Hélio Pariz
O portal Patheos é uma espécie de território livre na internet onde colunistas e pessoas podem transitar de um lado para outro, escrever e dialogar sobre questões de fé ou da falta dela de maneira respeitosa.
Uma das blogueiras (até recentemente) ateias era Leah Libresco, cujo blog se intitula “Unequally Yoked” (“Jugo Desigual”), e que se apresentava como alguém que queria entender a religião mesmo não aceitando a existência de Deus, mas ao mesmo tempo criticava os ateus que, segundo ela:
Muitos ateus se concentram em refutar evangélicos – afinal, eles tendem a ser a maior ameaça política – mas eu tenho mais problemas em encontrar pessoas que se interessam por ideias mais sofisticadas. O ateísmo gasta muito tempo jogando na defesa, então eu tenho ainda mais problemas em encontrar livros e blogs falando sobre o que nós deveríamos acreditar em vez do que rejeitar.
Parece, entretanto, que algo mudou radicalmente na forma como Leah entende o mundo e a fé. No último dia 18 de junho ela publicou seu último texto na porção ateísta do Patheos, e seu blog automaticamente migrou para a seção católica do portal.
É que Leah se converteu ao catolicismo, aceitando a existência de Deus, ainda que assuma que tem algumas questões pendentes com a ortodoxia cristã, que terá que lidar futuramente.
Segundo a blogueira, sua conversão se deu quando ela percebeu que tinha um forte instinto moral e que nenhuma filosofia conseguia dar suporte ao seu pensamento sobre a questão.
As melhores respostas ela encontrou em Santo Agostinho, São Tomás de Aquino, C. S. Lewis e G. K. Chesterton, e aí ela percebeu que aquilo que ela reverenciava como Moral era na verdade Deus.
O relato da conversão de Leah, que foi influenciada pelo seu namorado católico e aparentemente se processou de maneira suave apesar da radical mudança da descrença para a crença, está publicado em inglês no seu blog.
De qualquer maneira, é preciso muita coragem para um ateu assumir que se converteu, principalmente quando a pessoa se expõe publicamente como “água”, mas de repente se transforma em “vinho”.
Seja feliz, Leah Libresco!
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