Por Rev. John Piper -
Com todo engano de injustiça aos que perecem, porque não acolheram o amor da verdade para serem salvos. 2 Tessalonicenses 2.10
Em 5 de maio de 1994, Michael Novak recebeu o 24º Prêmio Templeton para o Progresso da Religião e se dirigiu à assembléia, na Abadia de Westminster, com uma mensagem intitulada “Despertando do Niilismo” (impressa na revista First Things,no 45, agosto/setembro de 1994). Foi um severo ataque aos efeitos terríveis do relativismo no século XX. De todas as lições que podem ser aprendidas dos últimos cem anos a principal é esta: “A verdade é importante”. Eis a sua avaliação do problema fundamental de nossos dias:
Um dos princípios que os intelectuais contemporâneos disseminam com mais intensa paixão é o relativismo vulgar, “niilismo com uma face agradável”. Para eles, é certo que não existe verdade alguma, mas somente a opinião: a minha opinião, a sua opinião. Eles abandonam a proteção do intelecto… Aqueles que se rendem ao domínio do intelecto facilitam o caminho para o facismo. O totalitarismo… é o desejo de poder não impedido por qualquer consideração pela verdade. Sujeitar aos homens as afirmações da verdade é entregar a Terra aos criminosos… O relativismo vulgar é um gás invisível, inodoro e mortal que está poluindo, agora, cada sociedade livre na Terra. É um gás que ataca o sistema nervoso central do esforço moral… “Não existe tal coisa como a verdade”, eles ensinam até às crianças. “A verdade é uma algema. Creia no que parece correto para você. Há tantas verdades quanto há pessoas neste mundo. Siga os seus sentimentos. Faça o que lhe agrada. Viva em harmonia consigo mesmo…” Aqueles que falam deste modo preparam as cadeias do século XXI. Fazem a obra dos tiranos (p. 20-21).
Quando nos aproximamos da Bíblia com essas palavras retinindo em nossos ouvidos, não é surpreendente nem opressivo, e sim emocionante e solene descobrir que a verdade é central. Por quê? Pela simples razão de que Deus é central, e Ele é o fundamento de toda verdade. Eis o que a Bíblia diz. Aprecie isto.
1. A verdade bíblica salva.
“Tem cuidado de ti mesmo e da doutrina. Continua nestes deveres; porque, fazendo assim, salvarás tanto a ti mesmo como aos teus ouvintes” (1 Timóteo 4.16; ver também Atos 20.26-27, 2 Tessalonicenses 2.10).
2. A verdade bíblica liberta de Satanás.
“Conhecereis a verdade, e a verdade vos libertará” (João 8.32; ver também 2 Timóteo 2.24-26).
3. A verdade bíblica transmite graça e paz.
“Graça e paz vos sejam multiplicadas, no pleno conhecimento de Deus e de Jesus, nosso Senhor” (2 Pedro 1.2).
4. A verdade bíblica santifica.
“Santifica-os na verdade; a tua palavra é a verdade” (João 17.17; ver também 2 Pedro 1.3,5,12; 2 Timóteo 3.16-17).
5. A verdade bíblica serve ao amor.
“E também faço esta oração: que o vosso amor aumente mais e mais em pleno conhecimento e toda a percepção” (Filipenses 1.9).
6. A verdade bíblica protege do erro.
“Até que todos cheguemos à unidade da fé e do pleno conhecimento do Filho de Deus, à perfeita varonilidade, à medida da estatura da plenitude de Cristo, para que não mais sejamos como meninos, agitados de um lado para outro e levados ao redor por todo vento de doutrina, pela artimanha dos homens, pela astúcia com que induzem ao erro” (Efésios 4.13-14).
7. A verdade bíblica é a esperança do céu.
“Porque, agora, vemos como em espelho, obscuramente; então, veremos face a face. Agora, conheço em parte; então, conhecerei como também sou conhecido” (1 Coríntios 13.12).
8. A verdade bíblica sofrerá resistência da parte de alguns.
“Pois haverá tempo em que não suportarão a sã doutrina; pelo contrário, cercar-se-ão de mestres segundo as suas próprias cobiças, como que sentindo coceira nos ouvidos” (2 Timóteo 4.3).
9. A verdade bíblica, manejada corretamente, é aprovada por Deus.
“Procura apresentar-te a Deus aprovado, como obreiro que não tem de que se envergonhar, que maneja bem a palavra da verdade” (2 Timóteo 2.15).
10. A verdade bíblica: continue crescendo nela!
“Crescei na graça e no conhecimento de nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo” (2 Pedro 3.18).
Oro para que os efeitos destas palavras bíblicas sejam uma forte convicção de que existe algo chamado verdade em meio a este mundo de “relativismo vulgar”, e que a Bíblia é a Palavra decisiva dAquele que é a Verdade. Se esta convicção criar raízes e se espalhar, não deveríamos estar entre aqueles que “preparam as cadeias do século XXI”. Deveríamos, de fato, ser o verdadeiros libertadores: “Conhecereis a verdade, e a verdade vos libertará” (João 8.32).
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