A paz, se possível, mas a verdade, a qualquer preço!

Martinho Lutero

06/01/2012

A Iluminação do Espírito Santo está unida a pregação da Palavra no Chamado Eficaz









Por: Carlos Reghine



sexta-feira, 6 de janeiro de 2012Para os teólogos da prosperidade – aprendamos a viver com zelo, privação de riqueza não é sinal de falta de benção espiritual



Somos a todo momento bombardeado pela teologia da prosperidade, vemos “fiéis” descrevendo como enriqueceram depois que entraram na “igreja”, como Deus “pagou suas dívidas”, nos convidando a participar desta teologia vazia e sem sentido espiritual. Vejamos algumas explanações bíblicas e reformadas sobre tais assuntos.


Quando falamos de bens materiais, embora seja graça de Deus, não encontramos na Bíblia nada que equivale a benção espiritual à riqueza. Temos exemplos de homens na Bíblia que foram ricos e abastados, mas nunca assimilaram suas riquezas as bênçãos espirituais, preferindo sempre a segunda.

Paulo descreve, para que não fiquemos agitados como menino de um lado para o outro, mas busquemos viver como se já estivéssemos a habitar no céu.

A riqueza, segundo Biéler[i] deve ser:





...como uma recompensa a coroar as virtudes daqueles que a recebem ou possuem. A bíblia e a teologia reformada denunciam a tendência supersticiosa, inata a o homem, de ver, nos infortúnio e na pobreza uma punição do destino (ou de Deus), e na prosperidade uma sanção dos méritos pessoais.





Já a pobreza ou recurso limitado, Calvino em As Institutas[ii], relata:





aqueles a quem os recursos são limitados e escassos, saibam carecer deles pacientemente, para que não sejam atormentados por moderada cobiça. Aqueles que mantém essa moderação têm progredido não modestamente na escola do Senhor. Pelo contrário, o que neste ponto nada tenha aproveitado, dificilmente poderá provar que é discípulo de Cristo.





Aprendamos a viver com zelo em qualquer situação, como o Apóstolo Paulo ensina em Filipenses 4.12:





Tanto sei estar humilhado como também ser honrado; de tudo e em todas as circunstâncias, já tenho experiência, tanto de fartura como de fome; assim de abundância como de escassez;





Tenhamos na privação da riqueza motivos para um enriquecimento espiritual como Jesus no Sermão do Monte, que nos ensina a receber a privação da riqueza como uma graça, na fé, podendo descansar nas promessas divinas e ser provido como o mesmo foi:





“Não acumuleis para vós outros tesouros sobre a terra, onde a traça e a ferrugem corroem e onde ladrões escavam e roubam; mas ajuntai para vós outros tesouros no céu, onde traça nem ferrugem corrói, e onde ladrões não escavam, nem roubam; porque, onde está o teu tesouro, aí estará também o teu coração”. Mateus 6.19-21


“ ...Considerai como crescem os lírios do campo: eles não trabalham, nem fiam. Eu, contudo, vos afirmo que nem Salomão, em toda a sua glória, se vestiu como qualquer deles. Ora, se Deus veste assim a erva do campo, que hoje existe e amanhã é lançada no forno, quanto mais a vós outros, homens de pequena fé? Portanto, não vos inquieteis, dizendo: Que comeremos? Que beberemos? Ou: Com que nos vestiremos? Porque os gentios é que procuram todas estas coisas; pois vosso Pai celeste sabe que necessitais de todas elas; buscai, pois, em primeiro lugar, o seu reino e a sua justiça, e todas estas coisas vos serão acrescentadas. Portanto, não vos inquieteis com o dia de amanhã, pois o amanhã trará os seus cuidados; basta ao dia o seu próprio mal”. Mateus 6.28-34





Lembrando sempre que nem as maiores adversidades que poderemos passar, pode ser comparado à amargura da cruz, estejamos firmes, convertendo as aflições em bênçãos ao focarmos no avanço a nossa salvação.






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