A paz, se possível, mas a verdade, a qualquer preço!

Martinho Lutero

09/03/2009

Entenda o Novo Humanismo!




por:
Fritz Stevens, Edward Tabash, Tom Hill, Mary Ellen Sikes, Tom Flynn


Humanismo Secular é um termo que tem sido usado nos últimos trinta anos para descrever uma visão de mundo com os seguintes elementos e princípios:

* Uma convicção de que dogmas, ideologias e tradições, quer religiosas, políticas ou sociais, devem ser avaliados e testados por cada pessoa individual em vez de simplesmente aceitas por uma questão de fé.

* Compromisso com o uso da razão crítica, evidência factual, e método científico de pesquisa, em lugar da fé e misticismo, na busca de soluções para os problemas humanos e respostas para as questões humanas mais importantes.

* Uma preocupação primeira com a satisfação, desenvolvimento e criatividade tanto para o indivíduo quanto para a humanidade em geral.

* Uma busca constante pela verdade objetiva, tendo entendido que nossa imperfeita percepção dessa verdade é constantemente alterada por novos conhecimentos e experiências (N.T. 2).

* Uma preocupação com esta vida e um compromisso de dotá-la de sentido através de um melhor conhecimento de nós mesmos, nossa história, nossas conquistas intelectuais e artísticas, e as perspectivas daqueles que diferem de nós.

* Uma busca por princípios viáveis de conduta ética (tanto individuais quanto sociais e políticos), julgando-os por sua capacidade de melhorar o bem-estar humano e a responsabilidade individual.

* Uma convicção de que com a razão, um mercado aberto de idéias, boa vontade, e tolerância, pode-se obter progresso na construção de um mundo melhor para nós mesmos e nossas crianças.


Como os Humanistas Seculares Vêem as Alegações Religiosas e Sobrenaturais?

Os Humanistas Seculares seguem uma perspectiva ou filosofia chamada de Naturalismo, na qual as leis físicas do universo não são subordinadas a entidades imateriais ou sobrenaturais como demônios, deuses, ou outros seres "espirituais" fora do domínio do universo natural. Eventos sobrenaturais como milagres (que contradizem as leis físicas) e fenômenos psíquicos, como percepção extra-sensorial, telecinese, etc., não são descartados automaticamente, mas são vistos com um alto grau de ceticismo.


Humanistas Seculares são Ateus (ou Ateístas)?

Os Humanistas Seculares tipicamente descrevem-se como ateístas (sem crença em um deus e bastante céticos quanto à possibilidade de haver um) ou agnósticos (sem crença em um deus e em dúvida quanto à possibilidade). Os Humanistas Seculares tem origens filosóficas e religiosas bastante diversas, desde o fundamentalismo cristão até sistemas de crenças liberais e o ateísmo de nascença. Alguns alcançaram conforto em uma posição humanista secular após um período de deísmo. Deístas são aqueles que expressam um sentimento vago ou místico de que uma inteligência criativa pode estar, ou em algum momento esteve, conectada ao universo ou envolvida com a sua criação, mas agora se encontra ou não-existente ou não mais ocupada com sua operação.

Os Humanistas Seculares não dependem de deuses ou outras forças sobrenaturais para resolver seus problemas ou oferecer orientação para suas condutas. Em vez disso, dependem da aplicação da razão, das lições da história, e experiência pessoal para formar um fundamento moral e ético e para criar sentido na vida. Humanistas Seculares vêem a metodologia da ciência como a mais confiável fonte de informação sobre o que é factual ou verdadeiro sobre o universo que todos partilhamos, reconhecendo que novas descobertas sempre estarão alterando e expandindo nossa compreensão deste, e possivelmente mudarão também nossa abordagem de assuntos éticos.

Qual é a Origem do Humanismo Secular?

O Humanismo Secular enquanto um sistema filosófico organizado é relativamente novo, mas seus fundamentos podem ser encontrados nas idéias de filósofos gregos clássicos como os Estóicos e Epicurianos, bem como no Confucionismo chinês (N.T. 4). Estas posições filosóficas buscavam as soluções de problemas humanos em seres humanos em vez de deuses.


O movimento Livre-Pensador do século dezenove na América do Norte e Europa Ocidental finalmente tornou possível para o cidadão comum a rejeição da fé cega e superstição sem o risco de perseguição. A influência da ciência e tecnologia, conjuntamente com os desafios à ortodoxia religiosa por célebres livres-pensadores como Mark Twain e Robert G. Ingersoll trouxeram elementos da filosofia humanista até mesmo para igrejas cristãs tradicionais, que tornaram-se mais preocupadas com este mundo, e menos com o próximo.

No século vinte cientistas, filósofos e teólogos progressistas começaram a se organizar em um esforço para promover a alternativa humanista às tradicionais perspectivas baseadas na fé. Esses primeiros organizadores classificaram o humanismo como uma religião não-teísta que preencheria a necessidade humana de um sistema ético e filosófico organizado para orientar nossas vidas, uma "espiritualidade" sem o sobrenatural. Nos últimos trinta anos, aqueles que rejeitam o sobrenaturalismo enquanto opção filosófica viável adotaram o termo "humanismo secular" para descrever sua postura de vida não-religiosa.

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