A paz, se possível, mas a verdade, a qualquer preço!

Martinho Lutero

15/07/2011

Estrelas errantes: A decadência de alguns líderes.

 























Por: Marcos Pinheiro


Em Judas 13 encontramos uma sentença contundente:
“Estes homens são estrelas errantes, para os quais está eternamente reservada a negrura das trevas”.
A figura “estrelas errantes” faz-nos pensar em algo que deixou de funcionar adequadamente, ou seja, algo que saiu da rota. Portanto, a sentença “Para os quais está eternamente reservada a negrura das trevas” refere-se àqueles que não permaneceram sob a ordenança de Deus, ou seja, saíram da trajetória santa estabelecida pelas Escrituras.
As estrelas errantes são líderes liberais, amigos dos deleites e que mudaram a glória de Deus em corrupção, simplesmente para agradar aos homens e seus prazeres. Esses líderes, estrelas errantes, não tomam posição, não só com medo de serem criticados e perseguidos, mas, principalmente, para poderem mudar de lado, quando algo lhe for conveniente. Vivem no “cinza”, pois, não querem ser “preto” e nem “branco”.

Os seus sermões é uma tentativa de dizer “sim” e “não” sobre o mesmo assunto. Estão engolfados no pragmatismo relativista maligno, portanto, são pedras de tropeços para o cristianismo teológico autêntico. O ufanismo pelo crescimento numérico, o apetite por promoção pessoal, a preocupação em construir impérios, a politicagem, os conchaves, a bajulação e o nepotismo tomaram conta das almas desses líderes.
Essas estrelas errantes passam para o povo uma imagem deturpada do Espírito Santo como se Ele fosse um palhaço, um tolo, um bobão, um moleque.

Nos cultos promovidos por esses agentes de satanás, a Santa reverência é perdida, pois a adoração se resume em gritos de molecagem, assobios e vaias, e para induzir nas pessoas um estado de excitação e expectativa usam o chavão: “Deus é tremendo”. Além disso, Alguns promovem a doutrina pagã no ambiente de culto: tomam figuras do Antigo e Novo Testamento e as espiritualizam, transformando-as em “proteções” semelhantes às usadas pelas magias pagãs.


Como conseqüência, constatamos muitos crentes com fitinha no braço, com medalhas de símbolos bíblicos, ungindo chaves, portas e janelas com óleo, colocando sal grosso ao redor da casa para impedir a entrada de maus espíritos; outros bebem copos de água “abençoada”, usam azeite de oliva consagrado em Jerusalém, ungem toalhas; enfim, utilizam toda espécie de estrambotismo.

O apóstolo Judas caracteriza a horrenda prática de pessoas que andam qual uma estrela errante “Andam segundo as suas concupiscências, e cuja boca diz coisas mui arrogantes admirando as pessoas por causa do interesse”.
A decadência da igreja é real. A imposição do pensamento moderno está bem diante de nossos olhos. O “cristianismo moderno” que se infiltrou nas igrejas tem como base a vontade do homem e a ética contextualizada. Esse cristianismo fez desaparecer das igrejas as verdades sagradas e implantou blasfêmias abolindo os padrões e diretrizes absolutos de Deus.
Nesse contexto, nos chamados “louvorzão” ou “encontrão apimentado” abraçam a música “culturalmente relevante” tal como rock, rap, samba e forró regados com coreografias dançantes, tudo no melhor estilo de casas noturnas. Ademais, usam e abusam da vestimenta imodesta: shorts, camisetas no estilo Havaiano, mini-saias e vestidos decotados e transparentes. Qual o resultado dessa técnica? Igreja lotada e orçamento gordo!

O apóstolo Paulo diz em Efésios 5:11 “Não comuniqueis com as obras infrutuosas das treva, mas antes condenai-as”. Jesus descreve a salvação como entrar numa porta estreita e num caminho apertado. A conclusão do sermão do monte pode ser resumida na frase: Seja diferente do mundo. Portanto, a pessoa realmente nascida de novo, deve andar em novidade de vida, isto implica em renúncia, tomada de posição clara contra o mau, o erro e o pecado.


As estrelas errantes têm o dom de marqueteiro e são especialistas em construir monstruosas igrejas, ou seja, igrejas-shoping onde se oferece estacionamento, pessoas pomposas a prestar assistência, poltronas, central de ar-condicionado, recreação, restaurante, apresentação de teatro, berçários, play ground e salão de jogos. Enfim, o Evangelho já não representa o poder de Deus para a salvação de todo aquele que crer, mas representa o poder do homem para a obtenção de tudo aquilo que quer.


As igrejas dos pastores-shoping são especificamente projetadas para fabricar convertidos. Não é uma comunidade de fé, ou seja, as pessoas que lá estão não são envolvidas em uma koinonia cristã. As igrejas das estrelas errantes assemelham-se a uma estação rodoviária ou a um aeroporto em período de alta estação onde as pessoas são clientes que se cruzam sem se conhecerem à procura de tomar seu ônibus ou avião. É cada um por si, cada um para resolver seu problema e cuidar de sua vida. Isto não cristianismo.
A função da igreja não é fabricar convertidos, mas pregar a sã doutrina e deixar que o Espírito Santo regenere as pessoas de sua condição de pecadores impenitentes condenados ao inferno eterno. A igreja não é apenas ajuntamento, ele deve conhecer profundamente o que é ter uma só alma, deve ser unida de pensamento, desfrutar da comunhão do Espírito Santo e trescalar o perfume de Cristo.

É preciso resgatar a mensagem bíblica como regra de fé e prática, mesmo que a igreja seja impopular e não agregue multidões, pois a degeneração doutrinária é pior que a perseguição externa. Que o Senhor nos livre de um sacerdócio decaído que agrada o homem e não repreende o pecado!
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