Por Tiago Chagas -
Mais famoso megatemplo evangélico é vendido para a Igreja Católica para pagar dívidas
A megaigreja Catedral de Cristais, dirigida pelo primeiro televangelista norte-americano conhecido mundialmente, Robert H. Schuller, está passando por uma crise financeira sem precedentes, e precisou pedir recuperação judicial, uma maneira de evitar a falência completa da organização.
Ao anunciar a chamada concordata, a igreja foi obrigada a revelar as despesas que a levaram a se endividar, e entre os motivos, estavam os altos salários dos parentes do pastor Schuller, que ocupavam cargos remunerados na direção da igreja.
Em Julho de 2011 a Diocese católica de Orange County se inscreveu na Justiça para comprar o templo de cristal, sede da megaigreja, oferecendo o valor de US$ 57,5 milhões. Na proposta, a diocese católica também oferecia o prazo de três anos para que a denominação do pastor Robert Schuller desocupasse o local, dando assim, chance de que a igreja recuperasse suas finanças e encontrasse um novo local para suas celebrações.
No último mês de Fevereiro, a Justiça aceitou a proposta de compra da igreja católica, que agora é dona de um dos mais belos e importantes megatemplos construídos por uma igreja evangélica na história dos Estados Unidos.
Após a divulgação do escândalo, boa parte dos fiéis abandonou a igreja e as arrecadações que em Dezembro de 2010 eram de US$ 7,3 milhões, caíram para US$ 2,3 milhões. A perda de receita de mais de 70% fez com que não só membros, mas também pastores auxiliares, abandonassem a igreja e passassem a fundar suas próprias denominações independentes.
O pastor Robert Schuller e sua esposa, que ocupavam os principais cargos na direção da igreja, renunciaram no último fim de semana e a família dele entrou com um processo requerendo indenização da igreja no valor de US$ 12,5 milhões, referentes a direitos trabalhistas, propriedade intelectual e infrações de direitos autorais. Segundo o blog “O contorno da sombra”, o caso é curioso, pois eles mesmos eram os administradores da igreja, e os especialistas jurídicos apontam a iniciativa como uma manobra para atrasar o processo judicial.
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