eu mesmo sendo contra o aborto, julgo ser um crime contra a consciência individual que a Igreja ou o Estado legislem ou criminalizem quem quer que, pela ignorância ou pelo desespero e desamparo, assim decida fazer.

3. Que embora eu mesmo sendo contra o aborto, acho que tal decisão é sempre dramática para quem tem que fazer com dor e consciência; portanto, é uma coisa de cada um com Deus; e penso que quem não sente nada ao fazer, esse tal com Deus haverá de se entender.

4. Que embora eu mesmo sendo contra o aborto, não creio que Jesus jamais tratasse alguém que tivesse..., ou tenha feito um aborto, conforme o Bispo de Olinda [Ófeia!] o fez.

5. Que embora eu mesmo sendo contra o aborto, reconheço que nos dias de Jesus muitas mulheres faziam abortos, mas que, apesar disso, Ele nunca falou no assunto.

6. Que embora eu mesmo sendo contra o aborto, defendo que todos sejam instruídos sobre o significado da vida e das possíveis conseqüências físicas e psicológicas para a mãe em um aborto —; e que por eu mesmo ser contra o aborto, creio que tal instrução deve ser ensinada nas escolas, nas igrejas, e, sobretudo, como mídia paga pelo governo.

7. Que embora eu mesmo sendo contra o aborto, assevero que tal decisão não tem fórum para além da família e da consciência das pessoas.



Além disso, também creio que parte do problema decorre do falso moralismo que, temendo hipocritamente estimular relações sexuais, não fala dos preservativos e contraceptivos.

Assim, preferem pensar que os meninos e meninas não transam.

Então, como avestruzes, enfiam a cabeça no buraco e pensam: “Nada está acontecendo aqui dentro do buraco!”

Isto para depois perguntarem assustados e surpresos:

“Por que será que meu traseiro está cheio de bala? Lá no meu buraco eu não via nada disso acontecer. Safadeza. Encheram meu rabo de bala enquanto eu estava seguro com a cabeça no buraco”.

Se formos fazer uma estatística, possivelmente verifiquemos que a maior incidência de meninas com gravidez indesejada esteja entre as classes bem pobres e as bem religiosas.

A Religião diz para não abortar, mas não ensina a não engravidar!




Creio que o aborto deveria ser descriminalizado, ao mesmo tempo em que também creio que o Governo e as Instituições que se ocupam da Vida, deveriam investir seus esforços na prevenção da gravidez indesejada, e, também, na instrução acerca das conseqüências psicológicas e, também, das dores de consciência que um aborto provoca em quem ainda tem uma.

Portanto, no caso Pernambucano, o que se deveria era deixar que a família decidisse, e não um Bispo que não sabe nem mesmo o que seja acordar a noite toda para cuidar de gêmeos de um estupro. O Bispo deveria pedir a guarda das crianças. Era o mínimo que ele deveria fazer se é contra o aborto.

Em se tratando de risco de vida para a mãe, creio que não haja o que discutir.

Um principio simples nesse caso é que uma vida existente e jovem é, em uma ética de escolha entre vida e vida, mais importante do que uma vida que ainda não veio a nascer.

É isto que penso!

O mais está lá no meu livreto!



Nele, que nunca abortou ninguém: nem os abortados e nem os que abortaram; posto que veja a todos com misericórdia; pois, quem não aborta como aborto, aborta como raiva, ódio, antipatia e até excomunhão, como foi o caso do aborto múltiplo que o Bispo praticou,

PERSONALISMO!



Enciclopédia de Filosofia

Admitem-se como personalistas, em geral, as doutrinas que situam a pessoa como centro da concepção do mundo e da vida, opondo-a como unidade autônoma e inconfundível diante da natureza e das coisas.

Personalismo, na acepção mais antiga, significa a crença num Deus pessoal, transcendente ao mundo, em oposição ao panteísmo, que o confunde com o mundo. Nesse sentido, o vocábulo foi usado pela primeira vez por Friedrich Schleiermacher em Reden an die Gebildeten (1799; Discursos aos homens cultos). No mesmo sentido empregou-o Ludwig Feuerbach em Das Wesen des Christentums (1841; A essência do cristianismo). Gustav Teichmüller adotou-o também, não só nesse sentido, como em outro mais amplo, dentro de um certo perspectivismo metafísico, no qual o "eu" era entendido como ponto de união e de convergência de todo o ser. Nos países de língua inglesa, atribui-se a John Grote, defensor do neo-idealismo, haver tomado o personalismo como sinônimo de idealismo ou espiritualismo. George Holmes Howison, nos Estados Unidos, defendeu um idealismo personalista contrário ao idealismo absoluto e ao impersonalismo em geral. A mesma posição metafísica foi assumida por Borden Parker Bowne em 1908.

Coube ao francês Charles-Bernard Renouvier desenvolver toda uma metafísica personalista e criar o primeiro grande sistema personalista da história da filosofia. Uma de suas últimas obras, publicada no ano de sua morte, teve por título Le Personnalisme (1903; O personalismo) e, a partir de então, o termo passou a constar do vocabulário filosófico. Renouvier sustentava que onde não há pessoa, só pode existir coisa, como oposição radical, mas a única realidade é a da consciência, não podendo o sujeito nem o objeto serem abstraídos da experiência. Para não cair num relativismo insuperável, ele socorreu-se de dois princípios: o negativo, da contradição, e o positivo, da crença. Uma crença justificável é aquela que satisfaz a personalidade total.

Emmanuel Mounier é o mais sistemático dos personalistas franceses. Para ele, o conceito de pessoa implica a inserção coletiva e cósmica e abarca um duplo movimento: de recolhimento e de exteriorização. Mounier repudia e supera o individualismo atomista, ou seja, a idéia segundo a qual os indivíduos independem, para ser o que são, do relacionamento com os demais. A liberdade se obtém mediante escolha e implica compromisso, que é condição de uma prática fecunda. Propõe um novo humanismo, baseado numa filosofia existencial em que o "despertar pessoal" coincide com o "despertar comunitário". Essa atitude filosófica encerra a negação do individualismo, a recusa do niilismo e a rejeição do espírito corporativista.

http://encfil.goldeye.info/index.htm

Entenda o Novo Humanismo!




por:
Fritz Stevens, Edward Tabash, Tom Hill, Mary Ellen Sikes, Tom Flynn


Humanismo Secular é um termo que tem sido usado nos últimos trinta anos para descrever uma visão de mundo com os seguintes elementos e princípios:

* Uma convicção de que dogmas, ideologias e tradições, quer religiosas, políticas ou sociais, devem ser avaliados e testados por cada pessoa individual em vez de simplesmente aceitas por uma questão de fé.

* Compromisso com o uso da razão crítica, evidência factual, e método científico de pesquisa, em lugar da fé e misticismo, na busca de soluções para os problemas humanos e respostas para as questões humanas mais importantes.

* Uma preocupação primeira com a satisfação, desenvolvimento e criatividade tanto para o indivíduo quanto para a humanidade em geral.

* Uma busca constante pela verdade objetiva, tendo entendido que nossa imperfeita percepção dessa verdade é constantemente alterada por novos conhecimentos e experiências (N.T. 2).

* Uma preocupação com esta vida e um compromisso de dotá-la de sentido através de um melhor conhecimento de nós mesmos, nossa história, nossas conquistas intelectuais e artísticas, e as perspectivas daqueles que diferem de nós.

* Uma busca por princípios viáveis de conduta ética (tanto individuais quanto sociais e políticos), julgando-os por sua capacidade de melhorar o bem-estar humano e a responsabilidade individual.

* Uma convicção de que com a razão, um mercado aberto de idéias, boa vontade, e tolerância, pode-se obter progresso na construção de um mundo melhor para nós mesmos e nossas crianças.


Como os Humanistas Seculares Vêem as Alegações Religiosas e Sobrenaturais?

Os Humanistas Seculares seguem uma perspectiva ou filosofia chamada de Naturalismo, na qual as leis físicas do universo não são subordinadas a entidades imateriais ou sobrenaturais como demônios, deuses, ou outros seres "espirituais" fora do domínio do universo natural. Eventos sobrenaturais como milagres (que contradizem as leis físicas) e fenômenos psíquicos, como percepção extra-sensorial, telecinese, etc., não são descartados automaticamente, mas são vistos com um alto grau de ceticismo.


Humanistas Seculares são Ateus (ou Ateístas)?

Os Humanistas Seculares tipicamente descrevem-se como ateístas (sem crença em um deus e bastante céticos quanto à possibilidade de haver um) ou agnósticos (sem crença em um deus e em dúvida quanto à possibilidade). Os Humanistas Seculares tem origens filosóficas e religiosas bastante diversas, desde o fundamentalismo cristão até sistemas de crenças liberais e o ateísmo de nascença. Alguns alcançaram conforto em uma posição humanista secular após um período de deísmo. Deístas são aqueles que expressam um sentimento vago ou místico de que uma inteligência criativa pode estar, ou em algum momento esteve, conectada ao universo ou envolvida com a sua criação, mas agora se encontra ou não-existente ou não mais ocupada com sua operação.

Os Humanistas Seculares não dependem de deuses ou outras forças sobrenaturais para resolver seus problemas ou oferecer orientação para suas condutas. Em vez disso, dependem da aplicação da razão, das lições da história, e experiência pessoal para formar um fundamento moral e ético e para criar sentido na vida. Humanistas Seculares vêem a metodologia da ciência como a mais confiável fonte de informação sobre o que é factual ou verdadeiro sobre o universo que todos partilhamos, reconhecendo que novas descobertas sempre estarão alterando e expandindo nossa compreensão deste, e possivelmente mudarão também nossa abordagem de assuntos éticos.

Qual é a Origem do Humanismo Secular?

O Humanismo Secular enquanto um sistema filosófico organizado é relativamente novo, mas seus fundamentos podem ser encontrados nas idéias de filósofos gregos clássicos como os Estóicos e Epicurianos, bem como no Confucionismo chinês (N.T. 4). Estas posições filosóficas buscavam as soluções de problemas humanos em seres humanos em vez de deuses.


O movimento Livre-Pensador do século dezenove na América do Norte e Europa Ocidental finalmente tornou possível para o cidadão comum a rejeição da fé cega e superstição sem o risco de perseguição. A influência da ciência e tecnologia, conjuntamente com os desafios à ortodoxia religiosa por célebres livres-pensadores como Mark Twain e Robert G. Ingersoll trouxeram elementos da filosofia humanista até mesmo para igrejas cristãs tradicionais, que tornaram-se mais preocupadas com este mundo, e menos com o próximo.

No século vinte cientistas, filósofos e teólogos progressistas começaram a se organizar em um esforço para promover a alternativa humanista às tradicionais perspectivas baseadas na fé. Esses primeiros organizadores classificaram o humanismo como uma religião não-teísta que preencheria a necessidade humana de um sistema ético e filosófico organizado para orientar nossas vidas, uma "espiritualidade" sem o sobrenatural. Nos últimos trinta anos, aqueles que rejeitam o sobrenaturalismo enquanto opção filosófica viável adotaram o termo "humanismo secular" para descrever sua postura de vida não-religiosa.

CINISMO!



por Sandra Cristina Amaral

O Cinismo foi uma filosofia fundamentada por um apóstolo de Sócrates, intitulado Antístenes de Atenas, cerca de 400 A. C., e a sua tese filosófica concebia que o êxito não deriva de nada exterior à própria pessoa, ou seja, os objectos, o reconhecimento extático, a sanidade, o tormento e o óbito, nada disso nos pode guiar à ventura. Segundo ele, é exactamente a independência de tudo que nos pode conduzir à felicidade que, uma vez conquistada, jamais poderá ser perdida.

Em verdade vos digo que o vocábulo "cinismo" angariou a conotação que tem contemporaneamente de displicência e apatia ao sentir e ao sofrer dos nossos semelhantes.

Actualmente, são inúmeras as criaturas que apresentam essa denominada faceta cínica. Indivíduos que diariamente nos sorriem, quando em sincronia nos martirizam nos seus mais resguardados pensamentos. Pessoas que, constantemente e, sem piedade pelo nosso sofrimento, nos cravam gigantescos e afiados punhais nas costas, porque não têm a coragem de fazê-lo pela frente, olhando nos nossos olhos.

Devo confessar, digníssimos leitores, que tenho demasiadas imperfeições, todavia e ditosamente o cinismo e a hipocrisia não fazem parte dessa minha dilatada listagem. Tenho carácter. Jamais consigo sorrir se estou descontente e chorar se estou contente. Jamais consigo proclamar palavras amenas se estou encolerizada e palavras abomináveis se estou serena.



Findando, interrogo-me e interrogo o digníssimo leitor: quando se porá fim ao cinismo da nossa mal cognominada sociedade? Quando acabará a hipocrisia dos que mandam? E a inércia dos que são mandados, quando acabará? Quando deixaremos de lacrimejar sobre nós próprios? Quando deixaremos de bater com a mão no peito, durante a homilia dominical, e dizer que é por nossa culpa, por nossa tão grande culpa, quando não é isso que sentimos?

E que assim seja!

Pequeno ensaio sobre Construtivismo!





Por Fernando Becker

Construtivismo significa isto: a idéia de que nada, a rigor, está pronto, acabado, e de que, especificamente, o conhecimento não é dado, em nenhuma instância, como algo terminado. Ele se constitui pela interação do indivíduo com o meio físico e social, com o simbolismo humano, com o mundo das relações sociais; e se constitui por força de sua ação e não por qualquer dotação prévia, na bagagem hereditária ou no meio, de tal modo que podemos afirmar que antes da ação não há psiquismo nem consciência e, muito menos, pensamento."

"Entendemos que construtivismo na Educação poderá ser a forma teórica ampla que reúna as várias tendências atuais do pensamento educacional. Tendências que têm em comum a insatisfação com um sistema educacional que teima (ideologia) em continuar essa forma particular de transmissão que é a Escola, que consiste em fazer repetir, recitar, aprender, ensinar o que já está pronto, em vez de fazer agir, operar, criar, construir a partir da realidade vivida por alunos e professores, isto é, pela sociedade – a próxima e, aos poucos, as distantes. A Educação deve ser um processo de construção de conhecimento ao qual ocorrem, em condição de complementaridade, por um lado, os alunos e professores e, por outro, os problemas sociais atuais e o conhecimento já construído (‘acervo cultural da Humanidade’)."

"Construtivismo, segundo pensamos, é esta forma de conceber o conhecimento: sua gênese e seu desenvolvimento – e, por conseqüência, um novo modo de ver o universo, a vida e o mundo das relações sociais."

02/03/2009

FAÇA PARTE DESSA CAMPANHA!

Por Heuring Felix






Essa campanha é simples,não vai tomar nem seu tempo,nem dinheiro.Campanha diga NÃO a teologia da prosperidade, se porventura a igreja que você leitor frequenta, prega cresciemnto finançeiro pedindo mais dinheiro ou tentando lhe provar que bilicamente você é obrigado a pagar 10%,diga NÃO,diga NÃO ao sucesso espiritual através do dinheiro,diga NÃO as promessas para alcançar prosperidade dando tudo que você tem,diga não e observe o tipo de lider que te lidera, você pode está sendo enganado por um ladrão e estelionatário!







CUIDADO LADRÃO TAMBÉM VESTE TERNO E GRAVATA!


o slogan está no final da página e ali permanecerá

Dorival Caymmi





''O Dorival é um gênio. Se eu pensar em música brasileira, eu vou sempre pensar em Dorival Caymmi. Ele é uma pessoa incrivelmente sensível, uma criação incrível. Isso sem falar no pintor, porque o Dorival também é um grande pintor''...Tom Jobim

Dorival Caymmi (Salvador, 30 de abril de 1914 — Rio de Janeiro, 16 de agosto de 2008) foi um cantor, compositor, violonista, pintor e ator brasileiro.

Compôs inspirado pelos hábitos, costumes e as tradições do povo baiano. Tendo como forte influência a música negra, desenvolveu um estilo pessoal de compor e cantar, demonstrando espontaneidade nos versos, sensualidade e riqueza melódica. Morreu em 16 de agosto de 2008, aos 94 anos, em casa, às seis horas da manhã, por conta de insuficiência renal e falência múltipla dos orgãos em consequência de um câncer renal que possuia há 9 anos.Permanecia em internação domiciliar desde dezembro de 2007.

Poeta popular, compôs obras como Saudade de Bahia, Samba da minha tierra, Doralice, Marina, Modinha para Gabriela, Maracangalha, Saudade de Itapuã, O Dengo que a Nega Tem, Rosa Morena. Filho de Durval Henrique Caymmi e Aurelina Soares Caymmi, era casado com Adelaide Tostes, a cantora Stella Maris. Todos os seus três filhos são também cantores: Dori Caymmi, Danilo Caymmi e Nana Caymmi.





Sua obra






Canções praieiras
Sambas de Caymmi
Canções do mar
Caymmi e o mar
Eu vou pra Maracangalha
Ary Caymmi - Dorival Barroso
Caymmi e seu violão
Eu não tenho onde morar
Caymmi visita Tom
Caymmi and The Girls From Bahia
Vinicius e Caymmi no Zum Zum
Dorival Caymmi
encontro com Dorival Caymmi
Caymmi também é de rancho
Setenta anos
Caymmi, som, imagem, magia
Caymmi's grandes amigos
Dorival Caymmi
Dori, Nana, Danilo e Dorival Caymmi (ao vivo)
Familia Caymmi em Montreux
Caymmi em familia
Caymmi in Bahia

APRENDA UM POUCO SOBRE SOFISMA!



INFORMAÇÃO!

Sofisma

Conceito:(do grego antigo σόϕισμα -ατος, derivado de σοϕίξεσϑαι "fazer raciocínios capciosos") em Filosofia, é um raciocínio aparentemente válido, mas inconclusivo, pois é contrário às próprias leis. Também são considerados sofismas os raciocínios que partem de premissas verdadeiras ou verossímeis, mas que são concluídos de uma forma inadmissível ou absurda. Por definição, o sofisma tem o objetivo de dissimular uma ilusão de verdade, apresentado-a sob esquemas que aparentam seguir as regras da lógica.

É um conceito que remete à ideia de falácia, sem ser necessariamente um sinônimo.

Historicamente o termo sofista, no primeiro e mais comum significado, é equivalente ao paralogismo matemático, que é uma demonstração aparentemente rigorosa que, todavia, conduz a um resultado nitidamente absurdo. Atualmente, no uso freqüente e do senso comum, sofisma é qualquer raciocínio caviloso ou falso, mas que se apresenta com coerência e que tem por objetivo induzir outros indivíduos ao erro mediante ações de má-fé.

Origens

A designação de sofista, do grego Σοφιστής(sophistés), substantivação da forma adjetiva e verbal que remete a sophia e a sophos, utilizada para identificar aquele grupo de pensadores, filósofos e letrados da sofística helénica, recolhe em si o polissemantismo bem significativo de uma diversa apreciação dos sofistas. Por um lado, é neste sentido típico e dominantemente pejorativo, caracterizado por Platão como: "um impostor, caçador interessado em jovens ricos, comerciante didáctico e atleta em combate verbalístico ou erístico, purificador de opiniões, mas também malabarista de argumentos, mais verosímeis do que verdadeiros, mais sedutores do que plausíveis". O sofista é, neste sentido, menos o filósofo como amigo ou amante do saber do que o «sábio» na acepção não pedagógica de uma descoberta da verdade, mas segundo o modelo da transmissão de um ensinamento e, por conseguinte, segundo a forma tradicional de uma didáskalos, ou seja, de uma didáctica. Para o paradigmático entendimento que Platão faz dos sofistas, tal transmissão dos ensinamentos reduz-se a comércio interesseiro de saberes mnemotécnicos, retóricos e sempre relativos.

As palavras sofista, sofística[1] (do grego antigo: σοφιστής, σοφιστικός; derivada σοφός - "sábio", "instruído"), assumem diferentes significados ao longo da história da filosofia, que merecem ser distinguidos:

1. Chama-se sofista ou sofístico, um conjunto de pensadores, oradores e professores gregos do século V a.C. (e do início do século seguinte).
2. Em Platão, seguido da maior parte dos filósofos até aos nossos dias, uma perversão voluntária do raciocínio demonstrativo para fins geralmente imorais.
3. O desenvolvimento da reflexão e o ensino da retórica, em princípio a partir do século I d.C., na prática a partir do século II, no Império romano.

FANATISMO COMEÇA NO BERÇO!





Por Heuring Felix e Pe. José Artulino Besen

Já tinha postado um texto sobre as cruzadas das crianças no ano passado,mas não custa relembrar que a loucura começa cedo,não é atoa que o meio cristão e evangélico estão repleto de loucos de todos os gêneros!

As cruzadas das crianças são exemplos trágicos do passado que nos servem ainda de lição,para tomarmos cuidados com os ventos de doutrinas e imbecilidades,tipicamente das mentes infrutiferas e doentes que habitam neste meio chamado religado!






Cruzada das crianças. Como as Cruzadas de adultos não produzissem o resultado esperado, em 1212 promove-se a trágica cruzada das crianças. Milhares de meninos, guiados por um pastorzinho francês e outro alemão, de apenas 10 anos, estavam convencidos de que a graça de Deus iria servir-se dos pequeninos para obter aquilo que grandes exércitos não conseguiram. A expedição terminou tragicamente: uns morrem em naufrágios, outros são presos por comerciantes de escravos, outros ainda são trucidados.

Poucos chegaram a Bríndisi, de onde foram constrangidos a retornar. Houve também a Cruzada dos pobres, dos pastorezinhos. O imperador Frederico II, anteriormente excomungado, parece ter tido maior sucesso. Em 1228, com negociações, conseguiu Jerusalém, da qual tomou a coroa real em 1229. Inúteis foram os esforços do santo rei Luiz IX da França, desenvolvidos em 1250 e em 1270, que lhe causaram a prisão e a morte em Túnis.

Esquizofrenia






Por Dr. Rodrigo Marot

O que é?

Apesar da exata origem não estar concluída, as evidências indicam mais e mais fortemente que a esquizofrenia é um severo transtorno do funcionamento cerebral. A Dra Nancy Andreasen disse: "As atuais evidências relativas às causas da esquizofrenia são um mosaico: a única coisa clara é a constituição multifatorial da esquizofrenia. Isso inclui mudanças na química cerebral, fatores genéticos e mesmo alterações estruturais. A origem viral e traumas encefálicos não estão descartados. A esquizofrenia é provavelmente um grupo de doenças relacionadas, algumas causadas por um fator, outras, por outros fatores".
A questão sobre a existência de várias esquizofrenias e não apenas uma única doença não é um assunto novo. Primeiro, pela diversidade de manifestações como os sub-tipos paranóide, hebefrênico e catatônico além das formas atípicas, que são conhecidas há décadas. Segundo, por analogia com outras áreas médicas como o câncer. O câncer para o leigo é uma doença que pode atingir diferentes órgãos. Na verdade trata-se de várias doenças com manifestação semelhante. Para cada tipo de câncer há uma causa distinta, um tratamento específico em chances de cura distintas. São, portanto, várias doenças. Na esquizofrenia talvez seja o mesmo e o simples fato de tratá-la como uma doença só que atrapalha sua compreensão. Poucos sabemos sobre essa doença. O máximo que conseguimos foi obter controle dos sintomas com os antipsicóticos. Nem sua classificação, que é um dos aspectos fundamentais da pesquisa, foi devidamente concluída.


Como Começa?

A esquizofrenia pode desenvolver-se gradualmente, tão lentamente que nem o paciente nem as pessoas próximas percebem que algo vai errado: só quando comportamentos abertamente desviantes se manifestam. O período entre a normalidade e a doença deflagrada pode levar meses.

Por outro lado há pacientes que desenvolvem esquizofrenia rapidamente, em questão de poucas semanas ou mesmo de dias. A pessoa muda seu comportamento e entra no mundo esquizofrênico, o que geralmente alarma e assusta muito os parentes.
Não há uma regra fixa quanto ao modo de início: tanto pode começar repentinamente e eclodir numa crise exuberante, como começar lentamente sem apresentar mudanças extraordinárias, e somente depois de anos surgir uma crise característica.

Geralmente a esquizofrenia começa durante a adolescência ou quando adulto jovem. Os sintomas aparecem gradualmente ao longo de meses e a família e os amigos que mantêm contato freqüente podem não notar nada. É mais comum que uma pessoa com contato espaçado por meses perceba melhor a esquizofrenia desenvolvendo-se. Geralmente os primeiros sintomas são a dificuldade de concentração, prejudicando o rendimento nos estudos; estados de tensão de origem desconhecida mesmo pela própria pessoa e insônia e desinteresse pelas atividades sociais com conseqüente isolamento. A partir de certo momento, mesmo antes da esquizofrenia ter deflagrado, as pessoas próximas se dão conta de que algo errado está acontecendo. Nos dias de hoje os pais pensarão que se trata de drogas, os amigos podem achar que são dúvidas quanto à sexualidade, outros julgarão ser dúvidas existenciais próprias da idade. Psicoterapia contra a vontade do próprio será indicada e muitas vezes realizada sem nenhum melhora para o paciente. A permanência da dificuldade de concentração levará à interrupção dos estudos e perda do trabalho. Aqueles que não sabem o que está acontecendo, começam a cobrar e até hostilizar o paciente que por sua vez não entende o que está se passando, sofrendo pela doença incipiente e pelas injustiças impostas pela família.

É comum nessas fases o desleixo com a aparência ou mudanças no visual em relação ao modo de ser, como a realização de tatuagens, piercing, cortes de cabelo, indumentárias estranhas e descuido com a higiene pessoal. Desde o surgimento dos hippies e dos punks essas formas estranhas de se apresentar, deixaram de ser tão estranhas, passando mesmo a se confundirem com elas. O que contribui ainda mais para o falso julgamento de que o filho é apenas um "rebelde" ou um "desviante social".
Muitas vezes não há uma fronteira clara entre a fase inicial com comportamento anormal e a esquizofrenia propriamente dita. A família pode considerar o comportamento como tendo passado dos limites, mas os mecanismos de defesa dos pais os impede muitas vezes de verem que o que está acontecendo; não é culpa ou escolha do filho, é uma doença mental, fato muito mais grave.

A fase inicial pode durar meses enquanto a família espera por uma recuperação do comportamento. Enquanto o tempo passa os sintomas se aprofundam, o paciente apresenta uma conversa estranha, irreal, passa a ter experiências diferentes e não usuais o que leva as pessoas próximas a julgarem ainda mais que o paciente está fazendo uso de drogas ilícitas. É possível que o paciente já esteja tendo sintomas psicóticos durante algum tempo antes de ser levado a um médico.

Quando um fato grave acontece não há mais meios de se negar que algo muito errado está acontecendo, seja por uma atitude fisicamente agressiva, seja por tentativa de suicídio, seja por manifestar seus sintomas claramente ao afirmar que é Jesus Cristo ou que está recebendo mensagens do além e falando com os mortos. Nesse ponto a psicose está clara, o diagnóstico de psicose é inevitável. Nessa fase os pais deixam de sentir raiva do filho e passam a se culpar, achando que se tivessem agido antes nada disso estaria acontecendo, o que não é verdade. Infelizmente o tratamento precoce não previne a esquizofrenia, que é uma doença inexorável. As medicações controlam parcialmente os sintomas: não normalizam o paciente. Quando isso acontece é por remissão espontânea da doença e por nenhum outro motivo.



Como reconhecer a esquizofrenia ainda no começo?






O reconhecimento precoce da esquizofrenia é uma tarefa difícil porque nenhuma das alterações é exclusiva da esquizofrenia incipiente; essas alterações são comuns a outras enfermidades, e também a comportamentos socialmente desviantes mas psicologicamente normais . Diagnosticar precocemente uma insuficiência cardíaca pode salvar uma vida, já no caso da esquizofrenia a única vantagem do diagnóstico precoce é poder começar logo um tratamento, o que por si não implica em recuperação. O diagnóstico precoce é melhor do que o diagnóstico tardio, pois tardiamente muito sofrimento já foi imposto ao paciente e à sua família, coisa que talvez o tratamento precoce evite. O diagnóstico é tarefa exclusiva do psiquiatra, mas se os pais não desconfiam de que uma consulta com este especialista é necessária nada poderá ser feito até que a situação piore e a busca do profissional seja irremediável. Qualquer pessoa está sujeita a vir a ter esquizofrenia; a maioria dos casos não apresenta nenhuma história de parentes com a doença na família. Abaixo estão enumeradas algumas dicas: como dito acima, nenhuma delas são características mas servem de parâmetro para observação.

* Dificuldade para dormir, alternância do dia pela noite, ficar andando pela casa a noite, ou mais raramente dormir demais
* Isolamento social, indiferença em relação aos sentimentos dos outros
* Perda das relações sociais que mantinha
* Períodos de hiperatividade e períodos de inatividade
* Dificuldade de concentração chegando a impedir o prosseguimento nos estudos
* Dificuldade de tomar decisões e de resolver problemas comuns
* Preocupações não habituais com ocultismos, esoterismo e religião
* Hostilidade, desconfiança e medos injustificáveis
* Reações exageradas às reprovações dos parentes e amigos
* Deterioração da higiene pessoal
* Viagens ou desejo de viajar para lugares sem nenhuma ligação com a situação pessoal e sem propósitos específicos
* Envolvimento com escrita excessiva ou desenhos infantis sem um objetivo definido
* Reações emocionais não habituais ou características do indivíduo
* Falta de expressões faciais (Rosto inexpressivo)
* Diminuição marcante do piscar de olhos ou piscar incessantemente
* Sensibilidade excessiva a barulhos e luzes
* Alteração da sensação do tato e do paladar
* Uso estranho das palavras e da construção das frases
* Afirmações irracionais
* Comportamento estranho como recusa em tocar as pessoas, penteados esquisitos, ameaças de auto-mutilação e ferimentos provocados em si mesmo
* Mudanças na personalidade
* Abandono das atividades usuais
* Incapacidade de expressar prazer, de chorar ou chorar demais injustificadamente, risos imotivados
* Abuso de álcool ou drogas
* Posturas estranhas
* Recusa em tocar outras pessoas


O Diagnóstico

Não há um exame que diagnostique precisamente a esquizofrenia, isto depende exclusivamente dos conhecimentos e da experiência do médico, portanto é comum ver conflitos de diagnóstico. O diagnóstico é feito pelo conjunto de sintomas que o paciente apresenta e a história como esses sintomas foram surgindo e se desenvolvendo. Existem critérios estabelecidos para que o médico tenha um ponto de partida, uma base onde se sustentar, mas a maneira como o médico encara os sintomas é pessoal. Um médico pode considerar que uma insônia apresentada não tenha maior importância na composição do quadro; já outro médico pode considerá-la fundamental. Assim os quadros não muito definidos ou atípicos podem gerar conflitos de diagnóstico.

http://www.psicosite.com.br/tra/psi/esquizofrenia.htm

Síndrome de Peter Pan






por Carlos Guimarães Coelho


Há alguns anos isso seria uma aberração. O que era inconcebível até a década de 80, nos anos 90 passou a ser natural. As pessoas reviram seus valores e, para a surpresa dos adeptos da contracultura, fortaleceu-se o conceito de família. É comum, hoje, homens e mulheres na faixa dos 30 e 40 anos, solteiros e separados, viverem novamente sob o mesmo teto que seus pais. Muitos podem, equivocadamente, associarem esse novo padrão de comportamento à teoria do chamado Complexo de Édipo, ou à alardeada “Síndrome de Peter Pan”, mas, com um olhar aproximado às situações deste tipo, percebe-se que há muito mais naturalidade do que se imagina e, de modo algum, a liberdade dos trintões e quarentões é cerceada apenas pelo fato de habitarem a mesma casa de sua infância.

Diferentes razões levam pessoas de todos os níveis sociais a optarem por permanecer na moradia dos pais. Em vários casos apontados, prevalece uma dependência psíquica. Com ou sem culpa, o adulto solteirão não quer desvencilhar-se do porto seguro que a família representa. Em segunda instância, há o aspecto econômico. Quem chegou a essa faixa etária, presenciou um País de instabilidades econômicas, explícitas nas quatro décadas mais recentes. Com a maturidade, veio o desejo de conter gastos e usufruir mais da vida. Uma boa alternativa para isso é aconchego do lar materno. Assim, sobram mais recursos para os deleites pessoais. E, por fim, filhos que não querem deixar os pais no abandono da velhice. Querem ampará-los e dar-lhes a assistência necessária, mesmo com a existência de conflitos anteriores. Isso, em boa parte das situações acontece quando um dos cônjuges morre. O filho, então, passa a ser o esteio do par que assumiu a viuvez. Neste contexto, permanecer na casa nem sempre representa economia. Ao contrário, com a velhice aumentam-se os gastos, ainda que assistido por um bom plano de saúde.

Embora todas estas situações possam parecer conflituosas e, em decorrência, aflorar tardias crises existenciais, não é mais surpreendente perceber adultos no ápice da maturidade ainda agarrados aos mimos familiares. Em algumas culturas, sobretudo na América do Norte, os filhos são praticamente “expulsos” de casa, antes mesmo de completar a maioridade. Saem de seus lares assim que entram na faculdade e raros são os que retornam quando a concluem. No Brasil, já é bem diferente. Se, por um lado, os pais, por mais moderninhos que sejam, sempre vêem os filhos como crianças e os querem “debaixo de suas asas”, por outro, esta possessividade tem sido contornada com a convivência diária de um ser humano adulto, vivendo sob o mesmo teto e se relacionando em pé de igualdade, sem hierarquias ou relações de poder.

O ator Ivens Thilman, depois de viver em outras cidades, onde morava sozinho, após o divórcio de um breve casamento, coincidente também com a separação de seus pais, arranjou soluções criativas para uma convivência em harmonia com a sua mãe. Inicialmente, mesmo morando com ela, criou um espaço alternativo, uma espécie de estúdio, garçonière, para os momentos em que queria entrar em um processo criativo de trabalho ou mesmo apenas para ter um pouco mais de privacidade. Como estava saindo caro a manutenção de duas casas, optou por construir o mesmo espaço em cima de sua garagem, com entrada independente, mas, ao mesmo tempo, interligada à casa materna. Desse modo, preservou-se em sua individualidade sem trazer à mãe a sensação de abandono.

Para ele, não há transtorno nenhum em viver com a mãe. Ele declara que o diálogo é intenso e permanente. Quando surgem as discordâncias, ele se impõe como um ser humano adulto e, desse modo, espontaneamente, regras de convivência vão sendo estabelecidas. Maria Amélia Fernandes, também atriz, após morar em Belo Horizonte, inicialmente sozinha e depois com o ex-marido, retornou à casa dos pais, idosos, dos quais toma conta até hoje. Boa parte de seus cachês fica na manutenção das atividades de seu filho adolescente, de um sobrinho neto que vive na mesma casa e no arsenal de remédios estocados para os pais, quase centenários. Neste caso, o conflito de gerações é multiplicado por três e ela tem de pular para se manter como o ponto de equilíbrio, financeiro e psicológico, para os mais novos e os mais velhos. Claro que, de algum modo, há perdas e danos para os adultos que decidem fazer companhia aos pais idosos. Em algum momento, paga-se o preço por isso. Alguns sonhos acumulados ao longo da vida acabarão involuntariamente sendo descartados.

Tudo pode ser conflituoso e harmonioso


Por mais que o relacionamento seja tranqüilo, e que haja mecanismos para não se perder a privacidade, a casa dos pais nunca será a sua casa, nunca terá a sua identidade visual. Ainda que você seja o proprietário do imóvel. Pais geralmente nunca perdem a “autoridade” e acabam sendo sempre a opinião conclusiva na decoração, no cardápio da semana e em todas as variáveis que compõem a realidade doméstica. Além de ter uma preocupação excessiva, típica dos pais em qualquer faixa etária, com sua alimentação, com o consumo alcoólico e quaisquer outros hábitos dos quais sejam discordantes. Receber os amigos em casa? Como, convidando também os pais para estarem presentes à mesa? E fazer você pagar o maior mico quando o assunto da roda de amigos remete a algum episódio constrangedor de sua infância ou adolescência? Ou vendo a mãe preparando o seu prato e controlando a quantidade de vinho que você está consumindo?

Em se tratando de família, não há o certo e o errado. Tudo pode ser conflituoso. Tudo pode ser harmonioso. E, por mais que possa causar estranheza, pessoas maduras ainda dividirem o teto com o pai ou com a mãe, ou com ambos, isso hoje em dia já se tornou normal. Está livre de qualquer julgamento de valor que a “libertária” década de 60 apregoava. O ser humano na atualidade vive segundo os seus próprios preceitos. Não quer se prender a nenhum tipo de ideologia para dar diretrizes à sua vida pessoal. Pelo menos, a maioria, talvez por estar calejada de (des)governos tumultuando os seus planos e os seus orçamentos.

A ingerência dos pais sobre filhos adultos depende exclusivamente da postura que os filhos assumem frente à família, independente de morarem perto ou longe. Muitas vezes, os pais influenciam a vida de filhos que moram longe. Amadurecer e cortar o cordão umbilical independe de estar ou não sob o mesmo teto. O fato é que hoje as pessoas se viram como podem. E, ao contrário dos preceitos lançados na década de 60, família não é estorvo. Os conflitos existem, mas, acima de tudo, como brasileiros que somos, prevalece o afeto e o desejo de um amadurecimento coletivo.

PORQUE NAO TENHO RELIGIAO !




Por Flavio Siqueira (caminho da graça)


Na minha opinião o problema é conceitual a medida em que a proposta é de “religar” (religare), dando a entender que, o que precisa de religamento, está desligado.

Estamos todos desligados de Deus (ou o nome que quiser) e para que a conexão se restabeleça : a religião.

Cada uma propõe um caminho: Da abstinência ao dinheiro, dos sacramentos as leituras, da caridade aos mantras…São tecnicas,fórmulas, ensinamentos; os “7 passos para Deus”.

Com o passar do tempo, por conta de inúmeros excessos cometidos em milhares de anos, a palavra “religião” foi se desgastanto.

“Ciência”, “revelação”, “modo de vida”,”cultura” e assim por diante, indicavam que, se o nome mudou, o espírito continua o mesmo: “Junte-se a nós e conheça a verdade.”

Você sabia que a maioria das referências das principais religiões do mundo, não tinha a intenção de criar uma religião ?

Sim, de Jesus a Buda, a mensagem era outra.

Jesus falava sobre isso.

Dificil ouvir esse nome e não associá-lo imediatamente ao cristianismo, mas ele não era cristão ,católico ou evangelico.

Estranho que o nome que mais associamos a religião, foi, em seu tempo, um dos seus maiores opositores.

Quando encontrava os “pecadores” era cheio de compaixão a ponto de ser criticado pelos religiosos por “comer com prostitutas”, mas , quando encontrou com os que lucram com a fé, fez um chicote e os colocou para correr.

Ele falava sobre a Graça e a impossibilidade de, por méritos próprios, sermos reconhecidos por Deus simplesmente para que ninguém se orgulhe.

Ia a festas, sorria, chorava e lidava com gente.

Ensinou a agir com a consciência de quem sabe que seu caminho é fruto do que você escolhe ser, não por medo ou ameaças, mas por amor e inclusão.

Hoje é visto como ícone do cristianismo e da religião, de forma que, em seu nome, se comete toda sorte de absurdos.

Não foi isso que ele ensinou.


Falava dos lirios dos campos que são cuidados sem nada fazer, dizia que seu reino não estava fora, mas dentro de cada um, não fazia apologia as igrejas pois deixou claro que “onde dois ou três estiverem reunidos em meu nome, alí estarei”, sem templos, culpas, penitências, sacrificios, mas o caminho sempre pela via da consciência, baseado no entendimento de que Deus, de fato, é amor.
E se é amor, dizia ele, não precisamos ter medo de Deus. É quando se desconstrói a imagem do Deus vingativo, vaidoso e mal, que impõe para aqueles que pensam e questionam a punição eterna.

Olhava para as crianças e as dava como exemplo, descomplexificando qualquer tentativa de teologizar o que simplesmente é.

Não precisamos dos rituais.

Seu poder não vinha do dinheiro e seu caminho era nas praças, ruas, praias…Falava com simplicidade.

Sua mensagem era a antítese do poder e luxo do vaticano ou da ganância de pastores da teologia da prosperidade.

Não pregava a pobreza, mas lembrava que a riqueza é perigosa.
Quando estimulado a usar influência política com a visibilidade que tinha, dizia que seu reino era no coração.

Apesar disso, ainda predomina o entendimento de que é preciso nos religarmos. Dificil explicar: apesar de ser o que somos, continuamos conectados.

É só olhar para dentro e perceber que, mesmo que ninguém nunca nos ensine nada disso, a percepção de que é assim vive em nosso coração e se manifesta sempre que temos acesso ao que é bom.

Os fios e cabos que nos conectam estão aí, nunca serão cortados, então seja honesto, procure agir com misericórdia e se baseie sempre na lei do amor.

Isso basta a medida em que tudo o que você fizer para se conectar, lhe garantirá no máximo efeito terapeutico, porque, de fato, não há o que fazer.

Se é assim, melhor descansar, sem culpas, caminhando no entendimento de que, não nos templos ou nas ONGS, mas no coração que permaneceremos enternamente conectados.
Sem neuras, sem fardos, em paz.

Os Três Porquinhos e a Teologia da Prosperidade



Por José Barbosa Junior

Suinolândia era uma cidade pacata. Apesar do fato de que a maioria esmagadora dos habitantes da cidade eram porcos, era uma cidade limpa, tranqüila, que nos últimos tempos andava em polvorosa, era que se achava por aquelas bandas o terrível Lobo Mau, personagem conhecido das lendas de muitos povos, mas nunca antes visto por aqueles ingênuos porquinhos.

A cidade ultimamente andava meio estranha mesmo, o novo Prefeito, Sr. Je-suíno, evangélico que era (como a maioria dos porquinhos da cidade), já havia feito suas primeiras participações na vida “política” da cidade, e participações “importantíssimas”, todas recomendadas pelo seu Pastor, ou melhor, Apóstolo, o Reverendíssimo Sr. Renê Porcalhão:
Trocou o nome da cidade, que antes se chamava Nossa Senhora dos Porquinhos Aflitos; colocou em letras garrafais na bandeira da cidade a frase “Suinolândia é do Senhor Jesus, Povo de Deus, declare isso”, fez uma cerimônia de purificação do Palácio do Governo, expulsando assim os “demônios territoriais” que ali estavam alojados, e ainda ungiu com óleo todos os seus Ministros e Secretários (todos membros de sua Igreja, é claro). Todos atos realmente significativos e transformadores da realidade local. Coisa de porco, né?
.
Ah! Uma outra coisa. Ele não retirou o monumento da entrada da cidade, um monumento estranho, algo como um Esquadro e um Compasso invertidos, acho que emblema da Má-suinaria, entidade da qual o Prefeito (e seu pastor) faziam parte.
.
Havia nessa cidade três porquinhos irmãos muito interessantes. Os três eram evangélicos também, apesar de reunirem-se em Igrejas bem diferentes.
.
O primeiro, mais novo, havia recentemente perdido todos os seus bens. Um assaltante (esse sim, um porco de verdade) havia lhe roubado tudo o que tinha, todos os seus pertences, só lhe restou a pobre casa de palha, e a fé de que dias melhores viriam.
.
O segundo, depois de abandonar a Má-suinaria, perdeu o emprego, não conseguiu mais nada, e vivia de “bicos” em sua pobre casinha de madeira.

O terceiro, diferente de todos, era rico, afinal de contas, como ele mesmo dizia, ele era “Filho do Rei”. Membro da igreja do Apóstolo René Porcalhão, trabalhava também na Prefeitura, e era Secretário de Fazenda do Município. Tinha uma vida meio dúbia, pois todos sabiam que ele “metia a pata” no dinheiro público, seus bens não conferiam muito com o que ganhava como funcionário da PMS (Prefeitura Municipal de Suinolândia), mas sabia se esconder como ninguém atrás de sua capa evangélica. Sua casa, diferente das casas dos irmãos, era muito grande, feita de tijolo, com várias dependências. Tinha uma vida boa, pra porco nenhum botar defeito.
.
Com a notícia de que o Lobo Mau andava pela cidade, havia um certo ar de Batalha no ar. Os fiéis do Rev. Porcalhão já haviam dado sete voltas em volta da cidade, amarrando o Lobo Mau, mandando-o para o abismo e coisas desse tipo, mas acho que a corda era fraca, pois toda semana repetiam o ato. E não era só contra o Lobo, mas contra seus lobinhos também: o lobinho da fome, lobinho da miséria, lobinho do medo, lobinho da dor-de-cabeça, enfim parecia haver tantos lobinhos que não sei como achavam tantos nomes.
.
Certo dia, o Lobo Mau em pessoa resolveu aparecer, e foi direto na casa do primeiro porquinho. Ao chegar, viu-o orando e como não conseguia tocar-lhe soprou forte sobre a casa de palha, e esta se espalhou ao vento, revelando a todos na cidade o grande poder do Lobo, mas também o fato notório de que ele não podia, sequer, tocar naquele porquinho.
.
Saindo dali, o malvado Lobo, parou em frente a casa do segundo porquinho, uma casa simples de madeira, mas vazia. O porquinho havia saído para mais um “bico”. Com muita raiva, destruiu toda a casa deixando-a em escombros, para tristeza do porquinho que chegou logo depois, e só teve como consolo orar... e recebeu consolo.
Logo depois, o famigerado Lobo Mau deparou-se com uma mansão enorme, dessas de filme, com chafariz, piscina, carros na garagem, e pensou: é agora que eu me faço! Ao ver o Lobo no portão de sua casa, o terceiro porquinho não hesitou: foi para fora e com dedo em riste disse: “Lobo Mau, eu te amarro e ordeno que me digas toda a verdade em nome de Jesus”. O Lobo, percebendo o modo de pensar do porquinho, resolveu não destruí-lo, era melhor conversar. O porquinho pensava que porque dizia a frase mágica “em nome de Jesus”, o Lobo seria obrigado a responder-lhe realmente a verdade. Coitado! Não sabia que o Lobo tentou enganar até o próprio Senhor Jesus. O porquinho lhe perguntava sobre sua hierarquia Lobal, como se organizavam, áreas de atuação de cada lobinho, como eram os nomes deles realmente. E, malandro como era, o Lobo entrou na dança. Respondia tudo como lhe era agradável, satisfazendo o desejo incontrolável do porquinho em saber detalhes da vida de Lobo.
.
Logo, chegaram vários outros porquinhos da cidade, sabedores da visita do Lobo ao porquinho mais velho. Multidões queriam ouvir o Lobo falar, ouvir o Lobo é melhor que ouvir o Cordeiro. Sem que o porquinho percebesse, o Lobo já estava sentado em sua grande sala, com todo o conforto, com toda a pompa, ocupando lugar de destaque em sua casa.

A febre tomou conta da cidade. O porquinho mais velho resolveu, através de suas conversas publicar dois grandes livros, que logo se tornaram os mais vendidos nas livrarias ditas evangélicas: “A Divina Revelação do Lobo Mau” e “Ele Veio Para Devorar os Porquinhos”. Ganhar dinheiro com as revelações do Lobo Mau era um grande negócio, pois ninguém mais queria ler as Palavras do Cordeiro, palavras mansas, denunciativas, coisas que não interessavam muito a porquinhos ocupados com o grande Lobo Mau.

Em tempo: os outros irmãos juntaram-se e construíram uma outra casa, simples, mas firmada sobre a rocha, que Lobo Mau nenhum mais conseguirá derrubar. Humildes, reconheciam em todas aquelas provações, razões para crescerem em Deus, pois a única coisa que o Lobo não lhes tinha tirado, renovava a esperança dos mesmos em uma vida melhor: a FÉ!